A Prefeitura do Rio registrou nove casos de raiva em morcegos este ano. Dois deles foram encontrados na Ilha do Governador – o último foi registrado há 15 dias. Todos registrados pelo 1746 e encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que encaminhou os animais para o diagnóstico que constatou a doença.
Em maio deste ano, um caso de raiva em cão foi diagnosticado pelo Instituto Municipal Jorge Vaistman, na Mangueira – referência no diagnóstico de raiva em todo o estado.
O cão tinha um ano de idade, raça indefinida e não estava vacinado. Era de Duque de Caxias. Segundo o presidente da comissão de defesa doa animais, estes casos são preocupantes.
Desde 1995 o município do Rio não registrava notificação de casos dessa doença em cães ou gatos.
Os casos de raiva preocupam o presidente da Comissão de Defesa dos animais da Câmara, Luiz Ramos Filho (PNM). O vereador solicitou a Prefeitura que promovesse uma campanha de vacinação, para conter a proliferação da doença.
“Em 2019 não tivemos campanha de vacinação, porque o Governo Federal não entregou as vacinas. No ano passado, a campanha foi insatisfatória, atingindo apenas 58% dos cães e gatos, quando o ideal é vacinar 80% da população. E na Ilha, a vacinação foi ainda mais fraca, só vacinamos 20% dos animais”, lamenta Ramos filho.
Neste Sábado (03/07), o CCZ vai disponibilizar a vacinação contra raiva em três postos no bairro da Ilha do Governador, de 9 às 16 horas, Clínica da Família Assis Valente (Estrada das Canárias s/n Galeão), Clínica da Família Maria Sebastiana de Oliveira (Praia da Rosa, 1225 – Tauá) e na Praca Poeta Manuel Bandeira em frente à UPA do Cocotá.
“Muitos tutores não estão levando os animais para vacinar. no ano passado o município vacinou apenas 390 mil cães e gatos. Isso é muito pouco. Deveríamos ter vacinado algo em torno de 520 mil animais. Eu faço um apelo para que os tutores que não deixem de levar os animais para vacinar. a raiva não tem cura, mata”, afirmou Luiz Ramos Filho.
Os primeiros sintomas da doença são a paralisação dos músculos da garganta. O animal deixa de beber água, baba e tem o chamado latido bitonal (um grave e um agudo). Com a evolução da doença, o bicho apresenta falta de coordenação motora e alteração da visão e da audição, o que provoca irritabilidade e fúria. A Raiva pode ser transmitida por cães, gatos e morcegos, através do contato com a secreção infectada. O mais comum é o contágio por mordida de cão gato e até mesmo um arranhão.
“A raiva é uma doença muito séria, não tem cura, o animal morre em média dez dias depois de apresentar os primeiros sintomas. É importante que as pessoas levem os animais para vacinar. A vacina é gratuita. Se não der para levar no sábado, durante a semana tem vacinação permanente no instituto Jorge Vaitsman e no Centro de Controle de Zoonoses em Santa Cruz. Não deixe de vacinar o seu animal, Raiva mata”, alerta Ramos.