Preocupante: Transatlânticos Estão Abandonando o Porto do Rio em Direção a Santos?

Levantamento mostra que o Porto do Rio perdeu espaço para Santos como ponto de embarque de cruzeiros. Diferença afeta turismo, economia e atratividade da cidade.

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Gosto de fazer viagens de cruzeiro. Nada como embarcar em um navio, relaxar com o balanço do mar e visitar diferentes destinos sem desfazer a mala. Mas tenho percebido que, ao contrário do que ocorria no passado, muitos desses cruzeiros estão agora partindo do Porto de Santos, em São Paulo, e não mais do Porto do Rio de Janeiro.

Nos últimos cruzeiros que fiz, tive que me dirigir até a cidade de Santos para poder embarcar. Isso me levou a passear por Santos, conhecer suas praias, ver de perto os prédios inclinados da cidade — que estão “tombando” devido à fundação em solo arenoso e instável (este assunto até vale um artigo) — e visitar o Museu do Pelé e outros espaços culturais locais, como Mirante do Monte Serrat, o Aquário Municipal, o Orquidário Municipal, o Jardim Botânico, o Centro Histórico, o Museu Marítimo, o Museu do Café e o Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido como Vila Belmiro, que pertence ao Santos Futebol Clube.

Naturalmente, acabei deixando dinheiro em hotéis, restaurantes, transporte e demais serviços daquela cidade — recursos que, em outros tempos, teriam sido gastos aqui mesmo, no Rio de Janeiro.

Ao estranhar essa mudança de rota, como sou um curioso — mais do que isso, um curioso nato e incorrigível — fui pesquisar sobre o assunto — e tive a péssima constatação que relato abaixo.

A cidade do Rio, que já foi um dos principais polos de cruzeiros marítimos da América do Sul, tem visto seu protagonismo nesse setor despencar. O número de escalas de navios caiu drasticamente, e os cruzeiros que antes zarpavam do Pier Mauá agora, em sua maioria, optam por Santos.

O Rio de Janeiro foi um dos portos que mais perdeu escalas e embarques.

Enquanto isso, o Porto de Santos tem se consolidado como a grande porta de entrada e saída de cruzeiros no Brasil. O Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, o Concais, é hoje responsável por quase 60% de todos os embarques realizados no país a cada temporada — uma hegemonia que diz muito sobre a falta de competitividade dos demais portos, especialmente o do Rio.

O Rio ainda recebe navios — principalmente como destino de passagem — mas perdeu a relevância como ponto de embarque. Isso não é apenas um problema para os cariocas que, como eu, preferem iniciar sua viagem por aqui. É também um alerta grave para o setor de turismo da cidade, que deixa de movimentar sua economia com os gastos dos turistas que chegam ou partem do cais, além de gerar menos empregos temporários e permanentes.

As causas para essa decadência incluem infraestrutura deficiente, altos custos operacionais no Porto do Rio e falta de incentivos específicos para o setor de cruzeiros. Esses altos custos têm sido alvo frequente de reclamações não apenas das companhias marítimas, mas também dos próprios usuários — passageiros, agentes e operadores que lidam com o embarque no Rio de Janeiro — que apontam a operação no Porto do Rio como uma das mais onerosas do país.

Enquanto isso, Santos investe e colhe os frutos. O terminal paulista foi modernizado, tem operações mais ágeis e tarifas portuárias mais atrativas. Resultado: virou o hub (centro de conexão, núcleo ou ponto central), ou seja principal ponto de embarque e desembarque dos cruzeiros no Brasil.

Dados concretos da temporada 2025/2026

Ao pesquisar sobre os cruzeiros programados para os próximos anos, encontrei no sítio Logitravel (www.logitravel.com.br) uma fonte bastante confiável e organizada para quem busca informações atualizadas sobre a movimentação de cruzeiros marítimos saindo do Brasil. Embora a plataforma seja voltada prioritariamente à venda de pacotes e passagens, ela também disponibiliza, de forma clara e acessível, os dados mais relevantes sobre as saídas previstas, os portos de embarque, as companhias marítimas envolvidas e os roteiros oferecidos. Por isso, mesmo para quem não pretende comprar imediatamente uma viagem, o Logitravel pode ser utilizado como um repositório útil de informações para estudos e acompanhamentos sobre o setor de turismo marítimo no país.

