Restaurantes cariocas reabrem em meio a incertezas e tentando se adequar ao ‘novo normal’

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Foto: Reprodução Internet

Seguindo uma série de medidas restritivas estabelecidas pela prefeitura para que o comércio volte a funcionar no Rio, os restaurantes cariocas reabriram nesta quinta-feira (02/07) ainda tentando entender a situação após 4 meses e mais de 27 mil demissões no setor.

Para poderem retomar as atividades, os estabelecimentos terão que seguir algumas regras, tais como; metade da capacidade de clientes; mesas a 2 m de distância umas das outras; dar preferência, em área aberta; funcionar sem o modelo self-service; sem música ao vivo e com horário de funcionamento somente até às 23h.

Nesse primeiro dia reabertura, os restaurantes do Centro do Rio tiveram um movimento tímido. É o que relata à auxiliar administrativa, Karen Rodrigues, que trabalha na região e teve que sair para almoçar na Rua do Ouvidor. Um dos trechos que mais concentram empreendimentos do tipo no local.

Fui almoçar na Rua do Ouvidor e o que deu pra notar é um movimento ainda pequeno. Alguns restaurantes ainda nem abriram. É o primeiro dia, as pessoas ainda estão se adequando, ficaram muito tempo paradas. E o Centro está bem vazio. Acredito que seja normal nesse primeiro momento“, contou.

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Para a carioca de 26 anos, moradora de Bangu, os restaurante virou opção apenas no dia de hoje. Amanhã ela já vai preparar e levar comida de casa para o trabalho.

Hoje foi uma urgência e tive que sair, mas quero ficar correndo esse risco. Almocei em um restaurante que forneceu álcool gel, separou bem as mesas e os garçons todos de máscara. Me pareceu seguro almoçar ali, mas é melhor se resguardar nesse momento“, concluiu.

Um dos restaurantes mais tradicionais do Centro do Rio, o Angu do Gomes, localizado na Rua Sacadura Cabral, reabriu nesta quinta-feira (02/07) depois de longo período de inatividade. O proprietário do estabelecimento, Rigo Duarte, conta que todos os protocolos de segurança estão sendo rigorosamente seguidos para garantir a segurança dos clientes, mas lamenta o pouco fluxo de pessoas na região.

O Centro está deserto, no entanto, estamos cumprindo todas as medidas de segurança de maneira exemplar. Reduzimos a capacidade em 30%, aumentamos a área externa, disponibilizamos álcool gel para os clientes na entrada e na saída e o cardápio fica sempre na mão dos garçons, evitando o contato com os fregueses. Tivemos que fazer esse esforço para abrir, uma vez que, era impossível manter a casa fechada por mais tempo“conta Duarte que reduziu drasticamente seu capital de giro durante a pandemia, passando de R$ 180 mil para R$ 15 mil.

Os funcionários estão trabalhando por escala e com o horário reduzido de funcionamento. Alguns trabalham apenas um terço da carga horária. Isso é muito ruim, pois eles ganham comissão e isso acaba diminuindo a renda. Você consegue enxergar nos rostos deles a preocupação com esse momento. Mas só só tínhamos duas opções, ou permanecer fechado e quebrar ou abrir e correr o risco“, explica.

‘Novo normal’ exige mudanças radicais no cotidiano de atuação de funcionários

Empreendimentos em diversas áreas da cidade tentam se adaptar a esta nova realidade imposta pela pandemia do Coronavírus. Alguns com verdadeiras mega operações visando a retomada dos negócios. Um deles é o Rosita Café, famoso ponto no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Para se enquadrar nas normas estabelecidas para funcionamento neste período, o local, diminuiu o número de mesas no salão e ampliar a oferta na área externa

Queremos estar aptos para receber nossos clientes de volta, mas não queremos ninguém correndo riscos. Por isso, nos empenhamos intensamente na operação de mudanças para atender os protocolos e poder oferecer uma experiência prazerosa e saudável”, explica Pedro Castro Neves, sócio do Rosita.

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Foto: Reprodução Rosita Café

A equipe de funcionários do restaurante está passando por um treinamento para atender os clientes com mais segurança. Para isso, eles passaram a trocar de roupa em uma área reservada, antes de entrar no ambiente do restaurante. Neste mesmo local há material para higienização das mãos, e equipamento de controle de temperatura, que é utilizado diariamente.

O estabelecimento também adotou como parte da rotina a higienização intensificada de ambientes de cozinha, salão e banheiros, diversas vezes ao longo do dia. A casa também passou a fazer uso de jogo americano descartável e uma embalagem especial para talheres, com guardanapos higienizadores, que serve de dispositivo para que os clientes guardem suas máscaras enquanto comem.

Além disto, o ponto comercial conta com uma porta distinta de entrada – com tapete higienizador para os pés – e uma de saída de pessoas, com dispenser de álcool gel em cada uma delas. A entrada de funcionários também dispõe de tapete especial para limpeza dos pés.

São os novos tempos pós pandemia onde todos os setores da sociedade terão que fazer ajustes para garantir a segurança e a saúde das pessoas.

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