Quintino Gomes: Inelegibilidade de Crivella pode ser terremoto nas eleições do Rio

Se TSE confirmar inelegibilidade de Crivella, seus votos não serão válidos, e pode dar Eduardo Paes no 1º turno, ou Martha e Paes no 2º turno, ou mesmo Luiz LIma

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Marcelo Crivella em visita às obras na Avenida Brasil nesta sexta (16/10) - Foto: Reprodução

Faltando apenas 4 dias para as eleições municipais do Rio de Janeiro, a situação parece estar praticamente decidida em como se formará o 2º turno. A não ser que aconteça um terremoto (e é possível), Eduardo Paes (DEM), franco favorito, com 34% no último DataFolha, pegará no 2º turno o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) que tem 14%, empatado tecnicamente com Martha Rocha (PDT), que tem 11%.

Apesar de no limite da margem de erro, ter um empate com Benedita da Silva (PT), que aparece com 8%, é muito raro um instituto errar assim. Até porque Bené vem mantendo a mesma intenção de votos desde que o DataFolha iniciou suas pesquisas, em 8/10, apenas em 22/10 ela apareceu com 10%:

Candidatos11/115/1122/1008/10
Eduardo Paes (DEM)34%31%28%30%
Marcelo Crivella (REP)14%15%13%14%
Martha Rocha (PDT)11%13%13%10%
Benedita da Silva (PT)8%8%10%8%
Luiz Lima (PSC)5%5%4%1%
Renata Souza (PSol)4%3%5%3%
Bandeira de Mello (REDE)2%3%3%3%
Cyro Garcia (PSTU)Obteve menos de 1%1%1%2%
Clarissa Garotinho (PROS)1%1%1%1%
Fred Luz (NOVO)1%1%1%1%
Paulo Messina (MDB)2%0%0%1%
Glória Heloiza (PSC)1%0%1%0%
Suêd Haidar (PMB)Obteve menos de 1%0%0%0%
Henrique Simonard (PCO)Obteve menos de 1%Não foi citadoNão foi citado0%
Indecisos3%2%3%3%
Brancos ou nulos14%16%17%22%

Ainda, a oscilação negativa de Martha, que vinha mantendo 13%, caiu 2 pontos percentuais, especialmente após a série de ataques da campanha de Paes, que prefere um 2º turno com Crivella, onde a comparação entre os governos será favorável ao ex-prefeito. Com essa pequena queda, é sinal de que ela terá uma dificuldade ainda maior de conseguir ir ao 2º turno, a não ser que parte dos eleitores de Benedita e Renata Souza decidam o voto útil em Martha, o que parece que não vai acontecer. Ao contrário, tem-se visto uma movimentação de parte do eleitorado de Martha em direção a Paes.

Também não se é aconselhável a esquecer que as pesquisas tendem a não pegar o voto conservador, em especial o Bolsonarista, errando alguns pontos percentuais nestes casos. Não seria de estranhar que em 15/11, Crivella estivesse acima destes 14%, talvez com 17% ou mais. O grande fator negativo de Crivella é a gestão, que faz com que muitos conservadores, 5% tenham decidido por Luiz Lima (PSL) na pesquisa, e outros prefiram o próprio Paes.

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Mas a não ser que haja uma grande virada nos próximos dias, tudo caminha para que seja realmente Eduardo Paes e Marcelo Crivella no 2º turno.

Mas o possível terremoto pode acontecer

Justiça que tarda, é falha, e o TSE pode decidir pela impugnação da chapa de Crivella nesta sexta-feira, 13/11. Isso mesmo, a 2 dias da eleição, o candidato que aparece em 2º lugar pode ser tirado do jogo. E, detalhe, o julgamento pode durar até depois das eleições, mais especificamente no dia 19 de novembro.

Isso é uma verdadeira bomba, porque se considerado inelegível pelo TSE, os votos em Crivella serão considerados nulos. O que pode levar a três cenários:

Vitória de Eduardo Paes no 1º turno

Se tirar os 14% de Crivella de acordo com o DataFolha, a soma dos adversários de Paes passa a ser de 35%, o ex-prefeito tem 34%. Aumenta a probabilidade de uma vitória em 1º turno, especialmente se a inelegibilidade já for declarada depois de domingo, e Crivella for melhor nas urnas do que mostram as pesquisas.

Martha Rocha no 2º turno

Se a pesquisa mantiver como está, e Eduardo Paes não conseguir uma votação melhor, nem Crivella, a delegada Martha Rocha vai conseguir ir para o 2º turno mesmo sem os votos necessários para tal.

Vai lembrar muito o caso Wilson Witzel (PSC) em 2018 contra o próprio Paes, quando retiraram a candidatura de Anthony Garotinho faltando apenas 2 semanas para o dia da eleição, o que fez com que Witzel acabasse se tornando governador.

Um 2º turno com Luiz Lima

Um cenário mais improvável, é que a decisão do TSE pela inelegibilidade de Crivella aconteça na sexta, e esse decida apoiar Luiz Lima (PSL). Com 5%, pode levar boa parte dos votos conservadores, e chegar ao 2º lugar.

É um cenário improvável, mas vale lembrar que o próprio Witzel saltou de 1% para vitorioso em 2018. É verdade que o ex-governador perdeu na capital, mas uma mudança destas a 2 dias da eleição faz com o que o cenário seja possível.

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