Muito bom esse post do blog Cidade Inteira sobre como era o projeto do metrô do Rio de Janeiro em 1968.
Os comentários de Lucas Franco, blogueiro do Cidade Inteira, também são excelentes. E é de imaginar se os governadores da Guanabara e depois do Estado do Rio tivessem feito seu trabalho direito pensando nos transportes teríamos uma cidade muito melhor.
Com o metrô algumas áreas ficariam “mais próximas” e diminuiria, por exemplo, número de favelas e claro os engarrafamentos. Fica como sonho, ou esperança, para um próximo governador.
Os comentários abaixo são do Cidade Inteira
LINHA 1
A Linha 1- em vermelho, tem sua extensão a partir do Jardim de Alá chegando à Jacarepaguá pelo norte, atendendo no caminho os bairros do Andaraí, Grajaú, Vila Isabel, Méier e Engenho de Dentro antes de atravessar o maciço. Após, estão planejadas as estações três Rios, Freguesia, Cidade de Deus, Gardênia Azul e Jacarepaguá.
Todos os bairros citados antes do maciço vêm perdendo população. Ou seja, são áreas estruturadas do Rio de Janeiro, com ruas, drenagem, iluminação pública, hospitais públicos, escolas, que ganharão interesse a partir do fácil acesso ao transporte público de massa, aliviando a pressão sobre a Zona Sul formal (prédios) e informal (favelas). O adensamento populacional de Andaraí, Grajaú, Méier e etc. caminham no sentido da sustentabilidade urbana e ambiental. Adensando áreas já urbanizadas é possível preservar as áreas não urbanizadas e seus ecossistemas como nas Vargens e nas lagoas da Barra da Tijuca.
A RA- Jacarepaguá tem área um pouco menor do que a RA- Barra da Tijuca, mas sua população hoje é 3 vezes maior.
LINHA 2
Já a Linha Dois – em verde, tem proposta sua continuação no sentido Centro com as estações Catumbi/Sambódromo, Praça da Cruz Vermelha, Morro do Santo Antônio, Largo da Carioca (segunda baldeação com a Linha 1) e Castelo com a indicação de continuidade até Niterói. Mais fácil do que imaginar uma estrutura submarina seria uma possibilidade de integração dos modais ferroviário e hidroviário, mantendo o sentido da coisa. De qualquer forma, o projeto aumenta as possibilidades de acesso ao Centro, sem colocar toda a população nas mesmas estações abarrotadas.
Nada contra novas propostas e reflexões. A cidade é mutável e os projetos a serem realizados com o dinheiro público devem ser questionados exaustivamente antes de sua execução. Entretanto, talvez por desinformação, vejo mais coerência no plano METRO RIO de 1968 do que nas conexões Pavuna-Botafogo, executada, e Gávea-Jardim Oceânico, anunciada.