A pesquisa do Instituto Prefab Future (empresa LabPop Group) mostra que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro está mais baixa no estado do Rio de Janeiro que na média nacional, são 44% de Rium/Péssimo. E mais que isso, a impopularidade do governador Claudio Castro é praticamente igual de Bolsonaro, 40,3% sem ter os 24% de Ótimo/Bom que seguem o presidente para onde ele for, até para Venezuela. Enquanto isso Castro tem apenas 5% de Ótimo+Bom. Será que é um estratégia boa do governador deixar que pareça ser uma marionete do presidente? Parece que não.
Se pegarmos o exemplo de 2020, onde aliados do presidente não foram eleitos, salvo raras exceções, já servia colo sinal amarelo. Agora com a CPI da Pandemia, em que a maior parte dos fluminenses acham que Bolsonaro agiu mal no combate, 52% de ruim/péssimo, mais do que os acham que Castro agiu mal 36% de ruim/péssimo, é o sinal vermelho que precisa para não se colocar tão próximo de Bolsonaro que não possa se distanciar depois.
É claro que o governador precisa conversar bem com a União, ao contrário de seu antecessor, Castro sabe disso e vem feito bem. Mas sua imagem vem cada vez mais ficando colada ao presidente, e isso pode prejudicar caso ele queira ser reeleito governador. Especialmente se os adversários montarem uma estratégia anti-Bolsonaro nacionalmente, de forma que no estado do Rio de Janeiro escolham um candidato palatável tanto na capital quanto no interior. Ainda não parecem ter feito isso, afinal, o escolhido Marcelo Freixo (PSOL) é excelente para vencer no 2o turno, por mais que suavize o discurso.
A mexida no tabuleiro de Eduardo Paes se movimentando em direção ao PSD, que estava nos planos de Castro, faz com que o partido se distancie de Bolsonaro. Mas sendo o PSD nem de direita, nem de esquerda, nem de Centro, muito pelo contrário, não seria uma boa escolha para o governador? Escolher o caminho do meio pode ser o melhor a fazer.
É, não vamos esquecer, o caixa do estado ganhará uma turbinada com o dinheiro do leilão da Cedae, o que pode acelerar o crescimento de Castro. Mas também irá turbinar o da Prefeitura do Rio também e, apesar da situação deixada por Marcelo Crivella (Republicanos), tem uma administração financeira mais saudável que a do Estado, o que pode atrapalhar bastante os planos eleitorais do governador se apostar apenas no caixa.
Vamos ver quais serão os próximos passos dos políticos do Rio de Janeiro, e a própria situação de Bolsonaro e de Lula. Está tudo nublado agora, mas o presidente vem se mostrando uma péssima aposta, especialmente se for um All In como vem mostrando Claudio Castro.
Claúdio Castro tem que governar, acertar o rumo das coisas no Rio de Janeiro, precisa de verba para isso. Se vai ser candidato vai ter alinhamento ou não, é outra coisa. Se ele tiver boa intenção é fazer uma boa administração nesse tempo curto. Eleição é para 2022.
Mas uma coisa: PT e Psol não tem chance de se elegerem no Rio de Janeiro.