A Renúncia de Sergio Cabral e as chances de Pezão

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Sergio Cabral e Pezão

Nos anos de eleições estaduais e nacionais ocorre sempre a mesma coisa: O mês de abril chega e muitos políticos deixam seus cargos para que possam concorrer a diferentes postos no mês de outubro. Dessa vez não foi diferente.

No caso do Rio de Janeiro, o Governador Sérgio Cabral encerra mais cedo sua era à frente do Estado para concorrer a um cargo legislativo e provavelmente deixa o Palácio Guanabara para nunca mais voltar.

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Acontece que, se por um lado Cabral renuncia ao cargo de Governador para tentar obter mais alguns anos de mandato em outra freguesia, por outro lado o seu Vice, Luiz Fernando Pezão, assume a gestão na tentativa de propagandear seu nome e vencer as eleições estaduais, o que manteria o PMDB no poder.

As chances de sucesso de Pezão dependem justamente da imagem presente no imaginário popular a respeito do governo atual e por isso mesmo são pequenas. Cabral sai de cena em baixa, com pouca popularidade e casos desgastantes rondando seu nome. Por esse motivo é que as possibilidades de retorno ao poder estadual no futuro são baixas, bem como a probabilidade de vitória de seu Vice em 5 de outubro.

Alguns poderiam alegar que as Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, tiveram razoável sucesso e deveriam credenciar Cabral e seu sucessor a almejar certo reconhecimento.

Contudo, a promiscuidade na relação com empresários, a péssima situação da saúde e do transporte de massa no Estado, os atrasos em importantes obras, o uso mais do que questionável dos bens públicos em benefício pessoal, a truculência direcionada a qualquer tipo de manifestação popular ou classista, o fracasso retumbante na defesa dos royalties petrolíferos do Rio e o constante ar de deboche do Governador frente a problemas, cobranças e críticas, entre outras questões, garantiram a desintegração de uma gestão que, em seu final, mostrou que até a segurança pública, seu carro-chefe improvisado, não vai tão bem assim, dependendo de ajuda emergencial das Forças Armadas.

Em resumo, fica a sensação de que o Rio de Janeiro poderia ter avançado muito mais nesses últimos 7 anos e 4 meses, onde um cenário econômico favorável, grandes eventos esportivos e culturais e uma propagandeada parceria com outras esferas de governo não trouxeram nem mesmo uma fração do avanço que poderiam proporcionar. A comparação com gestões estaduais passadas pode até ser favorável, mas isso diz muito mais sobre erros de ontem do que sobre acertos de hoje.

Nesse sentido, os índices de popularidade e o receio dos correligionários de que ele perca a eleição para o Senado mostram que Cabral sai pela porta dos fundos e tudo indica que Pezão fará o mesmo daqui a 8 meses.

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