Rio de Janeiro registra alta de 0,27% nos aluguéis em janeiro, com demanda intensa

O valor do aluguel no Rio de Janeiro subiu 0,27% em janeiro e acumulou alta de 24,17% nos últimos 12 meses. Vila Isabel, Flamengo e Rio Comprido tiveram os maiores aumentos, enquanto Catete e Laranjeiras registraram quedas.

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Foto: Alexandre Macieira | Riotur

O mercado de locação no Rio de Janeiro iniciou 2025 com uma leve alta nos preços. Segundo o levantamento da APSA, empresa líder em gestão de propriedades urbanas, o valor médio dos aluguéis cresceu 0,27% em janeiro, acumulando um aumento de 24,17% nos últimos 12 meses. O metro quadrado médio na cidade atingiu R$ 49,93.

Entre os 17 bairros analisados, 11 registraram aumento no valor do metro quadrado em relação a dezembro. As maiores altas foram observadas em Vila Isabel (9,81%), Flamengo (6,10%) e Rio Comprido (4,94%). Por outro lado, os bairros que tiveram as maiores reduções foram Catete (-7,71%), Laranjeiras (-6,16%) e Leme (-4,15%).

Procura intensa e locação mais rápida

Mesmo com a alta nos preços, a demanda por imóveis continua forte. O tempo médio de ocupação dos imóveis caiu significativamente em relação ao ano anterior:

  • Tijuca: passou de 43 para 15 dias
  • Copacabana: caiu de 37 para 13 dias
  • Botafogo: reduziu de 23 para 11 dias
  • Barra da Tijuca: diminuiu de 42 para 19 dias

A taxa de vacância — que mede a quantidade de imóveis disponíveis para locação — também segue abaixo do nível ideal (10%), fechando janeiro em 6,4%. Os índices variam conforme a região: 4,4% na Zona Sul, 4,9% na Tijuca e 11,4% na Barra da Tijuca e adjacências.

Impacto da taxa de juros

Segundo Leonardo Schneider, diretor superintendente da APSA e vice-presidente do Secovi Rio, a alta nos aluguéis está ligada à política de juros do país.

“A elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano influencia diretamente esse cenário. Com o crédito mais caro e menos atrativo, muitas pessoas adiam a compra da casa própria e optam por alugar. Além disso, alguns preferem manter o dinheiro investido e morar de aluguel”, explica.

Ele também destaca o impacto nas famílias de menor renda, que enfrentam dificuldades para financiar a casa própria e acabam limitadas a imóveis mais afastados ou em condições menos favoráveis. “Isso reforça a necessidade de políticas habitacionais que equilibrem esse cenário”, completa.

Preço médio do aluguel por região

Confira os valores médios cobrados por metro quadrado em janeiro nos principais bairros do Rio:

Zona Sul

  • Copacabana: R$ 69,68/m² (0,92%)
  • Laranjeiras: R$ 48,87/m² (-6,16%)
  • Flamengo: R$ 60,48/m² (6,10%)
  • Botafogo: R$ 64,80/m² (-1,68%)
  • Leblon: R$ 118,50/m² (1,35%)
  • Ipanema: R$ 124,88/m² (1,26%)
  • Catete: R$ 50,81/m² (-7,71%)
  • Leme: R$ 54,79/m² (-4,15%)

Centro

  • R$ 41,03/m² (4,04%)

Zona Norte

  • Vila Isabel: R$ 30,84/m² (9,81%)
  • Rio Comprido: R$ 29,82/m² (4,94%)
  • Méier: R$ 22,31/m² (-1,79%)
  • Tijuca: R$ 33,21/m² (3,45%)
  • Grajaú: R$ 28,50/m² (1,32%)
  • Maracanã: R$ 37,00/m² (1,54%)

Zona Oeste

  • Recreio dos Bandeirantes: R$ 41,48/m² (1,36%)
  • Barra da Tijuca: R$ 75,80/m² (-1,38%)

A expectativa do setor é que os preços continuem pressionados enquanto a demanda se mantiver elevada e a oferta de imóveis disponíveis para locação seguir limitada.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Aqui também. A mesma coisa. Um comentário não foi publicado onde indico link de artigo de Harvard com seguinte título.

    The Surprising Solution to Housing Affordability: Regulating Airbnb

    Fica o título para quem quiser ler, só colar no site de busca…

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