Rio de Janeiro recebe primeiro leilão de créditos de carbono do mundo para micromobilidade

Realização do evento é mais um passo da Capital Fluminense em direção a implementação de uma bolsa de valores de ativos verdes, na Zona Portuária

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(Foto: Reprodução Portal O Petróleo)

O Rio de Janeiro será palco do primeiro leilão mundial de créditos de carbono voltados para a micromobilidade urbana, com o uso de bicicletas compartilhadas, por exemplo. A iniciativa de receber o evento integra o plano da prefeitura de transformar o município em um hub de investimentos de sustentabilidade, inclusive, com a instalação de uma bolsa de valores de ativos verdes, na Zona Portuária do Rio.

O leilão será focado em uma ideia que já funciona na cidade há alguns anos, mas não gerou créditos até o momento: o TemBici, plataforma de uso de bicicletas compartilhadas, patrocinada, espalhadas por diversos pontos da cidade, que evitam o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis.

Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões destaca que a iniciativa será realizada ainda no primeiro semestre de 2022, pela AirCarbon Exchange.

Recém-instalada na cidade, a empresa é subsidiária de uma das maiores bolsas de comercialização de créditos de carbono do mundo, sediada em Cingapura e com operações em Abu Dhabi.

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“Nós anunciamos o nosso projeto de transformar o Rio em um hub de sustentabilidade e de investimentos verdes. A AirCarbon procurou uma pessoa no BNDES, e o órgão recomendou que me procurassem. Eles ficaram interessados, gostaram muito do nosso projeto e decidiram ficar aqui no Rio. Inicialmente, pensavam em ir para São Paulo. Vão operar aqui no mercado voluntário de negociação de créditos de carbono”, afirma Bulhões.

O volume de créditos negociados e a expectativa de valores arrecadados ainda não estão definidos.

Bulhões já destacou que a intenção não é recuperar a antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que foi a maior da América Latina até os anos 80 e fechou em 2002, ou concorrer com a B3, Bolsa de São Paulo. Além de créditos de carbono, a meta é negociar ativos de energia e inovação.

O projeto carioca contempla ainda a criação de um fórum climático periódico, para discutir avanços no setor e possibilitar o intercâmbio de experiências de todo o mundo, além de um centro de educação financeira.

Diretor-presidente da companhia no Brasil, Carlos de Mathias Martins destaca que o leilão será também o primeiro que utilizará a metodologia de cálculo de créditos de carbono estipulada pela Organização das Nações Unidas.

Nós temos um portfólio com projetos de mobilidade, energia renovável e preservação florestal, que apresentaremos nos próximos meses. Esse primeiro leilão, nós estamos nos organizando para promover na primeira quinzena de março, logo depois do carnaval”, afirma Marins.

O mercado de créditos de carbono ainda não está regulado no Brasil, o que impede a instalação de uma bolsa de valores formal para a negociação de ativos voltados para a sustentabilidade, e torna o mercado menos lucrativo. A regulamentação depende de ações do Ministério da Economia.

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