Proposta quer combater barulho excessivo no Rio de Janeiro com novas regras e fiscalização mais rígida

Projeto de lei do vereador Flavio Valle propõe normas mais rígidas para controle da poluição sonora no Rio, com limites de decibéis, métodos de medição e sanções mais severas.

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro analisa o Projeto de Lei nº 431/2025, de autoria do vereador Flavio Valle, que propõe a padronização das medidas de combate à poluição sonora na cidade. O texto define limites de emissão de ruídos, métodos de medição, hipóteses de permissão e proibição, além de prever sanções para infratores e a criação de um mapa de ruído urbano.

A proposta estabelece que sons e ruídos, seja por atividade humana, veículos, obras ou até animais, deverão seguir os padrões definidos pela NBR 10.151/2019 da ABNT. Os níveis de pressão sonora deverão ser medidos por profissionais habilitados, com equipamentos certificados pelo Inmetro, seguindo protocolos detalhados conforme o local e a natureza do som.

Segundo o projeto, ultrapassar os limites legais de ruído será considerado infração sujeita a advertência, multas diárias, interdição parcial ou total da atividade, apreensão de equipamentos e até cassação de alvará, dependendo da reincidência. A proposta prevê ainda ações de fiscalização intensificadas, com uso de decibelímetros e apoio policial quando necessário.

“A circulação de veículos com escapamentos adulterados, festas irregulares e obras fora do horário permitido são exemplos de abusos que afetam diretamente a saúde, o bem-estar e o sossego da população. Precisamos regulamentar com rigor e garantir o direito ao silêncio”, afirma o autor do projeto, vereador Flavio Valle.

O texto também detalha os horários permitidos para atividades ruidosas, como o uso de explosivos em obras e manifestações públicas, além de regulamentar o uso de sinos, alarmes, sinais escolares e músicas em eventos religiosos ou recreativos.

Entre os pontos de destaque estão a proibição total de fogos de artifício com estampido e pregões com alto-falantes em via pública, independentemente do volume.

A proposta revoga as Leis Municipais nº 3.268/2001 e 6.179/2017, que tratavam do tema, unificando e atualizando as regras.

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7 COMENTÁRIOS

  1. vereador Flavio Valle, é preciso que a lei, caso seja aprovada (torço que seja), tenha fiscalização rigorosa, caso contrário, embora seja uma iniciativa absolutamete necessária não será aplicada, sendo mais uma lei que “não pegou”.

  2. Convencionou-se que barulho e altos decibéis são ‘sinônimos’ de “diversão e comunicação”…o direito ao silêncio e tranquilidade tornou-se obsoleto, isso é muito grave!!
    Incluo igualmente latidos de cães; estes não têm culpa por ficarem confinados em apartamentos, mas seus tutores que os adotam e não respeitam os vizinhos, sim…
    Precisamos realmente de uma legislação rigorosa que garanta o direito ao silêncio e à tranquilidade, e com urgência…

  3. Em Vila Isabel tem uma boate chamada Kria, que por fora parece uma barbearia/Tatoo, mas que na verdade é uma fachada para dar festas e fazer comemorações, que geralmente acontecem na sexta, sábado e domingo, com som alto até 5h da manhã, as festas acontecem no meio da rua, com tendas, mesas e cadeiras, a aglomeração reúne dezenas de pessoas, infelizmente a PM e GM nada fazem, ninguém consegue dormir, nunca vi isso, uma casa de festa com portas abertas e som alto incomodando a vizinhança toda, não existe mais direito ao sono e ao recolhimento, agora todos são obrigados a ouvir a música desses depravados.

  4. Não creio infelizmente Vereador que surtirá o tão efeito esperado.
    Você só não pode exagerar nesse seu projeto de lei ou mudança de lei, incluindo até os Sinos.

    Isso é antigo e não há lei que resista.

    É muita lei, não acha?

    • Medidas incontestáveis , aprovação imediata do projeto se faz urgente e necessária, principalmente nos bairros residenciais. Deveria incluir que a prefeitura crie uma secretaria para tratar exclusivamente do assunto, apoio total.

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