Quintino: Está na hora de Alerj, Câmara e Empresas Federais voltarem ao batente

A profissão de político vem com a obrigação de conversar com seus pares de forma presencial, cara a cara. Assim se muda votos, melhora projetos e a democracia funciona melhor.

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Avenida Primeiro de Março vazia | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

A simbologia é importante, muito importante. Esta foi a razão da Prefeitura do Rio e Governo do Estado do RJ voltarem com trabalho presencial há meses: a necessidade real de mostrar que a sociedade precisa voltar ao normal, com o arrefecimento da pandemia ou sua transformação em endemia. Não podemos parar e sim continuar lutando, ainda mais agora que estamos quase que totalmente vacinados, a letalidade caiu, e a vida continua.

Infelizmente o mesmo princípio que é tendência absoluta no mundo – também seguido pelo Judiciário Estadual – não foi seguido pelo Poder Legislativo do Rio de Janeiro. Inexplicavelmente, ainda estão em trabalho semipresencial, como desde o início da pandemia de Covid-19. O que fazia sentido em 2020, e talvez no ápice da Ômicron, em que pese sua quase nula letalidade. Mas com o número de vacinados crescendo e de internados diminuindo de forma geométrica, antes do fim do recesso da Alerj e da Câmara de Vereadores já era para ambas terem dado o fim ao “trabalho híbrido”, mas não foi o que aconteceu.

Agora com o fim da obrigatoriedade do uso da máscara em locais fechados no Rio, chancelado pelo Comitê Científico da Prefeitura do Rio e com aval também do Governo do Estado do RJ, não existe um único motivo para estes servidores públicos, incluindo vereadores e deputados, continuarem com seu cômodo e improdutivo home office. São seres superiores e intocáveis, diferentes da imensa maioria da população que tem de pegar ônibus lotado e assinar seu ponto no trabalho? Por que estes seres iluminados têm prioridade sobre todos os outros?

O sinal que passam para a população do Rio é que pertencem a uma casta superior, e que o seu ‘home office’ – que as más línguas têm chamado de férias – passará a ser eterno. Isso sem contar os que votam de outras cidades e até de outros países, em eternas férias pagas regiamente….pelos nossos impostos. Teve deputado votando de Miami, vereador da Rússia, é justo? Viúvas da pandemia, apavorados ou espertalhões?

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A profissão de político vem com a clara obrigação de conversar com seus pares e no presencial, cara a cara, negociar, trocar ideias, ceder e fazer o outro ceder. Assim é que se mudam votos, melhoram-se projetos e a democracia funciona melhor. Então, senhores, não é melhor voltar ao batente presencial e acabar com seu home office, e mostrar que não estão acima de todos nós?

E nem vamos começar a falar das empresas federais e de economia mista, logo elas que respondem ao presidente Jair Bolsonaro, que tanto criticou o lockdown… Não faz sentido demorarem tanto para retornarem ao trabalho normal. E nem me vem com essa de home office é uma tendência pois até as empresas moderninhas como Google, Facebook e Apple já estão abandonando este formato.

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25 COMENTÁRIOS

  1. A epidemia de Covid-19, como qualquer outra, não acabará em função vontade ou conveniência política, de interesses econômicos e comerciais, de negacionismos  de eufemismos, opiniões em contrário ou oportunismos. Ela acabará quando a Ciência a debelar por completo, não só aqui, localmente, mas pelo mundo inteiro. E ainda estamos, infelizmente, ao que tudo indica, muito longe de superarmos esse pandemônio. Por agora, ficam os riscos a todos, a insensibilidade e o egocentrismo da falta de empatia com o próximo, queiramos ou não, sob falsos dilemas econômicos de visão míope como que devendo necessariamente serem imperativos ante à coletividade completamente bestializada, mais agora que como o observado em 1889…

  2. Júlio Malta, sou advogada , milito em várias regionais e na comarca do Centro da cidade e faço das suas palavras , muitíssimo bem colocadas, ás minhas também!!!

