Rio: Violência faz procura por atendimento psicológico entre motoristas de ônibus aumentar

De 2022 até o primeiro semestre deste ano, mais de 240 profissionais pediram afastamento das empresas de ônibus, segundo Sindicato dos Rodoviários do Rio

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Ônibus é incendiado na Avenida Brasil. Foto: Reprodução / Redes sociais

A realidade conturbada e violenta do Rio de Janeiro tem prejudicado a saúde física e mental da população. Algumas ocupações profissionais, no entanto, concentram uma carga de estresse acima do que se tornou habitual na rotina carioca. Recorrentes episódios de tiroteios, brigas, vandalismo, assaltos a mão armada e sequestros estão deixando os condutores de ônibus com o emocional e o psicológico adoecidos, segundo o Sindicato dos Rodoviários da capital.

A entidade alerta que muitos motoristas têm procurado por atendimento psicológico, além de pedirem para trabalhar em linhas diferentes das que atuavam anteriormente. Há profissionais que não querem saber de paliativos e pedem logo demissão.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, as linhas consideradas mais problemáticas são as que cortam a Avenida Brasil. O presidente do sindicato, Sebastião José, afirmou que os motoristas não suportam mais a insegurança.

“Para se ter uma ideia do trauma psicológico que a violência vem trazendo aos profissionais, de 2022 até o primeiro semestre deste ano, mais de 240 profissionais pediram afastamento das empresas devido a violência. Essa situação está ficando sem controle e insuportável para a categoria”, disse o representante sindical, segundo o jornal Tempo Real.

O presidente do Sindicato relatou que, desde junho, a entidade disponibiliza em sua sede, em Campo Grande, atendimento psicológico para os motoristas e seus familiares. A procura foi tão grande, especialmente pela família dos condutores, que o sindicato ampliou os dias do atendimento psicológico.

“Ficamos assustados, principalmente preocupados com o aumento no número de consultas. Quando iniciamos o serviço em junho, eram atendidas cerca de 15 pessoas por semana. Agora, esse número passou para 40 atendimentos semanais. Até o momento já foram realizados 288 atendimentos”, comentou o presidente sindical.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Viver no Estado governado pelo Cláudio Castro e sua turma é complicado mesmo. É preciso muito tratamento psicológico.

    Se eu tivesse 20 anos hoje, cursaria psicologia. A demanda no RJ por esse serviço é gigantesca.

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