Segundo informou o vice-presidente do Sindicato dos Motorista de Ônibus do Rio (Sintraturb Rio), José Carlos Sacramento, ao Jornal O Dia, o número de motoristas de ônibus mortos em função da pandemia do Coronavírus chegou a 28 na Capital Fluminense. Outros 134 profissionais da categoria estão infectados pela doença.
De acordo com Sacramento, o aumento na contaminação entre os rodoviários, se deve, entre outros fatores, à obrigatoriedade das empresas em fazer com que eles trabalhem além das horas determinadas por lei. O que também tem contribuído para a redução no número de coletivos que circulam nas ruas.
“Para se ter uma ideia, na Ilha do Governador as linhas 934 e 635 (circulares) estão com seu itinerário suspensos; as demais linhas também reduziram o número de carros devido ao coronavírus e suspenderam as linhas circulares de todos os bairros. Isso não acontece apenas naquele bairro“, disse.
Após a divulgação dos números, o Presidente da Comissão de Transportes da Alerj, o deputado Dionísio, encaminhou um ofício para a Rio Ônibus e para os secretários municipal e estadual de Transportes. No documento, o parlamentar pediu que fosse informado à comissão, o número de máscaras que foram adquiridas e distribuídas para os profissionais, quantas e quais empresas foram contratadas para realizar o serviço de higienização, se houve licitação, cópia do contrato e qual o produto que está sendo utilizado e se ele é próprio para a desinfecção dos coletivos.
“É lamentável ver que profissionais que desempenham um papel tão importante no transporte da cidade, estejam sendo atingidos pela doença muitas vezes por falta de consciência e ganância das empresas, já que temos relatos de profissionais sendo obrigados a levarem passageiros além do determinado“, disse o deputado.
Procurada a Rioônibus ainda não se pronunciou sobre o caso.