Entre idas e vindas na discussão se Alessandro Molon seria candidato ou não a senador em 2022, o PSB oficializou na noite desta quarta-feira (20/7) seu nome para as eleições deste ano. Como era esperado, também foi confirmado o nome de Marcelo Freixo como candidato a governador do Rio de Janeiro.
Freixo, que já chegou a dizer que a candidatura deveria ser de André Ceciliano (PT), disse junto de Molon que as diferenças foram superadas e atuarão juntos na campanha. Em nota, Freixo disse que este tipo de embate é “parte da democracia“.
O PSB disse, também em nota, que a candidatura de Molon “é a única com condições de derrotar a do Romário e o bolsonarismo“. Vale ressaltar que Romário foi eleito pelo mesmo PSB em 2014 e está longe de ser um bolsonarista clássico, apesar de ser um membro do Centrão.
Molon tem sido o mais bem colocado da esquerda na disputa para o Senado, chegando a aparecer tecnicamente empatado tecnicamente com Romário em algumas pesquisas. Mas Ceciliano tem insistido em sua candidatura, hora por achar que o PT precisa de um nome na chapa proporcional, hora porque quando seu nome é colado no ex-presidente Lula ele sobe nas pesquisas, saindo dos 5% que está estacionado.
Além disso, Ceciliano conta com o apoio de boa parte dos políticos do Rio de Janeiro, o próprio governador Claudio Castro (PL) não esconde que é mais a favor dele que do seu colega de partido Romário. Marco Antônio Cabral (MDB), filho de Sérgio Cabral, vai lançar sua candidatura com direito a foto de Castro e Ceciliano. E na última semana Gustavo Schimidt (Avante), bolsonarista, lançou sua pré-campanha declarando apoio ao atual presidente da Alerj.
Washington Quaquá quer fim da aliança com Marcelo Freixo
Opositor da aliança com Freixo desde o princípio, o ex-prefeito de Maricá, importante liderança da região e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, enviou na noite da própria quarta uma carta à presidente nacional do partido, Gleisi Hoffman, pedindo que não oficializem a aliança com o PSB, homologando apenas a candidatura de André Ceciliano ao Senado. E, assim, permitindo, palanques múltiplos para Lula no Rio de Janeiro, apesar de hoje não ter esta possibilidade, os 3 principiais pré-candidatos tem seus presidenciáveis.
“Diante do descumprimento do acordo por parte do PSB, solicito a revisão da posição do PT no Rio. Qual seja: Que o PT RJ homologue a candidatura de André Ceciliano ao Senado e busque discutir com todas as forças do Rio de Janeiro a ampliação do palanque do presidente Lula. Ou que pelo menos seja reaberta a discussão”, disse Quaquá.
De acordo com o jornalista Ricardo Bruno/Agenda do Poder, no documento, Quaquá diz ainda que Freixo agrega rejeição à candidatura de Lula, reduz a penetração da campanha a setores médios em áreas da Zona Sul. Para Quaquá, os prejuízos provocados pelo pré-candidato do PSB a Lula vai além: desvia o debate de temas centrais da economia para pautas de comportamento e de combate à corrupção nos moldes lajavatistas.
Bandidolatria explícita!!!!
Freixo, molon, quaquá.. Romario…a política do Rio assusta pelo nível baixo. É a imagem do inferno…
Fantástico! Assim, com a derrota, garantiremos que Freixo e Molon estarão pelo menos 2 anos fora da vida pública. Contenção de danos.