Quem é você no carnaval? Cuidados com a saúde para cada perfil de folião.

Do viajante ao folião de rua, médicos alertam para cuidados essenciais com vacinas, hidratação e prevenção de ISTs

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Com a previsão de que 35% da população brasileira – o equivalente a 59 milhões de pessoas – viaje a lazer neste verão, de acordo com um estudo do Ministério do Turismo e da Nexus, a alegria de quem vai aproveitar o carnaval também traz à tona a importância de cuidar da saúde.

Isso porque grandes aglomerações favorecem o surgimento de surto de viroses e outras infecções, como a observada no litoral de São Paulo em janeiro deste ano. Na ocasião, mais de 7 mil pessoas foram infectadas pelo norovírus, causador de doenças como gastroenterite e, normalmente, transmitido por contaminação fecal-oral. 

Seja qual for o seu perfil, especialistas alertam para a necessidade de prevenção e cuidados especiais para cada estilo ou forma de aproveitar o carnaval. 

1. Viajante carnavalesco: vacinação para cuidar da saúde

O infectologista Alberto Chebabo, dos laboratórios cariocas Sérgio Franco e Bronstein, da Dasa, afirma que, antes de viajar, é importante verificar se as vacinas estão em dia, considerando algumas doses específicas de acordo com o destino, como contra a Covid-19, febre amarela ou hepatites A e B.

“Estamos observando um aumento de casos de febre amarela este ano, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. Então, a orientação para os viajantes que vão para áreas afetadas ou rurais é tomar o reforço do imunizante dez dias antes de chegarem ao destino, em dose única para adultos e dupla para crianças de até 5 anos. Idosos devem consultar um médico antes da vacinação”, afirma o infectologista. 

O médico reforça que medidas de proteção individual também são eficazes, como o uso de calças e camisas de mangas longas, sapatos fechados e a aplicação de repelente nas áreas expostas do corpo. 

2. Folião de bloco: hidratação e proteção solar

Para os amantes de blocos de rua, a exposição prolongada ao sol e ao calor excessivo exige atenção para evitar insolação e desidratação. Além disso, as altas temperaturas favorecem o aumento da frequência cardíaca e podem desregular a pressão arterial.

“A falta de reposição adequada de água pode causar uma série de sintomas e sinais no corpo, como a sensação de boca seca, dor de cabeça, tontura e cansaço. Uma atenção especial deve ser dada às crianças e aos idosos, que estão mais sujeitos à desidratação, mas podem não ter a percepção de sede. Para prevenir a desidratação, é fundamental beber água e outros líquidos durante todo o dia, mesmo sem sentir sede, e não abusar do consumo de bebidas alcoólicas, que desidratam o organismo e podem causar hipoglicemia, que é açúcar baixo no sangue”, comenta a dra. Rosita Fontes, endocrinologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein. 

É importante não se esquecer de usar um bom protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30 para evitar queimaduras, optar por roupas leves e confortáveis e, se possível, utilizar chapéus ou bonés e óculos escuros. Cuidado com o uso de produtos como tintas corporais ou faciais, espumas ou géis com glitter, pois eles podem causar irritações na pele. Cuide dos pés usando sapatos macios, que não apertem, e, de preferência, sejam fechados para evitar bolhas, desconforto e acidentes, como cortes.

Faça pausas para se alimentar e escolha frutas, sucos e outras comidas leves e nutritivas antes de sair, durante um bloco e outro e nos intervalos, garantindo fôlego extra para a folia.

3. Paquerador(a) do carnaval: aposte no check-up de ISTs

Se o seu objetivo é aproveitar o clima e paquerar, a saúde sexual deve estar na lista de prioridades. Realizar um check-up de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como o HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, as hepatites B e C, papilomavírus humano (HPV), dentre muitas outras, antes do carnaval é uma atitude responsável

“Cuidar da saúde sexual é fundamental, especialmente em períodos de intensa interação social, como o carnaval. Muitas infeções, como as causadas pelo do papilomavírus humano (HPV), podem ser assintomáticas. A grande maioria das pessoas infectadas não apresentam indícios, o que eleva o risco de transmissão inadvertida. A detecção precoce é fundamental, pois permite um acompanhamento adequado, e, quando necessário, intervenções que podem reduzir o risco de complicações graves, como câncer cervical e outras doenças associadas”, reforça Ligia Pierrotti, infectologista do Alta Diagnósticos, laboratório premium com unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O uso de preservativos é a proteção mais eficaz para se proteger de ISTs. Outra medida adicional para evitar as IST e a transmissão do HPV é a vacinação. “Felizmente, existe vacina eficaz contra o HPV, que pode prevenir a infecção pelos tipos mais perigosos do vírus e reduzir significativamente a incidência dessas complicações”. O imunizante nonavalente, disponível na rede privada, previne infecções causadas por nove tipos do vírus (HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58) e que podem provocar verrugas genitais e até câncer do colo do útero em 95% dos casos, bem como tumores de pênis, ânus e orofaringe.

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

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