  3. Parabens ao Diario do Rio. Excelente materia. Logo que começou o home office, eu avisei aqui em outra reportagem que esse modelo de trabalho não iria vingar. O Prefeito dizendo que o home office veio pra ficar, as empresas p?ivadas demitindo ou botando funcionarios em meip expediente pra trabalhar em casa, mas os funcionarios publicos e das estatais… aahhhh, os funcionarios publicos e das estatais foram pro home office recebendo integral numa boa, sem ter o que fazer. Quem tem amigo func publico que ficou de home office sabe bem… petrobras, eletrobras, todos os mamateiros em casa a boa vida. Mas, a economia é um elo onde todos dependem uns dos outros. Quando eu vi consultorios dentarios todos fechando, empresas de TI aos montes no centro fechando as portas, lojas de departamentos, restaurantes, empresas de onibus, tudo indo pro buraco… eu falei: esse prefeito vai mudar de ideia rapidinho. E não deu outra! Pelo simples motovo que todas essas empresas prestadoras de servicos e conercios estao fechando e deixando de arrecadar ao municipio e demitindo aos milhares. Isso certamente ja ja chegaria nesses idiotas que estao em casa de home office achando que seus empregos sao imunes ao que acontece fora de suas casas. Pela preservação dos empregos e pela reativação da econonia, que coloquem essa gebte pra trabalhar novanente.

    • Exato. Não é só uma questão de ficar de home office ou não. No funcionalismo público, essa turma simplesmente não trabalha se estiver de casa. Isso é a regra geral, claro.

    • Esse pessoal ficou mal acostumado recebendo pra ficar em casa fingindo que trabalha em frente ao computador. Tinha reportagem pegando funcionario publico na praia durante horario de expediente… mas ele estava de home office! Kkkkk

  4. Acho q o artigo forçou a barra, o trabalho híbrido que é a tendência!
    Voltar ao presencial parcialmente ao escritório é ok.
    Pergunta se o trabalhador q pega metrô/ônibus quer voltar 100% ao escritório?!
    Texto de quem não pega ônibus.

      • Muita ignorância achar que o trabalhador de teletrabalho ficou de férias, que o morador do subúrbio que se matava em trem e ônibus precário tem casa na praia e apartamento de 3 quartos e que quem estava respeitando a quarentena sequer pensava em show.

        • Essa onda de home office já foi revertida mundo afora, mas o funcionalismo público ainda insiste com isso para poder continuar sem produzir nada, mas dessa vez de casa. Todo mundo tem um ou outro funcionário público na família e sabe que ali é lei do mínimo esforço (claro que há felizes exceções, mas são raras).

          O que tenho visto é que os cargos de liderança, vendas, criatividade, têm retornado ao regime presencial. Já as posições assessórias em empresas, como financeiros, contadores, etc, de uma forma geral, têm sido mantidas remotas, justamente porque pagam menos e os funcionários moram mais distante.

          Agora, se você quer crescer na vida, não tem jeito. Retorne ao presencial o quanto antes.

  5. Sr. Gabriel,
    Seu comentário mostra sua total falta de empatia e falta de sensibilidade em pessoas de bem que pagam seus impostos caros,geram empregos, somos esquecidos por todos (políticos e mídia),e com certeza absoluta foi a região que mais sofreu com a pandemia em todo País,com o agravante por conta de tudo que sabemos que aconteceu graças aos nossos diversos políticos presos e cassados.
    Então ,vem um jornal sério,que está sediado no centro do Rio de Janeiro, vivenciando o dia a dia desta região e o Sr em vez de valorizar um dos poucos meios de comunicação que se mostram preocupados com o que está acontecendo,quer ridicularizar.
    Isso é lastimável,espero que o Sr possa repensar.
    Que Deus nos dê forças e sabedoria.

    • Empatia???? E vc tem empatia por trabalhadores que se matam por horas e horas num transporte público precário só pra ir pro centro do Rio fazer exatamente a mesma coisa que fazem de casa??????? kkkkk, textão lamentável esse seu!

  6. Eduardo Paes deve estar pagando um dinheiro para o Diário do Rio divulgar a volta das empresas e órgãos públicos. Fica visível nas postagens. Cadê a imparcialidade que sempre falaram? Já está ficando feio.

