Retorno do futebol carioca não foi opinado por Secretaria responsável por pareceres técnicos e científicos

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Imagem meramente ilustrativa - Foto: Divulgação/Fluminense

Na manhã desta terça-feira (14/07), durante reunião da Comissão do Coronavírus, criada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para fiscalizar os gastos na saúde pública durante a pandemia, a secretária extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19, Flávia Barbosa, negou ter validado o retorno do futebol no RJ. A pasta que ela comanda é responsável pelos pareceres técnicos e científicos nas ações governamentais estaduais.

Segundo ela, a decisão foi tomada pelo então secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, e pelo governador Wilson Witzel sem passar pela análise técnica da Secretaria Extraordinária das Ações da Covid-19.

”Isso não foi uma competência minha, a gente traz os subsídios técnicos pra tomada de decisão, mas essa não foi uma decisão técnica nossa, da nossa Secretaria. Foi uma decisão do secretário junto ao governo. Eu não tenho informação sobre essa tomada de decisão, não foi competência minha na época”, disse Flávia.

Ela negou, ao contrário do que foi divulgado, ter sido consultada sobre a decisão de validar o protocolo da Federação de Futebol do RJ (Ferj): ”Consultada diretamente, não. A minha Secretaria, não”, resumiu.

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O deputado Renan Ferreirinha (PSB), responsável por fazer o questionamento à secretária durante a reunião, lembrou que foi ”amplamente divulgado na imprensa que a Secretaria Extraordinária validou o protocolo da Ferj”.

”Causou estranheza saber que um grupo técnico teria validado a volta do futebol, que implicou na realização de partidas ao lado do hospital de campanha, onde pessoas estavam entre a vida e a morte por causa da Covid”, lembra Ferreirinha.

Ao final do encontro, a Comissão do Covid aprovou a realização de novas audiências para ouvir Roberto Pozzan, ex-subsecretário geral de Saúde; Antonio Vanderler de Lima, que teria participado do processo de requalificação da Unir Saúde; Maria Osana Gomes, ex-superintendente de compras na gestão de Gabriell Neves e Edmar Santos; e Roberto Bertholdo, advogado e lobista apontado como grande articulador da contratação da Iabas. As datas ainda serão marcadas.

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