Roberto Medina quer transformar a Floresta da Tijuca na Disney brasileira

Dono do Rock in Rio manifestou o desejo de criar parque temático na área de conservação ambiental; investimento total gira em torno de R$ 5 bilhões e já teria aval da Prefeitura

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Foto: Alexandre Macieira | Riotur

Roberto Medina, o homem por trás do Rock in Rio, o maior festival de música do mundo, revelou um plano ambicioso (e porque não polêmico) que promete transformar a Floresta da Tijuca, uma das maiores áreas de conservação ambiental do planeta, na Zona Norte do Rio, em um parque de diversões nos moldes da Disney. O empresário confirmou a informação, que já havia adiantado ao Jornal O Globo, em entrevista ao Valor Econômico.

Segundo Medina, o projeto seria voltado para “contar a história das nossas florestas e da nossa biodiversidade“. Ele também revela que já levou a ideia para o prefeito Eduardo Paes, que teria aprovado a iniciativa.

Se a Disney desenhou um parque inspirado nos animais e na savana, nós teremos um parque real, que coloca o visitante imerso numa das mais lindas florestas tropicais do mundo, podendo viver e sentir o dia a dia da fauna e da flora. Será um parque temático da natureza, sem que nenhuma árvore precise sair“, escreveu Medina em artigo publicado no Jornal O Globo.

Floresta da Tijuca não é a maior floresta urbana do mundo

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De acordo com o idealizador do Rock in Rio, a criação da “Disney Brasileira” é uma “oportunidade para que o mundo enxergue o Rio a partir do viés ambiental”.

Precisamos desse convívio com o meio ambiente, da incorporação do verde ao cotidiano. Temos de reprogramar nosso foco, por nós mesmos e pelas gerações futuras. O que queremos deixar? Que legado ambiental as gerações que estão crescendo terão? Uma área nobre como a nossa pode ecoar para o planeta esta necessidade de um mundo melhor em construção desde já. É Uma oportunidade para que o mundo enxergue o Rio a partir do viés ambiental “, afirmou.

Ideia surgiu durante viagem a Disney

O empresário conta que a intenção de ter um espaço no Rio de Janeiro inspirado na Disney surgiu durante uma de suas visitas ao parque do Mickey.

“Há muitos anos, numa das minhas idas à Disney, me emocionei vendo uma criança chorando após sair de um brinquedo. No dia seguinte, obsessivo que era, comecei a tentar achar um jeito de trazer a Disney para o Brasil. A estrutura turística no Brasil naquela época era muito pequena: impossível abrigar um parque daquele tamanho. E até hoje a conta não fecha. Economicamente não é viável. É um negócio de US$ 5 bilhões de investimento”.

Mesmo diante de tamanho aporte financeiro, Roberto Medina acredita no projeto e garante que é possível tirá-lo do papel.

“Lembrei da história da Disney e falei para mim mesmo: “Pô, tenho aqui no Rio uma das maiores florestas urbanas do mundo. Não preciso trazer a Disney para cá”. Nós já temos o nosso grande parque, está pronto, só precisa ser iluminado, estruturado para contar uma história: a das florestas brasileiras, da nossa biodiversidade. Qual outro parque do planeta pode oferecer um mundo de fantasia numa floresta natural”?, indagou.

“Rock in Rio” em SP

A produção do Rock in Rio anunciou no meio do ano, a realização de um novo festival de música em São Paulo, o The Town. O evento ainda não tem nenhum artista escalado no line up, mas já tem local e datas definidos, setembro de 2023, no Autódromo de Interlagos.

The Town será mais uma referência do entretenimento de qualidade no Brasil, com entregas também de alto nível para o público e para as marcas“, afirma o empresário Roberto Medina.

Já o Rock In Rio, do Rio, que estava marcado para setembro e outubro de 2021, teve que ser adiado para o ano que vem um razão da pandemia do Coronavírus. O festival agora acontece nos dias  2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022, e já tem atrações confirmadas como Iron Maiden, Coldplay, Post Malone, Dua Lipa, Justin Bieber, entre outros.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Penso que o Medina não seria empresáriocida, mas nunca se sabe. É uma ideia bem polêmica, mas sem saber que era impossível trazer grandes nomes do cenário internacional, ele foi lá e fez isso em 1985 desbravando essa grande indústria do entretenimento/turismo.

    Pelo declarado amor ao Rio. Pela geração de renda com os shows. Pela árvore de natal na Lagoa. Acho que antes de criticar ou temer o pior, aguardarei conhecer o projeto para somente então opinar. E ainda torço para ele também ser pioneiro em casar entretenimento com sustentabilidade.