Esses dados se tornam ainda mais importantes se considerarmos o contexto da temporada brasileira de cruzeiros, que ocorre tradicionalmente entre os meses de novembro e abril. Esse período coincide com o verão no hemisfério sul, o que garante temperaturas mais elevadas e mares mais calmos — condições ideais para a navegação e para o turismo litorâneo. Além disso, muitos navios que operam no verão europeu costumam migrar para o Brasil durante esse intervalo, fugindo do inverno no hemisfério norte e aproveitando a alta demanda da América do Sul. Isso explica por que as principais saídas e operações de cruzeiros no Brasil estão concentradas justamente nessa época do ano.

A próxima temporada de cruzeiros no Brasil está programada para ocorrer de novembro de 2025 a abril de 2026. Durante esse intervalo, companhias como a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros já anunciaram dezenas de roteiros, tanto pela costa brasileira quanto por países vizinhos como Argentina e Uruguai. E é justamente com base nesse recorte temporal que realizei as buscas no sítio Logitravel, com foco nas saídas a partir dos dois portos mais importantes do país: Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

No caso do Porto de Santos, o levantamento no sítio revelou um total de 55 cruzeiros programados para a temporada 2025/2026, com embarques entre 26 de outubro de 2025 e 19 de abril de 2026. As saídas são operadas por duas companhias: MSC Cruzeiros, com 39 cruzeiros, e Costa Cruzeiros, com 16. A relação completa pode ser consultada diretamente no seguinte endereço:

https://www.logitravel.com.br/cruisesshowcase/searcher/?codPuerto=46

Já no Porto do Rio de Janeiro, o número de saídas previstas é inferior: 38 cruzeiros, com datas programadas entre 25 de outubro de 2025 e 20 de abril de 2026. Nesse caso, a distribuição entre as companhias é a seguinte: MSC Cruzeiros com 24 cruzeiros, Costa Cruzeiros com 10, Oceania Cruises com 3, e Regent Seven Seas com 1. As informações estão disponíveis no endereço:

https://www.logitravel.com.br/cruisesshowcase/searcher/?codPuerto=45

Destaco que o sitio cita 39 e não 38 cruzeiros, porque inclui um que sairá no dia 19 de março de 2027, ou seja fora da temporada 2025/2026.

Essa diferença entre os portos confirma a constatação que fiz anteriormente: o Porto de Santos tem hoje maior volume de partidas programadas do que o Porto do Rio de Janeiro, o que pode sinalizar mudanças estruturais e comerciais no planejamento das operadoras de cruzeiros no Brasil.

E mais do que isso: quando somamos as saídas do Porto de Santos (55) e do Porto do Rio (38), temos um total de 93 saídas programadas. Dessas, Santos responde por aproximadamente 59,14% (55/93 x 100), o que confirma, com exatidão matemática, a informação de que o Concais é hoje responsável por quase 60% de todos os embarques feitos no país por temporada.

Escalas: onde param os navios

Durante a temporada de cruzeiros 2024/2025, o Porto de Santos e o Porto do Rio de Janeiro apresentaram movimentações distintas também em termos de escalas de navios, ou seja, nas paradas programadas pelos cruzeiros ao longo dos seus roteiros.

Porto de Santos (Terminal Concais)

  • Total de escalas: 151 atracações de cruzeiros
  • Navios operando: 13 embarcações
  • Duração da temporada: De 8 de novembro de 2024 a 20 de abril de 2025
  • Projeção de passageiros: Cerca de 1 milhão de turistas

Entre os destaques estão o MSC Seaview, com 40 escalas, e o MSC Grandiosa, o maior navio a operar no Brasil, com embarques semanais em Santos. Além deles, navios internacionais como o Majestic Princess e o Crystal Serenity também marcaram presença no porto.

Porto do Rio de Janeiro (Pier Mauá)

  • Total de escalas: 112 atracações de cruzeiros
  • Navios operando: 41 embarcações (30 internacionais, 11 nacionais)
  • Duração da temporada: De 28 de outubro de 2024 a 21 de abril de 2025
  • Projeção de passageiros: Aproximadamente 323 mil turistas

O Rio de Janeiro recebeu navios de grande porte, como o MSC Grandiosa, que realizou duas escalas na cidade, e o Queen Victoria, da Cunard Line, que retornou ao Brasil após cinco anos. O porto também foi ponto de parada para cruzeiros de volta ao mundo, como o Costa Deliziosa e o Crystal Serenity.

