Quintino: A (in)definição de Eduardo Paes

Eduardo Paes abandonou Felipe Santa Cruz e lançou Daniel Soranz, que não quer ser candidato a governador. Uma coisa é certa, quem Paes não quer é Claudio Castro

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Foto: Bernardo Cordeiro/Prefeitura do Rio

Depois de ficar meses dizendo que o presidente da OAB Felipe Santa Cruz é seu candidato a governador, na eleição do próximo ano, Eduardo Paes (PSD) tirou mais um nome da cartola: Daniel Soranz, seu Secretário de Saúde. Que, vale a pena dizer, logo fez questão que não será candidato, não quer ser candidato e se insistirem muda até o domicílio eleitoral.

Para alguns, mostra uma indefinição do alcaide sobre seus planos para 2022. Afinal, depois de tanta certeza com Santa Cruz, o que o leva a cogitar abrir mão de um de seus principais quadros atualmente? Teria Santa Cruz feito alguma besteira? Teria Soranz pontuado bem em alguma pesquisa interna encomendada por Paes?

Para outros, o lado da moeda que poucos veem. A completa insatisfação com a gestão de Cláudio Castro (PL). Paes se recusa de maneira assertiva a apoiar a reeleição de Castro. Nos bastidores diz que não tem feito um bom governo e é próximo demais de Bolsonaro. Prefere apostar seu capital político em outro nome, mesmo que seja um completo desconhecido.

Paes tem se cacifado cada vez mais e, mesmo sendo o Prefeito da capital, é um dos principais – ou o maior – player da política fluminense atualmente. Não aposta em uma aventura nas urnas no próximo por uma única razão: seu Vice Nilton Caldeira, do mesmo partido que Castro. Está fora de cogitação entregar a máquina da Prefeitura do Rio de Janeiro para a campanha do governador.

Para isso, Paes prefere se reeleger em 2024 com um Vice em que confie e, depois, renunciar para vir ao Governo do Estado em 2026. Mas fica a pergunta: caso seu pupilo – seja ele qual for – ganhe no próximo ano, ele vai se virar contra a criatura? Tal como em 2000, quando Cesar Maia e Conde se encontraram no segundo turno para Prefeito. Criador e criatura se enfrentaram e o pupilo acabou levando nocaute.

Bom, como dizia Dornelles, 4 anos na política são 4 séculos e se até outubro de 2022 ainda há muita água para rolar, que dirá até 2026. Mas uma coisa é certa. Eduardo Paes prefere perder com seu candidato, do que apoiar um projeto de Claudio Castro. Errado? O tempo dirá.

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