A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou redução de 22,35% nos atendimentos pediátricos de síndrome gripal na semana de 10 a 16 de dezembro em relação à semana de 3 a 9 de dezembro. A queda também foi verificada entre consultas para adultos, que diminuíram 21,3%. A média total, incluindo todas as faixas etárias, fechou em queda de 21,5%.
A média de atendimentos é calculada com base no registro de pacientes que buscam as unidades de saúde do Estado. A rede estadual conta com 28 UPAs, sendo 18 na capital. No plano de contingência, a SES montou tendas para acolhimento e atendimento de pacientes com síndrome gripal nas unidades de Marechal Hermes, Penha e Tijuca, na Zona Norte; Jacarepaguá, Campo Grande (foto acima) e Bangu, na Zona Oeste; e Botafogo, na Zona Sul do Rio. A maioria dos casos atendidos nas UPAs é de pacientes com sintomas leves da doença.
– A Secretaria de Saúde foi capaz de colocar em prática uma resposta rápida, com o plano de contingência, que reforçou o atendimento logo que a equipe da Vigilância lançou o alerta de aumento de casos de síndrome gripal. No dia 3 de dezembro, colocamos em operação a primeira tenda. O que verificamos é que se trata de um vírus de alta transmissibilidade, mas que não tem causado casos mais graves, não há aumento de internações – diz o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Este ano, foram registrados 5 óbitos pela variante do vírus Influenza H3N2. Em 2020, foi notificado um óbito causado por este subtipo e, em 2019, dois óbitos. Quanto à variante H1N1 do vírus Influenza, em 2019, foram notificados 63 óbitos; em 2020, um óbito; e, em 2021, dois óbitos. Estudos indicam que a variante H3N2 não costuma causar casos graves, como o H1N1, por exemplo.
Em relação aos cinco óbitos notificados no Sivep-Gripe, entre janeiro e o dia 15 de dezembro deste ano, todos os pacientes residiam no município do Rio de Janeiro, sendo três mulheres e dois homens, com idades entre 54 e 86 anos. Três não tinham registro de vacinação contra a Influenza. Desses cinco casos, três relataram comorbidades, entre elas, diabetes, cardiopatias e nefropatias (doença renal).
A Secretaria de Saúde ressalta que o número de óbitos por Influenza registrado até o momento não foge do padrão endêmico. E esclarece que, no caso da gripe, em função de síndrome gripal não ser uma doença de notificação obrigatória, declarar epidemia é responsabilidade do gestor local. A SES apenas ratifica, avaliando os dados.