Impacto Econômico: embarque vale mais do que escala

Segundo a pesquisa “Estudo de Perfil e Impactos Econômicos no Brasil – Cruzeiros Marítimos – Temporada 2023–2024”, elaborada pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV, o impacto econômico das operações de cruzeiro é significativamente maior nas cidades de embarque do que nas cidades de escala.

  • Gasto médio por cruzeirista nas cidades de escala: R$ 668,91
  • Gasto médio por cruzeirista nas cidades de embarque: R$ 877,01

Ou seja, o embarque gera mais impacto econômico local do que uma simples parada. Isso reforça a importância de recuperar o protagonismo do Rio de Janeiro como ponto de partida das viagens, e não apenas como cenário de belas fotos tiradas da amurada de um navio em trânsito.

O estudo completo pode ser acessado no seguinte sítio:

https://abremar.com.br/estudo-clia-temporada-2023-2024.pdf

A hora de o Rio acordar

O abandono progressivo do nosso porto pelas grandes operadoras de cruzeiros é um sinal de que estamos perdendo espaço para destinos mais organizados, mais eficientes e mais acolhedores. Precisamos de uma estratégia clara para retomar esse mercado — ou continuaremos vendo nossos navios partirem… mas cada vez mais longe de casa.

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44 COMENTÁRIOS

  1. Triste e preocupante esse seu relato, Mônica Seixas. Destaco que não consegui responder diretamente para você. Espero que você veja esta minha resposta. Um abraço. Antônio Sá

  2. Além do bem destacado neste artigo – o que também já havia percebido dos meus inúmeros passeios pela Zona Portuária do Rio -, há também a questão da violência nos arredores do Porto. Devido à especulação imobiliária e o crescimento de moradias residenciais na região, com grandes incorporações imobiliárias, houve a atração da marginalidade para a região. Recentemente, ocorreu um intenso tiroteio próximo ao pier, devido a ação de bandidos armados em tentativa de arrastão, o que teve destaque no Instagram e viralizou. Por isso, não somente o aumento exacerbado dos custos operacionais, como também a sensação de insegurança, estão afetando negativamente o Rio de Janeiro.

  3. Fato é que:
    Vale para os navios de cruzeiro, a mesma lógica que está devolvendo ao Galeão os vôos que sempre pertenceram ao Rio.

    O Rio de Janeiro, mesmo com tantos problemas, é o nosso grande “cartão de visitas” em nível mundial, e o seu carisma atrai naturalmente milhões de turistas do Brasil e do Mundo. Além de o seu porto ter a incomparável vantagem de estar diretamente conectado à inúmeros vôos nacionais e internacionais.

    O porto de Santos por sua vez é a melhor opção para o maior mercado nacional, que é o estado de São Paulo. E ainda possui o grande apelo turístico de ser a “casa de Pelé” por excelência!

    E mais uma vez vale para os navios o mesmo que vale para as companhias aéreas do mundo todo:
    Rio ou SP??? Os dois, sempre!!!

    Ainda que separados por somente 400 kms, os custos de escala sempre compensará nos dois portos, e não será incômodo algum aos passageiros já a bordo!

  4. Sou morador de Santos, e tenho muita simpatia pelo Rio, mesmo nunca tendo me hospedado na cidade. Fico triste em ler nos comentários dos próprios cariocas o abandono da cidade pelos políticos. Em Santos os problemas também acontecem, porém existem investimentos que prometem alavancar ainda mais o setor de cruzeiros. Novo Terminal de Cruzeiros no Valongo, próximo ao museu Pelé, Aeroporto Metropolitano da Baixada Santista no Guarujá, cujo funcionamento deve ocorrer a partir de 2026. Além do tão esperado Túnel submerso unindo Santos e Guarujá, que permitirá a travessia entre as cidades em 2 minutos facilitando muito o acesso ao aeroporto metropolitano.

    • Sim, Sérgio. O abandono aqui no Rio é muito preocupante. Grato pela informações quanto ao que está sendo feito aí em Santos. Um abraço. Antônio Sá

  5. E para os que de forma bairrista criticaram o crescimento de Santos em relação ao turismo marítimo, a tendência é melhorar e não somente para a cidade em questão, mas sim para toda a Baixada Santista. Haja vista ter sido inaugurada recentemente a pista do futuro aeroporto do Guarujá, vizinha a Santos, inclusive essa pista já é maior que pista do aeroporto carioca Santos Dumont. Está previsto o início das obras para a construção do terminal de passageiros ainda este ano. Não sou morador da BS, mas é notório a importância que a região possui, até por ser próxima de São Paulo e seu pioneirismo na cultura e política brasileira. Afinal de contas, temos que admirar o que vem dando certo e como negar o desenvolvimento da região mais antiga do Brasil?