  7. Pra que voltar? Deixa de home office mesmo… que diferença faz? Ja nao trabalham nos escritorios, pra que tirar eles de casa? Liguei semana passada pro 1746 pratirar uma duvida da area de saude e a atendente muito mal hunorada falando ao telefone competia com o cachorro da casa dela pra me responder. Esse é o padrao que se tornou essa fossa de serviço publico do Brasil. Levam a grana toda do orçamento com salarios e penduricalhos, o Centro da cidade caindo aos pedaços e imundo porque o elevado IPTU que a prefeitura saqueia dos comerciantes e moradores nada retorna em investimento… é só pra pagar funcionario publico pra ficar em casa dormindo. E vida que segue, ja ta tudo falindo mesmo, a hora que não entrar mais arrecadação de impostos a gente vê como fica.

  8. Já entendemos, Dudu tá apelando, éin! O centro está vazio pq a inciativa privada preferiu manter o home office ou híbrido para conter despesas, dentre essas os altos aluguéis. Falam como se quem está trabalhando de casa não estivesse trabalhando. Se a Prefeitura quer incrementar o centro, ela que trabalhe. O centro é sujo, inseguro, o transporte é péssimo. Só vai para lá quem não tem opção.

    • Sim, só tem invejoso, recalcado e ignorante nesses comentários anti-teletrabalho. Viva o home office! O vagabundo do Dudu Paes que trabalhe pra melhorar o centro (e todos os bairros da cidade) e o transporte público medonho!

  9. A máquina estatal trabalha para si mesmo e para o conforto dos funcionários dela própria. Nós, o povo, somos a última das preocupações. Nada de novo sob o sol.

    Por isso que não apoio nenhuma pauta para funça: arrocho neles!

      • Coçando o saco?? Meu filho, vc não sabe o que é home office. Lamentável sua mente atrasada! Fala aí o nome da tua birosca no centro pra gente ficar sabendo e, se um dia voltar pro presencial, passar bem longe dela e te deixar sem ver nosso dinheiro… aliás, nem em restaurante do centro pretendo ir, se tiver que voltar pro escritório levo marmita pra não sustentar comerciante abutre. Se quer grana, faz delivery nos bairros, onde os trabalhadores estão de home office.

        • Seu pensamemto é bem pobre e egoísta mesmo, vai comendo sua marmita até o dia que não terás mais emprego certamente. Eu sou médico, nao parei 1 dia na pandemia sequer e trabalho em vários bairros, entre eles o Centro. Trabalho não me falta em qualquer lugar que for. E se eu quiser largar o Rio e ir pra qualquer país civilizado não vai me faltar trabalho, ao contrário de vc que vive de marmita. Qualquer metropole possui um centro financeiro, e no caso do Rio de Janeiro, é o bairro Centro. Me causa tristeza ir ao Centro da cidade e ver o bairro nessa situação deplorável e tanta gente em casa fingindo que trabalha. Minha família tem 3 funcionários publicos e sei bem como é, até a professora que trabalha na tijuca reluta todos os dias ligando pro sindicato pra fazer força pra ver se aulas a distância vingam pra não ter que ir mais dar aula em sala. Acontece que os alunos não aprendem e os pais que pagam seus salarios já estão cobrando o retorno. Não adianta forçar a barra, esse modelo de trabalho é improdutivo e insustentavel. Sua mentalidade é bem egoísta e pobre. Vai coçando o saco enquanto pode, transando com a patroa durante expediente, que esses dias estão contados. Aliás, muito em breve até as estatais serão privatizadas, estamos entrando numa era que as pessoas vão ter que trabalhar pra ganhar dinheiro. Acabou a mamata. Torço muito pro retorno presencial o mais rápido possível, pois até as empresas de ônibus estão falindo por falta de passageiros.

          • E eu com isso? Ninguém te obrigou a ser médico, então não se meta com o nosso home office! Aliás, vc como médico, deveria agradecer por podermos trabalhar de casa, pois foi gente a menos contaminada pra vc atender! Vc não sabe o que a gente faz ou deixa de fazer trabalhando de casa, e trabalhar de um escritório ou de dentro de casa não faz diferença alguma! As empresas não estão dispostas a gastar uma fortuna com prédios inúteis só pra agradar político, comerciante e imobiliária. As empresas de ônibus que se danem, elas por acaso pensam no trabalhador e oferecem sertviço de qualidade???? Acorda pra vida, estamos em 2022, não na década de 70!

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