Quintino: Governador Cláudio Castro loteia cargos a seu bel prazer

Com algumas exceções, Claudio Castro escolheu mal seus secretários, faz um governo administrado pela Alerj e nada de bom pode sair daí.

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Foto: Philippe Lima

Parece que o governador interino Claudio Castro (PSC) fará de tudo para permanecer no cargo, bem, menos deixar o PSC que tem seu presidente, Pastor Everaldo, preso por desvios no governo do Rio de Janeiro que agora comanda. E isso se passa pelo mais completo loteamento dos cargos entre deputados estaduais e políticos que muitas vezes não serveriam nem para comandar uma Quitanda.

Talvez com medo de repetir o processo de impeachment de seu antecessor, Wilson Witzel (PSC), são tantos oriundos da Alerj, que seu governo mais parece um governo parlamentar, com André Ceciliano (PT) sendo o governador de facto, e Castro apenas uma figura decorativa. O comando de Ceciliano é total, e o interino? Parece que seu papel é apenas o de cantar, não muito bem, em eventos no Palácio Guanabara.

Veja o caso do secretário de Turismo, enquanto Witzel, com todos seus defeitos, escolheu o ex-deputado Federal Otávio Leite (PSDB), que parecia querer realmente, finalmente, transformar o Rio em um grande centro turístico. Foi escolhido um tal de Gustavo Tutuca, ao que parece para nada fazer, no meio de uma das maiores crises do setor, seu trabalho é praticamente nulo, ausente. Ah sim, gastou bastante em anúncios no meio da crise de pandemia, vamos falar de bad timing.

O conhecimento de Tutuca no turismo? Bem, aparentemente nenhum, mas cargos?; isso teve aos montes: foi secretário de Governo e Esporte de Piraí entre 2005 e 2010, foi secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social na gestão de Luiz Fernando Pezão. E até aí, ok, a formação dele é em Análise de Sistemas na Estácio de Sá.

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Castro também mantém a amalucada Secretaria da Polícia Militar, Secretaria da Polícia Civil e Administração Penitenciária, sendo o mais comum, e correto, colocá-las sobre o guarda-chuva de uma Secretaria de Segurança. Foi uma invencionice de Wilson Witzel que não deu e não vem dando certo.

Para secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos escolheu o deputado estadual Bruno Dauaire (PSC). O trabalho dele no tema? Aparentemente nenhum, além de sua boa votação no Norte Fluminense e pertencer a um clã político poderoso da região.

Pelo menos a nomeação de do deputado estadual Thiago Pampolha (PDT) tem alguma relação com a área, ele é secretário estadual do Ambiente, e foi presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e relator da CPI do Lixo que investiga situação dos lixões e aterros sanitários no Estado. Além de ter sido membro da CPI da CPI da Crise Hídrica, da Comissão Especial da Baía de Guanabara e da Frente Parlamentar Ambientalista.

O DETRAN-RJ, uma pasta importante, ficou com Adolpho Konder, que tem a façanha de ter deixado de ser secretário de Cultura de Marcelo Crivella (Republicanos), sem fazer nada digno de nota e ir para o governo do Estado. Na verdade, deixando a secretaria em meio à problemas de gestão nas lonas e arenas culturais administradas pela prefeitura, que chegaram a ter a energia cortada por falta de pagamento, além de atrasos nos repasses orçamentários.

Ele também conseguiu a façanha de fazer com que a Prefeitura perdesse a parceria para administrar o Centro Cultural João Nogueira, o Imperator, no Méier. O local voltou a ser gerido pelo governo do Estado, que é proprietário do terreno. Além disso, Crivella cortou os repasses ao Museu do Amanhã, quando Konder era secretário.

Com algumas exceções, Claudio Castro escolheu mal seus secretários, faz um governo administrado pela Alerj e nada de bom pode sair daí.

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