Nesta quarta (5), teve início o ano letivo na rede municipal de ensino. Pelo segundo ano consecutivo, os 650 mil alunos de 1.557 escolas têm o uso de telefones celulares proibidos em sala de aula.
A medida, que também foi adotada em nível federal, tem impactado positivamente o desempenho dos alunos em sala de aula.
Segundo o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, ressaltou que uma das mudanças notadas no comportamento dos alunos foi a redução dos casos de bullying.
“A rede municipal foi pioneira na proibição dos celulares e colheu excelentes números em 2024 por conta disso. Tivemos menos casos de bullying e verificamos a melhoria da performance acadêmica dos nossos alunos. A gente chegou a ter os alunos performando 53% melhor em matemática depois da proibição”, disse o secretário.
Ferreirinha ressaltou ainda que, se a medida tem dado certo no Rio de Janeiro, também será bem-sucedida em outras unidades da federação.
Para ele, a ausência dos aparelhos em sala de aula “deve “proporcionar uma convivência social e aprendizagem adequada” para os alunos.
No Rio, a regra entrou em vigor por meio do decreto municipal nº 53.918, que impôs restrições ao uso dos aparelhos nas escolas.
Pela norma, os telefones devem ficar desligados ou em modo silencioso dentro das mochilas.
Algumas escolas recolhem os celulares e guardando-os em armários ou caixas na sala da direção. Os aparelhos são devolvidos ao fim das aulas.
Em comemoração à volta às aulas, o prefeito Eduardo Paes e o secretário Ferreirinha, prestigiaram os estudantes da Escola Municipal Jean Mermoz, localizada no Cachambi, Zona Norte da capital fluminense.
“Mais de 650 mil alunos retornam às aulas na maior rede municipal de ensino da América Latina. Estamos preparados para um grande ano letivo, que exige um trabalho árduo e colaborativo de 55 mil profissionais da educação. Todo o esforço para entregar kits escolares e uniformes antes do início das aulas garantiu um começo organizado e motivador”, celebrou Ferreirinha.
Em nível federal, o secretário Ferreirinha atuou como relator do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados. O PL passou pelo Senado Federal e foi sancionado pelo presidente Lula em 13 de janeiro deste ano.
Os alunos podem usar os aparelhos fora da sala de aula, antes da primeira aula ou depois da última.