Quem aí não se lembra do nadador americano Ryan Locthe, que, inspirado pelos ares cariocas, meteu o chamado “caô” e denunciou um falso assalto após uma festa durante as Olimpíadas do Rio em 2016? Pois bem, o falso testemunho do atleta estadunidense prescreveu esse mês e foi arquivado pela Justiça do Rio de Janeiro.
O caso, que ganhou as manchetes mundiais na época, não resultou em nenhuma sanção a Locthe, o nadador não pagou multa e nem foi preso, duas punições previstas pelo crime.
Na época, a Polícia Civil indiciou o atleta e um colega por falsa comunicação de crime. A prescrição do processo ocorreu no dia 30 de junho e foi publicada em 2 de julho. Lochte não conseguiu se classificar para os jogos de Tóquio. A informação foi divulgada pelo portal G1.
O relato de Locthe
Inicialmente, Lochte e seu colega James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao voltar de táxi à Vila Olímpica, vindos de uma festa na Lagoa. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.
O caso foi investigado pela Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat). Depois de analisar depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina, os investigadores chegaram à conclusão de que não houve roubo. O ponto de abastecimento de veículos, inclusive, virou uma espécie de ponto turístico não oficial da cidade, após o episódio.
Na decisão mais recente sobre o caso, a juíza Maria Tereza Donatti relembrou que a denúncia, aceita pela Justiça em maio de 2018, citava que Lochte
“provocou a ação de autoridade policial, noticiando publicamente a ocorrência de crime que sabia não ter ocorrido, qual seja, o roubo supostamente praticado contra o próprio denunciado e demais colegas da delegação americana de natação“.
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