O Procon Carioca, órgão municipal vinculado à secretaria municipal de Cidadania, encaminhou notificação à Supervia solicitando que, no prazo de até 20 dias, a concessionária de transporte ferroviário se explique sobre a interrupção no fornecimento dos serviços, sem prévio aviso, na noite de 25 de janeiro.
Na data da suspensão dos serviços, foi realizada a partida entre Botafogo e Boavista, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, localizado próximo à estação do Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. A operação de trens foi suspensa às 23 horas, horário do fim do jogo, causando transtorno aos torcedores, já que muitos utilizam os trens para se deslocar.
A Supervia justificou que precisou fechar a estação Olímpica de Engenho de Dentro devido à necessidade de ajustes operacionais e que os passageiros estavam sendo comunicados pelo site e redes sociais da concessionária, bem como áudio dos trens e estações, além da presença de orientador de público na estação.
Segundo o diretor executivo do Procon Carioca, Igor Costa, a interrupção do serviço sem aviso prévio, já que a informação da paralisação dos trens ocorreu por volta das 17h, causou muitos transtornos e deve ser esclarecida.
“Não é razoável que a concessionária feche a estação de um evento agendado previamente e com mobilização de pessoas e informe aos usuários/passageiros poucas horas antes. Sabemos que o trem é a principal opção de transporte para muitos torcedores que frequentam o Engenhão. O direito do consumidor precisa ser respeitado”, afirma.
Vale ressaltar que, somente em 2021, a Supervia suspendeu mais de 800 viagens, o que prejudicou milhões de clientes, uma vez que a empresa oferece serviço essencial de locomoção para grande parte da população.
