Programa Rio Milho investe no potencial agricultável das regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro

O projeto piloto do Rio Milho já está em andamento e é resultado de uma parceria entre a PESAGRO e a Prefeitura de Quissamã, que cedeu 15 hectares ao programa

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Estado do Rio tem grande potencial para a produção do cereal / Imagem meramente ilustrativa / Reprodução: Internet

Com o objetivo de incentivar o cultivo, consumo e produção de um dos cereais mais nutritivos do mundo: o milho, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (PESAGRO) desenvolveu o Rio Milho. O programa tem como foco a criação de um cinturão do cereal no Norte e Noroeste Fluminense. O projeto leva, além de tecnologia, novas variedades de plantio do milho.

Para o presidente da PESAGRO, Paulo Renato Marques, as oportunidades geradas através do Rio Milho vão muito além do cultivo do grão.

 “O Rio de Janeiro é o segundo maior mercado consumidor do país, mas pelas características geográficas e topográficas do nosso Estado, somos essencialmente importadores. A saída para fortalecer o agronegócio fluminense é investir em tecnologia, em produtos de alto valor agregado e em soluções criativas como o Rio Milho, que vai alavancar toda a cadeia produtiva do setor,” disse Paulo Renato Marques.

Desde o início da década de 1980, a entidade pesquisa a viabilidade do plantio de milho nos municípios das regiões Norte e Noroeste Fluminense. A partir dos resultados desse longo trabalho, foram feitas novas seleções de materiais genéticos, e a partir de 2017, a PESAGRO iniciou um longo estudo realizado em parceria com a EMBRAPA, a CONAB, a FAPERJ, o INCRA e a UFRRJ, que apontou que a região tem um grande potencial para o plantio de grãos na região. Segundo os pesquisadores, o Estado do Rio possui “aproximadamente 200 mil hectares cultiváveis na região, divididos em 373 propriedades, com média de 510 hectares/propriedade”.

O projeto piloto do Rio Milho já está em andamento e é resultado de uma parceria entre a PESAGRO e a Prefeitura de Quissamã, que cedeu 15 hectares para o início do programa no Horto Municipal, além de ter firmado uma parceria para a supervisão e acompanhamento técnico de 240 hectares no município.

O diretor técnico da PESAGRO, Silvio Galvão, destacou que os resultados preliminares são extremamente positivos e confirmam a vocação da região para o plantio de grãos.

 “Os resultados positivos nas colheitas de milho híbrido e varietal, sorgo, feijão e soja mostram que estamos no caminho certo. As equipes técnicas envolvidas, tanto da empresa quanto dos parceiros, estão atuando no sentido de garantir informações técnicas que possam ser utilizadas para a obtenção de colheitas com produtividades elevadas e grãos de qualidade. Agora, já estamos pensando em como buscar alternativas técnicas seguras para a colheita, secagem e armazenamento dos grãos produzidos na região. É um grande desafio, mas também uma grande oportunidade para os produtores rurais da região,” afirmou Silvio Galvão.

A cadeia de produção de aves e outros animais representa outro atrativo para os produtores rurais, já que 85% do frango consumido no Estado vem de outras localidades. Além disso, 15% dos animais nascidos no Rio são alimentados com mais de 30 mil toneladas de farelo de soja, também provenientes de fora do Rio.

Os pesquisadores PESAGRO analisaram mais de 50 cultivares de milho em 12 ensaios nas cidade de Campos e Macaé, na região Norte Fluminense, por 4 safras agrícolas (2017/2018, 2018/2019, 2019/2020 e 2020/2021). Das cultivares testadas, dez apresentaram bons resultados, superando a média nacional.

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