Privatização do aeroporto Santos Dumont é acelerada pelo Governo

O comprador do Santos Dumont também deverá se responsabilizar por realizar investimentos e manutenção em outros aeroportos deficitários

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Foto: Reprodução

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acelerando plano para privatização do Aeroporto Santos Dumont. O processo estará aumentando a capacidade de passageiros, mas por outro lado, inviabilizando a formação de um hub aéreo internacional no Galeão. De acordo com informações do site Diário do Porto, o modelo ajuda o Governo Federal a fazer caixa em um ano eleitoral, mas pode prejudicar a economia fluminense.

A minuta do edital e do contrato ficará em consulta pública na Anac pelo período de 45 dias, sendo iniciado no dia 21/09. Após este prazo, será submetida ao Tribunal de Contas da União (TCU). Após a aprovação, será publicada a versão final do edital. Para acelerar o passo, o prazo, que geralmente é de cem dias entre a publicação e a realização do leilão, será reduzido para 70 dias. O objetivo é que o leilão seja realizado até abril de 2022.

O comprador do Santos Dumont também deverá se responsabilizar por realizar investimentos e manutenção em outros aeroportos deficitários de Minas Gerais, em Montes Claros, Uberaba e Uberlândia, e também do terminal de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Mas enquanto o processo de privatização do Santos Dumont é acelerado, o Governo Federal não se compromete com nenhuma ação para recuperar e fortalecer o aeroporto do RioGaleão, no qual o movimento de passageiros caiu de 14 milhões, em 2019, para quatro milhões. A concessionária do aeroporto, a Riogaleão tenta renegociar o atraso em pagamento de outorgas.

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A Prefeitura do Rio não é a favor da ampliação da capacidade do Santos Dumont e irá apresentar na consulta um estudo, no qual mostra que a concorrência do terminal do Santos Dumont com o Galeão prejudica a cidade. Segundo esse estudo, isso acontece quando a demanda em uma região com dois terminais fica abaixo de 30 milhões de passageiros por ano. No Rio, a demanda é de 22 milhões.

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o Santos Dumont não é responsável pelos problemas ocorridos no Galeão, pois o Santos Dumont opera com a mesma quantidade de passageiros há cerca de 10 anos.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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1 COMENTÁRIO

  1. Sou daqueles que são contra a desativação do Santos Dumont,solução proposta por muitos para recuperar o Galeão. Não podemos abrir mão de um dos aeroportos mais bem localizados do mundo. Mas mantenho-me favorável às severas restrições de funcionamento do Santos Dumont, seja no horário (inadmissível um Santos Dumont funcionando de madrugada), seja na quantidade de voos (inadmissível o Santos Dumont recebendo voos internacionais, pois suas pistas são muito curtas), seja na ampliação do aeroporto e suas pistas (não há para onde o Santos Dumont possa crescer). Mas fechar o Santos Dumont para salvar o Galeão é inaceitável. O Galeão é vítima de décadas de descaso. Um de seus principais problemas, talvez o maior, seja o acesso a ele, feito por vias congestionadas e perigosas (Av. Brasil, Linha Vermelha, Linha Amarela). Tivemos, no passado, a oportunidade de construir metrô para o Galeão, primeiro quando abrimos a Linha Amarela, que poderia ser um metrô por cima, ligando o Galeão à Barra (poderíamos ter pensado em dois tipos de trem: um expresso e um parador); depois, tivemos a oportunidade de, ao sermos escolhidos sede das Olimpíadas de 2016, construirmos um metrô para o Galeão, nos mesmos moldes do que falei antes. Mas, para favorecer a FETRANSPOR, optamos pelo BRT, hoje abandonado e em péssimas condições. Ou, ao invés do metrô, um monotrilho. De qualquer forma, teríamos um transporte de maior capacidade e mais limpo. E já poderíamos ter pensado em um metrô para o centro. Hoje, estamos tentando apagar o incêndio que nossos governantes causaram. Parabéns a César Maia e Eduardo Paes, responsáveis diretos pela situação.

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