O interventor do sistema BRT, Luiz Alfredo Salomão, apresentou oficialmente nesta sexta-feira (26/07), em entrevista coletiva, o relatório final dos 6 meses de trabalho no consórcio operacional.
Entre outras ações importantes da Intervenção estão as medidas contra o calote e o novo Plano Operacional, que equilibrou a distribuição dos ônibus entre os três corredores, combatendo desigualdades entre as empresas. Como efeito, houve inversão da tendência de quebra dos veículos.
Na entrevista, o interventor listou as exigências da prefeitura às empresas de ônibus para que possam retomar a gestão do Consórcio Operacional BRT. Entre elas, estão, a compra de 150 ônibus em 12 meses, sendo um terço de biarticulados e dois terços articulados; investimento de R$ 10 milhões em manutenção e R$ 18 milhões em segurança por ano; criação de uma Sociedade de Propósito Específico em 30 dias; conserto de 90 articulados em 90 dias; e a reabertura das estações do eixo da Avenida Cesário de Melo, de Santa Cruz a Campo Grande.
“A Secretaria Municipal de Transportes vai cobrar. Caso os empresários não cumpram a promessa, a intervenção pode voltar”, salientou o autor do documento
Uma das recomendações de Luiz Salomão é que o poder executivo impeça que novas licitações, com novos fornecedores, sejam alvo de pressão dos empresários de ônibus da cidade. Será preciso também, segundo o interventor, a criação de uma nova agência reguladora específica para fiscalizar o BRT.
“Jogamos duro com empresários e fornecedores. Mudamos contratos que mais pareciam ações entre amigos e tiramos o sistema do vermelho. Eram 72 contratos de prestações de serviço e reduzimos para 53. Deixo em caixa cerca de R$ 4 milhões para serem investidos em melhorias”, disse Salomão.
Ontem (25/07), o sistema registrou o recorde em seis meses no número de ônibus em circulação no horário de pico da tarde, com 252 veículos rodando.
