Alguns dos colaboradores mais próximos do prefeito Eduardo Paes (PSD) já foram avisados: ao fim do recesso de meio do ano, vem aí a primeira reforma no secretariado desde o início do quarto mandato à frente da Prefeitura do Rio. As informações são de Berenice Seara/Tempo Real.
“A política mudou, estamos vivendo um novo momento. É hora de reorganizar as forças, ver quem realmente está com a gente. Não vai dar para manter quem quer ficar com todo mundo”, disse um dos auxiliares mais fiéis de Paes, revelando a diretriz do movimento.
A decisão vem após uma semana difícil para o prefeito. Entre segunda e quarta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), adversário de Paes na disputa pelo governo do estado em 2026, avançou nas articulações. Com a renúncia de Thiago Pampolha ao cargo de vice-governador, Bacellar ganhou espaço para assumir o comando do Palácio Guanabara — e, naturalmente, da máquina estadual.
Na quinta-feira, uma derrota expressiva na Câmara Municipal aprofundou a tensão. O desgaste se estendeu até sexta-feira e explodiu numa crise com o PT, partido do presidente Lula, considerado até então um dos principais aliados da prefeitura.
Apesar de comandar três secretarias municipais, o PT votou com a oposição para barrar uma das pautas centrais da gestão: a regulamentação do armamento da Guarda Municipal. A manobra foi vista como traição dentro da base.
Entre integrantes da bancada governista e o presidente estadual do PSD, Pedro Paulo, o sentimento é claro: é hora de reagrupar. A ordem é definir quem está realmente comprometido com o projeto de 2026. Nada de meio-termo. Nada de um pé em cada canoa.