O Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão) acaba de inaugurar uma Sala Sensorial e uma Sala de Acomodação Sensorial voltadas ao acolhimento de passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Localizado na área restrita do embarque doméstico, o espaço de 25 m² integra o Programa de Acolhimento ao Passageiro com TEA do Governo Federal.
Desenvolvida em parceria com o escritório Kube Arquitetura e a arquiteta Ana Paula Chacur, especialista em TEA e mãe de uma adolescente autista, a iniciativa une vivência pessoal, arquitetura sensorial e empatia. O objetivo é oferecer previsibilidade e conforto durante a experiência de viagem, por meio de estímulos cuidadosamente planejados e adaptados às necessidades sensoriais de cada passageiro.

Na Sala Sensorial, o ambiente simula uma cabine de avião, com paisagens em movimento nas janelas, luzes coloridas, cadeiras vibratórias, sons típicos do voo e cheiros suaves que remetem à experiência aérea, proporcionando uma vivência controlada e segura para todas as idades.
Já a Sala de Acomodação Sensorial foi projetada como um ambiente de refúgio, voltado a passageiros em crise ou com necessidade de regulação sensorial. O espaço oferece poltronas estofadas, iluminação suave e privacidade, permitindo que o passageiro recupere o equilíbrio emocional antes de seguir viagem.
Ambas as salas funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana, com acesso gratuito e limitado à capacidade do local. Um agente de terminal está disponível para prestar assistência e garantir conforto e segurança no uso dos espaços.
“Com essa iniciativa, o RIOgaleão reafirma seu compromisso com inclusão e acessibilidade. A sala sensorial foi projetada especialmente para atender passageiros que estão embarcando em voos domésticos, oferecendo um espaço adaptado às necessidades individuais”, afirma Carolina Lugão, gerente de terminal do RIOgaleão.
O aeroporto também oferece abafadores de ruídos, voltados a pessoas com hipersensibilidade auditiva ou TEA. Os equipamentos estão disponíveis para retirada no balcão de informações do Terminal 2 e podem ser devolvidos em pontos de coleta próximos aos portões de embarque.
Ótima iniciativa, é preciso divulgar para que haja adesão em outros locais.
Se iniciativas como esta receberem o reforço da legislação em trâmite para controle de barulhos excessivos, será de um imenso auxílio às pessoas com Transtorno do Espectro Autista. E também àquelas que, por inúmeras razões, possuem hipersensibilidade auditiva ou simplesmente gostam do silêncio e de ambientes tranquilos.