Rio: Forte aparato de segurança permitiu Carnaval com poucos crimes e público recorde

Evento registrou uma redução de 64% nos números de furtos a pedestres e 33% nos furtos a celulares na capital, no comparativo a 2024. Mais de 700 pessoas foram presas

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Foto Fernando Maia/Riotur

Balanço do Governo do Estado, divulgado, nesta quinta-feira (6), mostra que o Carnaval 2025 foi mais seguro, prestigiado e lucrativo do que as edições anteriores.

O evento resultou em um giro econômico imprevisto de R$ 6,5 bilhões em todo o Estado e R$ 5 bilhões da economia da capital fluminense. O Carnaval 2025 contou com investimento recorde de R$ 90 milhões.

Ao todo 8 milhões de turistas foram atraídos pela maior festa popular do planeta. A maioria veio de outros estados do Brasil, e centenas de 160 países.

Tanta gente circulando pela cidade impactou favoravelmente a hospitalidade carioca e fluminense. Segundo a HotéisRio, a capital apresentou uma ocupação de 98,52%. Os bairros mais procurados foram o Centro (99,37%), Copacabana/Leme (99,18%) e Ipanema/Leblon (98,82%). Nos demais municípios, a taxa de ocupação chegou a 87,74%.

Para dar conta de tanta gente circulando pelo Rio de Janeiro, especialmente pela capital, o Governo do Estado montou um forte esquema de segurança, que atuou em várias frentes, municiado com um forte aparato tecnológico e com uma boa infraestrutura. As ações impactaram significativamente a mancha criminal durante a festa.  

O evento registrou uma redução de 64% nos números de furtos a pedestres e 33% nos furtos a celulares na capital, no comparativo a 2024. Mais de 700 pessoas foram presas.

Nos cinco dias de folia, de sexta-feira (29) a quarta-feira (4), os casos de roubos de rua também recuaram, apresentando uma queda de 22%, na comparação com o Carnaval anterior. Os roubos de veículos e cargas caíram, para 33% e 16%, respectivamente.

Segundo o governador Cláudio Castro (PL), os investimentos em tecnologia e infraestrutura foram determinares para os resultados:

“Investimos em tecnologia, segurança e infraestrutura para que os foliões aproveitassem os dias de celebração com tranquilidade. O resultado positivo reflete o esforço conjunto de todas as nossas equipes e o avanço do nosso estado em setores variados”, disse ele.

Mas a lista conta ainda com outros índices notórios: redução no furto a pedestre (57%), roubo a pedestre (11%) e na letalidade violenta (9%). Também foram realizadas 786 prisões em flagrante, das quais 503 foram feitas pela Polícia Militar, sendo seis delas nas proximidades do Sambódromo. As autoridades também apreenderam 118 adolescentes infratores. Pelo sistema de reconhecimento facial foram identificados e presos 16 foragidos da Justiça.

O feriadão contou com a 26 mil agentes, entre policiais militares e civis nas ruas, além de bombeiros e equipes do Segurança Presente. O alcance do videomonitoramento também foi ampliado, por mais de 260 mil dispositivos e 13 mil câmeras corporais portáteis usadas pelos PMs. Além desses dispositivos de filmagem, a população também contou helicópteros e drones do Grupamento Aéreo Militar, equipados com monitoramento por imagem, e câmeras de reconhecimento facial e leitura de placas instalados em pontos estratégicos.

“Vimos famílias se divertindo no Carnaval, nos blocos. A gente tem que pensar que a cidade e o Estado não pararam para a festa. Tivemos números muito significativos para o evento que, inclusive, teve mais um dia de Carnaval no Rio”, disse o delegado e titular da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, sobre o esquema de segurança, que conquistou tantos resultados graças às integrações das forças.

A Polícia Civil colocou 3,5 mil agentes a serviço da festa. Foram registradas 590 ocorrências. A capital apresentou uma queda de casos, de 440 em 2024, para 365 neste ano. Na Marquês de Sapucaí, a Civil prestou 26 atendimentos, dos quais 21 foram crimes sem violência.

O Corpo de Bombeiros, por sua vez, mobilizou 10 mil militares. Ao todo, foram realizados 556 salvamentos marítimos, 295 atendimentos a crianças perdidas e 1.165 combates a incêndios florestais. O Sambódromo contou com o reforço de 500 bombeiros, que efetuaram 19 atendimentos, incluindo o resgate de 11 pessoas presas em um elevador.

Os agentes do Segurança Presente fizeram 800 abordagens no Sambódromo, nos megablocos e na Intendente Magalhães, locais monitorados através de 30 torres de segurança montadas pelo programa. Já a Operação Lei Seca, fiscalizou 169 condutores de carros alegóricos, que foram aprovados.

Já os agentes da Operação Verão e Noturna abordaram mais de 5,6 mil motoristas em 48 ações. Desse total, 965 foram autuados por alcoolemia ao volante e 2.366 multados por outras infrações.

Entre e sexta-feira e quarta-feira, o Samu da capital atendeu 3.197 ocorrências – um aumento de 19,2% em relação a 2024 – relacionadas a casos neurológicos (425), cardiovasculares (421) e quedas (342).

Por fim, a Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon-RJ prestaram mais de 3.800 atendimentos na Sapucaí, entre os quais o descarte de 50 kg de alimentos vencidos. Cinco camarotes foram autuados, assim como uma empresa de buffet. As principais irregularidades incluíram ausência de alvarás de funcionamento, alimentos impróprios para consumo e falta de acessibilidade.

A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA-RJ) implantou nesse Carnaval um sistema de pulseiras de identificação, para garantir a segurança de mais de 10 mil crianças que participaram da festa.

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