RJ pode ter ‘colapso’ por falta de kit intubação, diz documento da Saúde

Relatório da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro faz um alerta para que o Estado compre medicamentos em meio à crise da Covid-19

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Foto: Reuters /Amanda Perobelli

Segundo informou a CNN Brasil, um documento da área técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro expões a situação de colapso em unidades de saúde do Estado em virtude da falta de remédios que compõem o chamado “kit-intubação”. 

O relatório cita a “demanda inesperada” pelos remédios em virtude da alta quantidade de pacientes internados com o novo Coronavírus na rede estadual, traz apelos de pelo menos cinco unidades de saúde, que estão com falta desses medicamentos, e pedido de ajuda ao governo do estado. 

Atualmente, o Rio de Janeiro está com 90% dos leitos de UTI ocupados e tinha, até a noite de quinta-feira (8), 818 pessoas aguardando na fila por uma vaga.  

O parecer cita um e-mail enviado pela direção do Hospital Universitário Pedro Ernesto, uma das unidades de referência para tratamento de Covid-19 na capital fluminense, no qual há pedido “emergencial” para o abastecimento de UTIs. 

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“No momento encontram-se zerados em nossos estoques: bloqueadores neuromusculares (rocurônio, cisatracúrio, atracúrio), midazolan amp. 10 ml, Propofol frasco 50 ml, Dextrocetamina, entre outros …”, descreve o trecho da mensagem. 

O documento obtido pela CNN é do dia 26 de março e reforça a necessidade do governo do Rio de Janeiro comprar urgentemente remédios que compõem o “kit-intubação”. São compras geralmente feitas pelas próprias unidades de saúde, mas, diante do cenário, a área técnica da Secretaria Estadual de Saúde avalia que o Estado deve interceder e fazer as aquisições dos remédios.

Há vidas, e muitas, esperando. Podemos dizer que com a súbita e inesperada avalanche de casos não há o que esperar, poucas horas sem acesso aos medicamentos necessários à intubação certamente ceifará a vida de muitos fluminense”, diz o texto. 

O processo de compra foi aberto há duas semanas, mas ainda não avançou.

Elaborado pela Subsecretaria de Gestão da Atenção Integral à Saúde, o parecer ressalta que, apesar da necessidade de o Estado comprar remédios para o kit-intubação, o cenário para aquisição é incerto, devido à alta demanda em todo o país pelos medicamentos.  

“Entendemos que sem a contribuição estadual na centralização de aquisição, e ante as irregularidades e falta de previsibilidade dos repasses de medicamentos do kit por parte do Ministério da Saúde, há diversos indicativos de que haverá insucesso no enfrentamento ao Covid-19.”

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que realiza nesta sexta-feira (9) uma nova entrega dos medicamentos que compõem o ki-intubação e que está “buscando alternativas viáveis para resolver o abastecimento das unidades do estado”. Entretanto, a pasta afirmou “que o problema vem ocorrendo em todo o Brasil”. 

A pasta também informou que planeja a compra de medicamentos para suprir as unidades estaduais pelos próximos três meses.

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