    Aguardemos

  2. Que ideia bosta! Ele não tem noção do que aquele local representa não??? Imagina colocar um parque, uma barulheira lá… Manda fazer parque na casa dele!

  3. A típica ideia de jerico, uma estupidez sem tamanho, transformar uma área de conservação ambiental permanente num parque temático no estilo da Disney. Uma agressão ao meio ambiente, vai iluminar a floresta, isso vai interferir no ciclo circadiano das espécies, vai aumentar a circulação de pessoas e de veículos, produzir poluição do ar e sonora, uma ideia totalmente ridícula, além de tudo super brega. Esse nosso Prefeito paspalhão é claro que concordou, um cara que só está preocupado com arrecadação, receita e retorno político, não está nem um pouco preocupado com a saúde e com o meio ambiente.

  4. Excelente ideia. Ainda que retirassem 10% das árvores e não vão tirar nem 10%, , teríamos um parque cuidado, produtivo, gerando empregos, renda e , de quebra, irritando os xiitas COMUNONAZIESQUERDOPATOSOCIOFACISTAS que entendem que o país tem que ser a selva do mundo. Preservar sim, mas com consciência. Os que são contra poderiam ir proteger as girafas da Amazônia e morar por lá…fácil ser ativista e protetor da natureza vivendo no ar condicionado e em cima de carpete.

    • Lembrando que a floresta da Tijuca já foi plantação de café no passado e é a prova viva que o homem pode destruir e recuperar ambientes. Nossa Disney poderia ter montanhas russas, trenzimhos, telefericos e muitas atrações. Ainda que Medina consiga bilhões ele não vai usar nem 30% do espaço e nestes 30% não vai tirar nem 10% da vegetação. O afugentando da fauna que não se adaptar ( pouca) se dará naturalmente e com auxílio humano especializado, alguns se deslocando para os demais 70% da imensa floresta que permanecerá intocável. Hoje cruzamos a floresta pela grajaú Jacarepaguá, alto da Boa Vista, Vista chinesa, estrada do Cristo, do Bispo, etc, e não alteramos em nada a natureza. Nervozinho tem muitos defeitos, e alums deles vão fazer que ele acompanhe Sérgio Cabral em sua nova residência no futuro, mas burro não é e sabe ver um bom negócio para ele e para a cidade que, por fim, também é dele. E se os xiitas ambientais estão contra, é certeza de estarmos no caminho certo. Tomara que consigam fazer. E rápido. O Rio precisa, ao menos, de turistas, pois as indústrias estão saindo aos montes daqui, expulsas pelo funcionalismo políticos e bandidos.

  5. Quem é Roberto Medina?
    Um empresário.
    O que empresários querem?
    Obter lucro. Muiiito lucro!
    Um parque temático em uma UC (Unidade de Conservação) irá:
    – impedir o ciclo já difícil das espécies
    – atrair um público enorme com nenhuma educação ambiental, que descartam lixo, alimentam animais, fazem barulho, ….
    – destruir o trabalho incansável de profissionais e voluntários que lutam, com pouco recurso, para preservar as UCs
    Comparar a Floresta da Tijuca com a Disney, é total insanidade.
    Que os órgãos de proteção ambiental tenham força para impedir essa catástrofe.

  6. Quem é Roberto Medina? Um empresário.
    O que empresários querem? Obter lucro. Muiiito lucro!
    Um parque temático:
    Irá acabar com o que ainda resta de meio ambiente. De fauna e flora da região.
    Atrairá um enorme público que não tem nenhuma educação ambiental.
    Impedirá o ciclo reprodutivo já difícil de várias espécies.
    E muito mais …
    Somente pessoas insensíveis, desumanas, inescrupulosas para imaginar a viabilidade desse projeto.

  7. … sem que nenhuma árvore precise sair … engraçado como as pessoas pensam que meio ambiente se resume ao verde, às árvores … a estrutura de um parque temático é altamente danosa ao meio ambiente, o rui do provocado, a geração de resíduos (que por mais cuidadosa que seja vai ser maior do que é hoje), a presença constante de grande quantidade de pessoas … tudo isso e muito mais interfere nas dinâmicas da floresta, vai afugentar os animais menos generalistas e alterar toda a dinâmica … não adianta não derrubar uma árvore, porque mata (ou floresta) que tem arvore e não tem bicho deixa de ser mata (ou floresta) e vira mato.

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