Rede Hoteleira Windsor deve R$ 650 milhões ao Itaú e teria atrasado parcela de 8 milhões

Neste primeiro trimestre vence uma parcela de cerca de 250 milhões; a Windsor teria vendido o terreno do antigo Bingo Arpoador por 230 milhões.

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Fachada do Windsor Barra Hotel

Após um atraso no pagamento de uma parcela de 8 milhões de reais no fim do ano passado, o Banco Itaú teria ligado o sinal de alerta em relação à dívida da Rede Windsor de hotéis, que teria ainda que pagar R$ 650 milhões ao banco. É o que diz a coluna Radar, da revista Veja.

A rede hoteleira que vendeu, nos últimos anos, o terreno do antigo Bingo Arpoador (segundo informações de mercado, por 230 milhões de reais) a uma construtora, o prédio do antigo Meridien (ex-Windsor Atlântica) no Leme para investidores ligados à rede internacional Hilton e o edifício Serrador no Centro (fontes afirmam que por 130 milhões) ao grupo argentino Sued, não estaria conseguindo sair do vermelho, apesar da venda destes importantes ativos.

Neste primeiro trimestre de 2022 vencerá uma parcela importante de cerca de 250 milhões de reais, devida pela Windsor ao Itaú. Segundo analistas consultados pelo Diário do Rio, a venda do antigo bingo da Francisco Octaviano à construtora Bait deve contribuir para a quitação da prestação.

Em nota, a Rede Windsor disse que “começa o ano animada com as perspectivas de crescimento, e sem pendência de qualquer espécie – financeira, fiscal e trabalhista”. O Itaú ainda não se pronunciou sobre o caso. E nem costuma fazê-lo.

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A Windsor ainda tem 15 hotéis no Rio de Janeiro e 2 em Brasília. O Itaú, por sua vez, teve lucros históricos em 2021, em meio à pandemia causada pelo Coronavírus.  No acumulado do ano, o lucro gerencial do banco foi de R$ 26,9 bilhões, alta de 45% ante 2020.

A Rede Windsor foi fundada pelo imigrante espanhol José Oreiro, que foi dono de restaurantes antológicos, como o Cirandinha, e teve ascensão meteórica como dono de Bingos quando estes estabelecimentos ainda eram legais no país. Aos poucos, a Windsor foi comprando um a um muitos hotéis da Rede Othon, outrora a maior do país, e que se encontra numa intrincada recuperação judicial. Segundo fontes do ramo da hotelaria consultadas por esta reportagem, em geral o fundador da rede – muito respeitado no setor – teria cerca de 60% da propriedade de seus hotéis, em parceria com diversos sócios diferentes, que complementariam os 100%.

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