Em artigo publicado no jornal O Globo nesta terça-feira, 15, a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, destacou que a recuperação dos hospitais federais no Rio de Janeiro é uma prioridade do governo federal. “Resgatar o bom funcionamento dos hospitais federais no Rio é prioridade do presidente Lula e do Ministério da Saúde,” afirmou a ministra, ressaltando a importância dessas unidades para o atendimento da população fluminense no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ministra relembrou que, apesar de serem essenciais, os hospitais federais enfrentam crises e polêmicas recorrentes. Ela mencionou um provérbio popular que reflete a situação dos hospitais: “Assim como não há bem que dure para sempre, também não há mal que nunca acabe.” Para Nísia, é preciso “coragem para unir esforços e abrir caminhos para promover as transformações que desejamos.”
Reestruturação em parceria com diversas instituições
Desde o ano passado, o Ministério da Saúde vem buscando soluções sustentáveis e definitivas para os hospitais federais no Rio. De acordo com Nísia, 300 leitos já foram reabertos, e o governo firmou parcerias com a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Fiocruz e o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) para implementar um programa de reestruturação efetiva.
O GHC, que possui experiência na administração de unidades públicas dedicadas ao SUS, será responsável por uma nova fase no processo de mudança. O grupo é composto por hospitais como o Conceição, Criança Conceição, Cristo Redentor e Fêmina, além de unidades de pronto atendimento e centros de atenção psicossocial. A expertise do GHC será essencial na gestão do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), que desempenhará um papel fundamental no atendimento de média e alta complexidade, especialmente para a Baixada Fluminense.
Nova gestão e contratação de funcionários
O GHC será responsável pela administração do HFB e, como parte do processo de reestruturação, está autorizado a contratar mais de 2.400 funcionários. Esses novos profissionais garantirão a reabertura gradativa de todos os leitos fechados, além de iniciar as reformas necessárias. “Uma reforma em todos os sentidos: elétrica, hidráulica, civil e, sobretudo, no modelo de gestão,” explicou Nísia. A ministra frisou a importância de rapidez no processo, uma vez que “a saúde tem pressa.”
Fortalecimento do SUS e garantia de direitos
Ao final do artigo, Nísia enfatizou que a reestruturação dos hospitais federais no Rio de Janeiro vai além de reformas físicas. “Não há exagero ou força de expressão quando falamos em construir um futuro em que a saúde é um direito universal,” disse ela, destacando que o objetivo é que essas unidades deixem de ser conhecidas pelas crises e se tornem símbolos de esperança, dignidade e fortalecimento do SUS.