Projeto prevê construção de barragem na Ponte Rio-Niterói para impedir elevação do mar na Baía de Guanabara

Iniciativa de estudantes da Universidade Veiga de Almeida (UVA) em parceria com instituição holandesa, prevê cenários críticos de mudanças climáticas, com aumento de três metros do nível do mar

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Ponte Rio-Niterói (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Um projeto idealizado por estudantes cariocas da Universidade Veiga de Almeida (UVA) em parceria com alunos da Universidade de Ciências Aplicadas de Roterdã, na Holanda, estuda soluções para proteger o Rio de Janeiro da elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas, especialmente o entorno da Baía de Guanabara.

Para isso, os acadêmicos propõem a construção de uma barragem de 9,5 quilômetros, com 11 metros de altura, em parte da extensão da Ponte Rio-Niterói, o que ajudaria a evitar a inundação de municípios como Rio de Janeiro, incluindo o aeroporto do Galeão, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo. A modelagem em que se baseia o projeto foi elaborada pelo Climate Central, uma organização sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos, e prevê cenários críticos de mudanças climáticas, com aumento de três metros do nível do mar.

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Simulação prevê um cenário de três metros de elevação do nível do mar no entorno da Baía de Guanabara (Foto: Divulgação)

A ideia para implantar a barragem na ponte, e não na entrada da baía, foi com o intuito de facilitar o tráfego marítimo de grandes embarcações que chegam ao Porto do Rio de Janeiro e preservar o ecossistema local, que tem importância socioeconômica para comunidades do entorno, como a de pescadores artesanais. O projeto criado pelos estudantes prevê ainda a instalação de painéis solares na barragem capazes de gerar mais de 80 megawatts/hora por dia, o suficiente para abastecer mais de 14 mil residências da região ou para bombear mais de 2 mil de água da baía de volta para o mar. Outro potencial de geração de energia descrito no projeto vem do aproveitamento da vibração que os veículos geram ao passarem na via.

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O desafio Protecting Delta Cities: International Student Challenge foi promovido pela universidade holandesa, país com grande expertise na construção de barragens marítimas. O objetivo da iniciativa foi estimular jovens pesquisadores de nove países a pensar em alternativas para proteger cidades localizadas em deltas e litoral de um aumento de três metros do nível do mar. O Brasil foi representado pela UVA. Além do Rio de Janeiro, na lista das cidades potencialmente atingidas estavam Nova Iorque, nos Estados Unidos, Durban, na África do Sul, e Taipei, na ilha de Taiwan.

Além da criação de soluções práticas para esse problema global, o desafio buscou sensibilizar a comunidade científica e a sociedade para as alterações climáticas e estabelecer uma rede internacional em torno deste tópico. Pela UVA, participaram alunos dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia Elétrica e do mestrado profissional em Ciências do Meio Ambiente. O grupo de cerca de dez estudantes integra o projeto de pesquisa e extensão ‘Que chuva é essa?’, coordenado por Viviane Japiassú, doutora em Ciências Ambientais e professora da universidade, que já realiza estudos e ações voltadas para a redução de riscos de desastres associados a chuvas extremas no Rio.

Confira o vídeo disponibilizado no Youtube com o projeto de barragem criado por alunos da UVA e da Holanda:

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15 COMENTÁRIOS

  1. Muito mais eficiente e econômico seria uma barragem do Forte do Rio ao Forte de Niterói, tendo em vista as suas distâncias. Pois do jeito que está a Matéria acima, parece até que tapumes vão resolver o problema, afinal a estrutura da Ponte é para uma ponte e não para uma barragem.

  2. Fala sério!!!??? Não dá ideia! Já temos muita gente sem noção e mau caráter, por aqui, querendo uma oportunidade de para jogar dinheiro público na latrina.

  3. As pessoas não entendem, que não foi quem fez o projeto que fez a previsão do crescimento do nível do mar. O projeto foi apenas uma solução para o problema que não necessariamente vai acontecer. Esse foi o estudo, e esse foi o trabalho realizado. Os alunos estudam “N” projetos, e simplesmente postam uma solução teórica para um problema que foi PREVISTO. Se não vai “proteger” as cidades litorâneas, oque vai? Não tem como fazer uma barragem no litoral inteiro não. E sobre relevância do projeto, é só pesquisar um pouco, que veriam que existem um monte de projetos que trabalham para despoluição da Baía de Guanabara, agora quando um projeto diferente é postado, vem os “gênios” do facebook criticar.

  4. É importante observar que o projeto em si se refere ao aumento do nível do mar e não de questões políticas ou sociais. Acho o projeto muito bom pois pensou em várias questões e ainda conseguiu preservar o porto e os aeroportos, a parte gráfica também está muito bem feita, parabéns aos envolvidos!

  5. A prioridade do Rio é urbanizar as centenas de favelas fétidas. De preferência colocando todos os criminosos (traficantes e milicianos) na cadeia. O Rio teria uma chance de ser a cidade maravilhosa de outrora.
    Esse projeto aí é jogar dinheiro fora.

  6. Achei bem burra essa ideia, tem ser na entrada da baia, na linha do pão de açucar, aproveitando os morros como paredão, gastando muito menos por ser ser extensão bem estreita e protegendo Botafogo, Icaraí, Urca, o aterro do flamengo e o centro do Rio.

    A ponte está depois do centro, qual seria a razão para deixar destruir tudo isso e proteger as favelas do fundo da baía?

    Botafogo/humaita tem morros separando de copacabana e lagoa, alguns barragens teriam que ser construídas ali para evitar que a agua adentrasse por esse caminho.

    Mas a elevação do nivel do mar será constante e imparável, então mais cedo ou mais tarde a agua virá pela baixada de jacarepaguá, praça seca, campinho, madureira, méier…

    Ou seja um projeto desse daria um projeto assim daria uma sobrevida a bairros históricos de décadas, mais um século talvez, dando tempo para talvez a ciência evoluír de forma a conseguir sequestrar carbono ou esfriar a terra com painéis solares espaciais, ou de alguma outra forma.

    • Alguns visionários, profetas urbanos, nos anos 40 e 50, já previram este acontecimento. Dentre eles, o sr. Oceano de Sá conhecido como mestre Yokaanam(na época perseguido e taxado de doido varrido) falava sobre a descoberta de um novo planeta, o que se confirmou há alguns anos.
      Também deu informações sobre efeitos do aquecimento global, desequilíbrio ambiental que, entre outras consequências, ocasionaria o aumento do nível do oceano.
      Àquela época foi ironizado, desacreditado e ridicularizado…agora já estão admitindo…
      AFIRMOU que, no Rio de Janeiro a enchente seria drástica… Só ficaria à mostra o Cristo Redentor.
      Esperemos que tenhamos tempo para antecipar decisões que ajudem a minorar os efeitos das marés e não, apenas, colocar fechadura depois que a casa foi arrombada.

  7. Um monte de “crânios” pensando merda. A Baía da Guanabara extremamente poluída e ninguém resolve. Porque não pensam em uma segunda ponte, talvez ligando a ilha do governador a São Gonçalo? A Ponte Rio Niterói extremamente saturada. Notícia inútil e ridícula.

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