  6. Parabéns pela matéria. Percebi esse fato ao pesquisar um roteiro para viajar com minha esposa. Os destino que nos interessava tinha partida de Santos, um complicador para nós.

    • Que bom saber que o artigo foi de seu agrado, Marcus. Passei por essa situação também. Por isso, preocupado, resolvi pesquisar e escrever sobre o assunto. Um abraço. Antônio Sá

  7. Isso é matéria plantada,o Rio nunca recebeu tanto turista igual esse ano,sendo de navios ou de avião.O turista vai fazer o que em Santos,cidade muito feia, não tem um praia,que presta.

    • Que bom saber que o artigo foi de seu agrado, André. Excelente e completo seu artigo que acabei de ler. Parabéns. Muito preocupantes as situações relatadas por você. Sim, já está na hora de nossa cidade se preocupar com essa questão. Um abraço. Antônio Sá

  8. Acrescento um dado que ficou de fora da excelente análise: grande parte dos turistas de cruzeiro atualmente residem em São Paulo e Estados que tornam Santos o destino de embarque/desembarque mais próximo, mais cômodo e reduz o desgaste da viagem aérea ou terrestre.
    Há mais coisas no céu e na terra do que supõe nossa vã filosofia.

    • Que bom saber que o artigo foi de seu agrado, Riley. Grato pelo comentário complementar. Sim, esse é um ponto interessante sobre o assunto. Um abraço. Antônio Sá

    • Bem apontada essa questão. Riley. Obrigado por a repassar em seu cine, Que bom saber que a análise foi de seu agrado. Um abraço. Antônio Sá

  9. Fizeram o mesmo com relação ao nosso aeroporto internacional: não sossegaram até quase falirem o Galeão. Somente após uma ação coordenada de estado e município pressionado a União é que salvamos nosso aeroporto. E hoje este bate recorde histórico de turistas estrangeiros desde a sua inauguração.

    Muitas vezes esse é o modus operandi de SP: vendem Rio e entregam Santos, Guarulhos etc. Cabe a estado e município lutarem contra isso mais uma vez.

    • Uma cidade mais segura, qualidade de vida melhor para aposentados , Santos é um oasis, desenvolvimento e planejamento , está mudando aquela cidade , enquanto o Rio… Sobre Galeão, continua a mesma, sem segurança em volta dele , taxistas corruptos além da conta, prefiro pegar voo SDU para sampa, e sair do país, passagens mais baratas, melhor comodidade, ainda tem recife e fortaleza para alternativas para Europa…

      • Em 1º lugar, poucos turistas estrangeiros querem pisar na areia dura de Santos e ver prédio torto (só fui uma vez, por motivos profissionais). Querem vir ao Brasil.
        Quanto a aeroportos, Santos-Dumont não tem mais voos para outros lugares que não sejam São Paulo e Brasília.
        Recife e Fortaleza, só pelo Galeão.
        Pelo visto, a pessoa nem faz mais voo doméstico, que dirá internacional…

      • Todos impostos estaduais o rj e o.mais caro do Brasil, infelizmente as coisas funcionam assim, primeiro as autoridades acabam com os serviços claramente o que fizeram com o galeao, aí depois aparece o salvador da pátria aqui no rj Eduardo malvadao,aí despejam milhões de reais para concertar o que eles quebraram,eu não gosto de embarcar no galeão, prefiro mil vezes o SD,mas reconheço que o galeão melhorou e muito, mas o maior problema nem Dudu malvadao consegue resolver o acesso é péssimo, a entrada da Ilha é assalto o dia inteiro sem contar a linha amarelo e vermelha que tbm sofre com tiroteios e assaltos, e uma região complicadissima,fizeram um batalhão de polícia bem próximo nem assim se resolve o problema

          • POR OMISSAO DAS AUTORIDADES COMPETENTES, PREFEITO, GOVERNADOR, VEREADORES, DEPUTADOS ESTADUAIS, RIOTUR, OPERADORES DE RECEPTIVO NO RIO DE JANEIRO, O PORTO MAUA COMECA A SOFRER AS MESMAS CONSEQUENCIAS DO AEROPORTO INTERNACIONAL DO GALEAO.
            UMA RASTEIRA EM PROL DO PORTO DE SANTOS E DO AEROPORTO DE GUARULHOS.
            O MESMO ACONTECEU COM O SAUDOSO AUTODROMO DE JACAREPAGUA, QUANDO LEVARAM A FORMULA 1, DEFINITIVAMENTE, PARA INTERLAGOS.
            A PARTIR DO ANO QUE VEM, 2026, A LAAD, MAIOR FEIRA DE SEGURANCA E DEFESA DA AMERICA LATINA, NAO MAIS SERAH NO RIO CENTRO E SIM, EM SAO PAULO.

