O trabalhador do Rio de Janeiro não suportaria o aumento necessário na passagem de ônibus e outros transportes, visto o valor hoje do custo de energia. A única solução é o subsídio.
O prefeito Eduardo Paes vem dando sinais de que pode vir a subsidiar, mas só ele não basta. É necessário que o governador do Rio, Claudio Castro, também subsidie e possa haver uma conexão entre os transportes municipais e estaduais, trens, metrôs, BRT, ônibus e VLT. A solução do transporte não é fácil, e o mundo inteiro vem recorrendo ao subsídio.
Ué, e do bolso de quem irá sair o subsídio?
É irresponsabilidade falar em subsídio como se fosse uma medida isolafa, sem impactos disseminados. Antes de fazer esse tipo de proposta é preciso considerar o impacto geral nas contas públicas, as restrições legais (como o regime de recuperação fiscal do estado, ainda em negociação), o não cumprimento de obrigações por parte das concessionárias. O custo dos transportes está alto e a qualidade sempre foi ruim. Os contratos, principalmente com a regra da correção pelo IGPM, geraram essa distorção. Se é para subsidiar, primeiro é preciso rever todos os contratos e obrigações. É preciso saber que dinheiro não sai da torneira e que subsídio também significa tirar dinheiro do trabalhador, reduzindo recursos para a saúde, educação, segurança e outras áreas. Um jornalista, formador de opinião, precisa de um mínimo de responsabilidade nos comentários.
Subsídio nós ônibus devem ser concedidos somente se todos os ônibus forem equipados com ar condicionado.