Rio tem alta de alugueis e atinge patamar pré-pandemia em vários bairros

Em fevereiro, os bairros do Leme, Maracanã e Barra da Tijuca experimentaram relevante aumento nos aluguéis residenciais médios de mercado. No Leme, a alta foi de mais de 8% em apenas um mês segundo a APSA.

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Imagem meramente ilustrativa (Foto: Reprodução Internet)

De acordo com um levantamento realizado pela ”APSA”, tradicional administradora de condomínios, o índice de imóveis de moradia vazios e disponíveis para locação na capital fluminense está de volta ao patamar pré-pandemia, chegando a 14,7%. O estudo analisou 16 bairros da Cidade Maravilhosa, sendo que, em 14 deles, a valorização econômica tem sido contínua, assim como a diminuição da vacância. Boa notícia pros proprietários de imóveis, e alerta vermelho pros inquilinos.

Em fevereiro, por exemplo, o Leme, na Zona Sul, foi a região que teve mais valorização no valor do aluguel. Comparado ao mês de janeiro, os anúncios de imóveis por lá estavam 8,86% mais caros, chegando ao valor de R$ 43,86 por cada metro quadrado locado. Isso significa que o aluguel de um imóvel de 100m² no bairro tranquilo e praiano da Zona Sul custaria em média R$ 4.386. Vale ressaltar que, em todo o ano de 2021, os preços do aluguel no bairro aumentaram apenas 3,98%.

Já o segundo bairro que mais teve aumentos no aluguel foi o Maracanã, na Zona Norte. O aumento foi de 8,22% em cada metro quadrado, chegando a R$ 25,42. Comparando da mesma forma que no Leme, um imóvel de 100m² no bairro sai em média a R$ 2.542, quase a metade do valor do mesmo. O bairro da Zona Norte surpreendeu especialistas.

O terceiro bairro cujos aluguéis residenciais mais subiram, por sua vez, foi a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, chegando a um incremento de 5,78%. Um imóvel de 100m² no bairro sai em média a R$ 5.348, valor médio que está abaixo apenas de Leblon e Ipanema, que custam cerca de R$ 7.267 e R$ 7.403 por mês, respectivamente.

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Ipanema, aliás, teve uma valorização de 4,49%, enquanto o Leblon subiu 1,86% de um mês para o outro. No ano de 2021, o Leblon havia sido o bairro cujo aluguel mais se valorizou na Zona Sul, subindo, na ocasião, 15,24%. Agora, parece ter desacelerado.

Voltando à Zona Norte, outro bairro com boa valorização foi o Méier, com 5,37%, atingindo o valor de R$ 19,22 por metro quadrado (R$ 1.922 o valor de um imóvel de 100m²). Chama atenção também o crescimento do aluguel no Grajaú, que foi de 3,23%. Hoje o metro quadrado na região está saindo, em média, a R$ 21,90.

É importante destacar também que, na Zona Sul, os aluguéis em geral aumentaram. Copacabana teve 3,82% a mais – depois de subir apenas 2,38% nos 12 meses anteriores -chegando a uma média de R$ 39,13 o metro quadrado. “Importante notar que Copacabana se subdivide praticamente em três bairros; a região da Atlântica tem alugueis quase 200% mais altos do que a média do restante do bairro; assim como o posto 6 e o Bairro Peixoto, regiões diferenciadas”, disse ao DIÁRIO André Cyranka, diretor da filial da Sergio Castro Imóveis na região.

No Flamengo, que havia subido 11,6% no ano passado, houve um crescimento de 3,95% apenas em fevereiro, e atingindo R$ 37,61 por m². Laranjeiras alcançou o percentual de 3,64%, depois de crescer somente 4,60% em 2021. Por lá, o metro quadrado médio está em R$ 35,28.

Outro ponto relevante a ser citado é que a Barra teve em 2021 um aumento de 33,13% e o Recreio dos Bandeirantes, bairro vizinho, de apenas 13,47%. Respectivamente, eles subiram 1,25% e 5,78% em fevereiro, atingindo R$ 53,48 e R$ 34,04.

Explicações

Um dos indicadores utilizados pelas imobiliárias para definir os valores dos aluguéis é a oferta de imóveis para alugar nos bairros, a chamada ”vacância”.

Segundo os especialistas, a taxa ideal de vacância para manter preços numa região é de 8% a 10%. Os bairros com menos imóveis vazios disponíveis para alugar no mês de fevereiro foram Catete (2%), Recreio (2,5%), Flamengo (5,7%), Rio Comprido (6,7%), Botafogo (8%) e Ipanema (10,7%). A oferta bem menor que a procura ajuda a subir os preços, em princípio.

Já os que continuam ainda com índices de vacância acima da taxa ideal são Vila Isabel (11,3%), Laranjeiras (13,8%), Tijuca (13,9%), Leblon (16,2%), Meier (16,2%), Centro (20,6%), Grajau (21,1%) e Maracanã (24,2%). Segundo especialistas, no Centro tem havido uma procura crescente por apartamentos em bom estado, mas a oferta existente seria de imóveis que necessitam de obras ou modernização, o que não contribui para o fechamento dos contratos.

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