RJ registrou mais de 3 milhões de abandonos de cães e gatos em 2023, aponta IBGE

Cães foram a maioria dos animais descartados, com 2,2 milhões de casos; seguidos pelos gatos, 1,2 milhões. No Brasil, o número chega a 40 milhões, de acordo com a OMS. Os números certamente são subnotificados

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Cachorros resgatados em Benfica / Divulgação

O ano de 2023 registou um número alarmante de abandono de animais no território fluminense, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram mais de 3,4 milhões de cachorros e gatos entregues à própria sorte. Os cães foram a maioria dos animais descartados, com 2,2 milhões de casos; seguidos pelos gatos, com 1,2 milhões. A realidade do abando de animais no Brasil é ainda mais dramática, com 40 milhões de bichos sendo jogados nas ruas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O vereador Dr. Marcos Paulo (PSOL), presidente da Comissão de Saúde Animal da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ), destacou que os índices de abandono na cidade são muito elevados. Ele lembrou que, além de ser um ato cruel, o abando é crime. A população precisa se conscientizar que os animais também têm sentimentos e, por isso, sofrem, lembrou o vereador.

“Infelizmente, o Rio de Janeiro vive um grande aumento do abandono de animais. É preciso lembrar de que, além de um ato cruel, o abandono é crime previsto na Lei Federal nº 9.605, com penas de 1 a 5 anos de prisão. Também é importante investigar e responsabilizar os autores do abandono e conscientizar a população de que os animais têm sentimentos e sofrem”, lamentou Dr. Marcos Paulo.

Com 400 animais abrigados, somente nesta semana, a ONG Ajuda Patas resgatou 7 cães entre vira-latas e de raça que foram impiedosamente abandonados. A saída para esta realidade tão cruel, segundo a entidade, é a castração.

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Os protetores independentes são uma força importante e quase invisível na luta pela dignidade animal. Moradora do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, Bruna Aranha cuida de gatos abandonados na comunidade, além do seus, contabilizando 30 animais assistidos. De acordo com Bruna, hoje, todos os animais estão castrados. Os procedimentos, no entanto, demoraram anos para serem realizados, pois a protetora cuidou de tudo sozinha.

Bruna Aranha explicou que a demora nas castrações se deveu à falta de recursos, pois o procedimento custava entre R$ 80 e R$ 100, mas os exames elevavam a cirurgia para aproximadamente R$ 900,00. Bruna afirmou que descobriu alguns programas de castração gratuitos, que tinham uma demanda muito maior do que a capacidade de atendimento, gerando filas consideráveis.

O programa Castramóvel 4 Patas, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, é um dos paliativos diante de situações como as de Bruna Aranha. O projeto tem como objetivo facilitar o acesso de protetores e populares à cirurgia de castração de cães e gatos. Para facilitar o atendimento o Castramóvel possui aplicativo e site por meio dos quais os tutores podem agendar o procedimento.  

A Prefeitura do Rio, por sua vez, oferece o serviço Bicho Rio, por meio da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais. Pelo programa, é possível ter acesso a atendimento veterinário gratuito e cirurgias de esterilização de cães e gatos.

Informações: O DIA

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3 COMENTÁRIOS

  1. Tem países que proíbe qualquer um comprar macho e fêmea para cruzarem e vender filhotes.

    Já aqui no Brasil. Questão é que não se tem controle algum sobre criação e compra e venda de animais, nenhum restrição de comércio à criadores legalizados e fiscalizados assegurando animais saudáveis e processo de habilitação de futuros donos, inclusive com obrigatoriedade de contratar seguro.

  2. Tem países que proíbe qualquer um comprar macho e fêmea ara cruzarem e vender filhotes.

    Já aqui no Brasil. Questão é que não se tem controle algum sobre criação e compra e venda de animais, nenhum restrição de comércio à criadores legalizados e fiscalizados assegurando animais saudáveis e processo de habilitação de futuros donos, inclusive com obrigatoriedade de contratar seguro.

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