Recuperação fiscal é destaque na inauguração do novo plenário da Alerj

Autoridades e representantes de diversos poderes e instituições realçaram a importância da união e do debate para recuperar a economia do estado

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Foto: Rozana Lopes/Diário do Rio


AA inauguração do plenário na nova sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no edifício Lúcio Costa, apelidado como ‘Alerjão’, contou com a presença de diversas autoridades e representantes de instituições públicas. Todos foram unânimes sobre importância da união e do debate para a recuperação fiscal fluminense. Apesar do clima festivo, o anfitrião e presidente da casa, deputado André Ceciliano (PT) se demonstrou um pouco receoso com algumas cláusulas e projetos propostos pelo governo para o regime. O Governador Cláudio Castro garantiu que o debate será harmônico entre todos os poderes, para que ninguém se sinta prejudicado.

Harmonia e união foram as palavras mais ditas hoje durante a cerimônia na Alerj. O tema principal foi a recuperação fiscal do estado, que será votada no novo plenário da casa. O presidente Andre Ceciliano falou com exclusividade para o Diário do Rio sobre como será a votação do regime. “Há algum tempo os poderes estão convivendo em harmonia, cada um faz sua obrigação, se respeitando e fazendo uma coisa, o estado precisa avançar e a gente precisa de paz, cada um fazendo o seu papel. Ministério Público fiscalizando e denunciando, o Tribunal de Justiça julgando, o Executivo executando e Alerj fiscalizando e legislando. Precisamos viver um tempo de paz no Rio”.

Ceciliano destacou os pontos difíceis das discussões e votações que virão pela frente. “A recuperação vai ter um momento difícil pois impõe perdas de direitos para servidores públicos, teto de gastos. Não será fácil mas vamos enfrentar e vamos votar com muita discussão e harmonia pra todo mundo. Serão nove anos de plano, então a gente precisa garantir os direitos dos servidores, modificar a lei para o futuro e falarmos da questão do teto. Hoje por exemplo nós já arrecadamos quase 7 bilhões a mais entre janeiro e julho. Se nós já tivéssemos assinado o plano, você não poderia gastar em nada, nem fazer nenhum investimento. A gente precisa sentar com calma e discutir e avançarmos nos pontos pra que a gente possa aderir ao regime de recuperação”, finalizou.

Na coletiva, o governador Cláudio Castro falou sobre a força-tarefa criada para agilizar o debate para as reformas necessárias em prol do recuperação fiscal. “Eu tomei uma decisão que foi colocar todos os poderes juntos para debater. Não tocar a recuperação como uma recuperação do poder executivo mas como uma recuperação do estado inteiro, até porque vai mexer em servidor de todo mundo, no custeio de todo mundo, em teto de gasto de todo mundo. Então nós montamos agora um comitê para fazer esse estudo. Há um entendimento de que na regulamentação ele é mais restritivo que a lei, então tá sendo feito esse estudo jurídico pra saber se essa lei que regulamenta esse decreto é constitucional ou não. Aí sim a gente vai poder fazer as reformas necessárias que já estão sendo discutidas entre os poderes todos. Tá sendo uma coisa harmônica e debatida pra que ninguém se sinta prejudicado”.

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O prefeito Eduardo Paes também marcou presença no evento e fez um pedido ousado ao presidente Ceciliano. “Se vossa excelência entender em não utilizar aquele anexo, seria belíssimo demais termos a paisagem da Baía da Guanabara direto pro Palácio Tiradentes, eu posso até pagar a implosão”, brincou. Ceciliano não bateu o martelo, já que o prédio anexo ao Palácio Tiradentes está previsto para ser um hospital oftalmológico. Vale lembrar que no projeto original da revitalização da Praça XV, quando foi implodida a perimetral, a previsão era demolir o anexo.

Governador falou sobre pedido de mais vacinas para o Rio e sobre a flexibilização

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Foto: Rozana Lopes/Diário do Rio

O governador se mostrou bastante preocupado com o avanço da variante delta no estado e ressaltou que fez o pedido de mais vacinas contra a Covid para o ministro da saúde Marcelo Queiroga durante um encontro na Maré. “Estive com o ministro Queiroga hoje, eu tenho feito uma critica na questão do benefício de alguns estados de fronteira. Eles não entenderam que no Rio há uma fronteira invisível que é o turismo. Não é razoável que o Rio seja prejudicado como tem sido. Já mandei uma solicitação oficial pra ele e ele ficou de rever com o Plano Nacional de Imunização (PNI) essa semana. A crítica foi bem dura no sentido de que a gente tem que olhar o país inteiro. Quando o Amazonas teve dificuldade, os governadores abriram mão, inclusive eu, de doses pra que o Amazonas fosse atendido. Agora que o Rio é um dos estados mais atingidos pela variante Delta, a gente também entende que temos que receber um carinho melhor e mais doses da vacinação. Ou então você vai ter o nosso estado disseminando muito mais uma variante perigosíssima. Fiz essa crítica hoje e ele ficou de levar pro PNI pra gente poder aumentar a vacinação aqui, vacinar mais rápido pra que a gente possa ter uma disseminação muito menor dessa variante”.

O Diário do Rio perguntou ao governador se ele irá seguir a flexibilização proposta pela prefeitura do Rio. “Com certeza, se a gente entender que é hora de flexibilizar, se nós entendermos que a vacinação avançou, a tendência como um estado só que somos é que a gente vá flexibilizando junto”, finalizou.


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Formada em cinema e jornalismo. Também trabalha como assessora de imprensa, locutora e repórter de TV. Escreve em sites e blogs desde 2002. Passou pelas redações do Jornal do Brasil e O Dia. Em 2012 fundou o blog Bonde da Bardot, sobre animais e meio ambiente.
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1 COMENTÁRIO

  1. Os servidores do estado se fud**** com esse governantes… Esse plano de recuperação fiscal era para ser temporário, mas parece se tornar definitivo como forma de, na verdade, assaltar o assalariado empregado do estado. Primeiro sem reposição salarial da inflação. Aumentando a contribuição Previdência para a mais alta do país, mantendo categoria da Segurança Pública da PM com valor menor. Agora querem cortar outros direitos que é uma migalha de 2%, 3% a cada três anos…
    Mas os contratos de serviços, com prestadoras contratadas, esses são reajustados religiosamente para garantia do equilíbrio econômico financeiro das empresas…

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