            MONICA SEIXAS
            RIO DE JANEIRO- RJ

  10. Fui em 2024 sai do rio, tudo perto aeroporto hotel, em 2025 sai de santos, muito longe do aeroporto, porque venho do rio grande do sul, para mim piorou, em 2026 não vou fazer cruzeiro, saindo de santos muito longe de aeroporto, chegar porto muito ruim.

    • Sim, Paulo, muitos leitores desse meu artigo têm me dito o mesmo que você. Estão deixando de fazer cruzeiros porque não aceitam ter que ir a Santos para embarcar. Isso devido às dificuldades de acesso àquele Porto por parte de quem vem de outros estados que não São Paulo. Um abraço. Antônio Sá

    • Prezado Dedé, que bom saber que você gosta de meus artigos. Em respeito aos leitores de meus artigos, eu procuro pesquisar muito para os escrever.

      Quanto à Veneza, sim, esta cidade odeia os transatlânticos. E com razão, pois devido as características dessa cidade, aqueles navios só trazem prejuízos.

      Essa decisão de os proibir visa a proteger o ecossistema da lagoa, o sistema de canais e a infraestrutura da cidade, que são vulneráveis aos impactos das ondas e poluição dos transatlânticos.

      No entanto, não me parece que isso seja o caso do Rio e de Santos.

      Um abraço. Antônio Sá

      • No caso, não reclamam somente disso, mas do fato que não se hospedam na cidade e gastam pouco em restaurantes e comércio. Ao contrário dos turistas que se hospedam na cidade que gastam muito mais em hotéis, restaurantes, etc.
        Será que não é mais vantajoso investir no turismo que gasta na cidade e não ao que aporta na cidade? Não sou especialista mas pelo que andei lendo os transatlânticos não são tão vantajosos para a cidade.
        Um abraço.

        • Sim, Dedé, bem apontado. Essa é uma questão levantada por todas as cidades que têm portos e não só por Veneza.

          Mas esse é um tipo de turismo que existe e que temos que aproveitar. Os hotéis e os restaurantes não lucram com esse turismo, mas as empresas locais de turismo lucram, pois os navios oferecem excursões nas regiões dos portos. E isso pode atrair esses turistas para irem às cidades depois de outras formas.

          Uma das excursões comuns é visita a shoppings ou locais de vendas (mercados populares) famosos.

          Veja que em meu artigo eu até levantei o gasto médio diário desses turistas nas cidades. E veja também que esse gasto é maior onde há embarque do que onde há só escala.

          Muito bom receber seus pertinentes comentários.

          Obrigado.

          Um abraço. Antônio Sá

  11. Concordo que o Rio precise mesmo recuperar escalas desses navios, assim como isso já vem sendo feito com as viagens aéreas. Afinal o Rio de Janeiro é a maior referência turística do País, e é um tanto contraditório que alguns navios de cruzeiro estejam deixando de fazer escala no porto carioca.
    Já o maior afluxo de navios a Santos explica-se por São Paulo ser o principal mercado emissor de turistas do País, sendo natural que o maior embarque de passageiros nacionais aconteça mesmo por Santos.

    • Sim, Santiago, também acho que os governos do Rio estão se omitindo nessa questão. Sim, São Paulo pode ser o maior emissor de turistas, mas o acesso dos turistas de outros estados do país não é muito tranquilo ao porto de Santos. Eu sinto isso na pele quando faço meus cruzeiros. Nosso porto é perto de dois aeroportos e da rodoviária e de rodovias interestaduais. Um abraço. Antônio Sá

  12. Um lixo de cidade, cheia de bandidos e pivetes(esqueceu da tentativa de assalto a um turista na Praça Mauá?), com ruas internas “estranhas”, o senhor queria o quê?! Não que Santos seja uma Suíça, mas qualquer lugar comparado ao Rio é um paraíso. A cidade é uma degradação só! Ah, e aqui é um carioca da gema constatando a realidade, ok?

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