Rock The Mountain: Liberdade e organização em forma de festival

Política, comportamento, organização e muita MÚSICA. Dois dias no Rock The Mountain, em Itaipava

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Texto: Eu quero falar de música

O Rock The Mountain 2022 foi um sucesso total. Por todos os lugares se via banheiros, caixas e bares. Tudo muito organizado e sinalizado. A produção criou toda a condição para que o público e bandas tivessem o máximo de conforto possível. E olha, preciso contar uma novidade só pra quem está lendo esse texto: Vai ter ROCK THE MOUNTAIN novamente em novembro e a pré venda já está aberta.

O line up dessa edição estava incrível e destacamos alguns shows que chamaram muito a nossa atenção no segundo final de semana do festival.

Glue Trip – Abrindo o dia 23 do palco Floresta, o grupo paraibano chamou todo mundo pra colar o peito na grade e ouvir o fino da psicodelia brasileira. Chamou a minha atenção o quanto o público estava ansioso pra ver o som dos caras. Que voltem mais vezes, o show foi delicioso e com um repertório muito bem escolhido e convidativo.

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Hiran – Hiran é o puro suco da Bahia. Maravilhoso, autêntico, com uma ótima presença de palco e músicas que foram cantadas a plenos pulmões, o Baiano que tem sido figura presente nos maiores festivais do Brasil levou pro palco um show muito bem escolhido e ensaiado. “Beijou Porque Quis” estava na boca da galera. O show do baiano hipnotiza, é daqueles pra ficar atento a cada movimento do artista.

Jaloo – Com visual futurista e muito a vontade, o cantor tocou durante o calor atraente do palco floresta e mandou muito bem na apresentação. Confiante e com muito tesão em estar no palco do RTM, Jaloo entregou tudo!

Ana Frango Elétrico– Final de tarde no palco Mangolab própricio para Ana e sua impecável banda levarem sua musicalidade aflorada para o gramado cheio de gente doida pra ver o show da artista carioca e que não decepcionou. Mais uma vez entregou um baita show tocando com big band, corais em sincronia e um ótimo repertório escolhido a dedos. Confesso que ficamos roucos ao cantar “Chocolate” junto com Ana Frango Elétrico.

Coruja BC1 – Que artista foda e que banda sensacional! O rapper tem uma ótima presença de palco e é um competente mestre de cerimônias. O ponto alto do show sem dúvidas foi a música “Alusão”, o coro foi puxado com sucesso.

Dibob – A minha primeira roda do dia começou com “Pela Madrugada” , seguiu firme com “Se perde”, teve aquela participação memorável do Mac Mãe e botou todo mundo pra cantar ao som de 1×0 que finalizou o showzaço da banda carioca.

Djavan – Djavan é sinônimo de emoção. É lindo vê-lo empolgado ao subir no palco e encontrar uma multidão ensandecida antes, durante e depois do show. Não podiam faltar no repertório os grandes sucessos “Oceano” , “Flor de Lis” , “Açaí” e ” Um Amor Puro” , “Se…” , “Te Devoro” e incontáveis momentos mágicos proporcionados por um dos gênios da música brasileira.

Luedji Luna– Uma deusa, um furacão, uma cantora primorosa que espalha amor, voz e muita verdade por onde passa com seu banho de folhas. A baiana estava deslumbrante, vestia preto brilhante e carregava muita força na voz para fazer um dos melhores shows dessa edição do Rock The Mountain.

Caetano Veloso – Com a luz baixa, a plateia se arma para receber um dos maiores gênios da música brasileira que trouxe para o Rock The Mountain, além dos seus maiores sucessos, uma versão linda de “Muito Romântico” de Roberto Carlos, “O Leãozinho” , “Sozinho” e deixou para o final uma música de seu novo disco, chamada “Sem Samba Não Dá” que faz referência a grandes nomes da atual música brasileira.

Luthuly: Que performance! Além de excelente cantor, Luthuly coordena, dança e interpreta. Um artista completo que entregou TUDO no palco Mangolab no último sábado, dia 23, no festival RTM, em Itaipava – RJ. Em ascensão, o artista passeou pelo rock, MPB e R&B com “Who’s That Boy”, “Cola Comigo”, dentre outros sons incríveis. Confiram o trabalho dele em @luthuly.ayodele.

Black Alien: Headliner do dia 23 do festival RTM que tivemos o prazer de ver bem de pertinho. Fica bem claro o porquê desse “monstro” estar na cena do rap nacional há tanto tempo: ele simplesmente NÃO para! Sustenta o show inteiro no gogó, que fôlego! A galera foi à loucura com os clássicos “Babylon By Gus” e “Como Eu Te Quero”, do álbum de 2004, não deixando de fora os hits mais recentes “Vai Baby” e “Que Nem o Meu Cachorro”, do disco de 2019. Se alguém disser “Black Alien já vai tarde, já passou o seu momento / Significa que o cidadão não tem conhecimento”, é isso!

Marina Lima: Já não é a primeira vez que tivemos o prazer de ver Marina no palco. Sem dúvidas, um dos shows mais políticos do RTM, Marina Lima enfatiza, com toda a sua força, maturidade e poesia, de que é (e continuará sendo) Resistência. Cantou as clássicas que o público sabia na ponta da língua, como “Acontecimentos”, música de entrada, e as novas, como “Motim”, além de homenagear Cazuza e Renato Russo. Um espetáculo completo, eis uma verdadeira estrela de rock, que sorte a nossa tê-la na música nacional.

Ebony: Representando a força do Rap Feminino, Ebony dominou o palco no último domingo, dia 24, com seu carisma e talento. Rima, canta, dança e ainda brinca com a galera – dá vontade de sair dali sendo sua amiga. Com seus vinte e poucos anos, conta com uma trajetória musical sólida. Performou “Glossy” e “Paris”, seus principais hits, além de “Festa do Pijama”, do seu álbum mais recente “Visão Periférica”, com a participação de Urias no palco. Queremos ver muito mais de Ebony!

Julia Mestre– Mil vezes Julia Mestre! A jovem talentosa, carismática, com muita doçura e força na voz encantou o palco Mangolab fazendo um dos shows mais deliciosos do festival. Julia é conhecida pela suavidade, personalidade e autenticidade. Mas no palco do festival ela brilhou e foi um furacão. Dora Morelenbaum, Zé Ibarra e Lucas Novaes subiram ao palco junto com Julia para mostrar ao público sua nova banda, “Bala Desejo”. 

Marina Sena– Não é difícil explicar o porquê da mineira de Taiobeiras ser um dos maiores sucessos hoje no Brasil. Marina é um diamante azul, coisa rara, um acontecimento que acontece a cada geração na música brazuca. Foi um dos shows mais cheios do festival e o mais esperado do palco Estrela no dia 24. Além dos hits como “Voltei Pra Mim ” e “Por Supuesto”, me chamou muito a atenção a forma como ela tem uma simplicidade no trato com os fãs. Ela dialoga e interage com o público o show todo. Grande espetáculo da Marina!

Criolo – Começou lindo, abrindo com “Esquiva da Esgrima” com seu casaco azul e trazendo a sua poesia, rima e discurso forte para o palco Floresta totalmente lotado! O paulistano trouxe um repertório afiado, tocando sucessos de todos seus álbuns e deixando no telão o QR CODE num pedido para que regularize o Título de Eleitor ao som de “Meninos Mimados Não Podem Reger A Nação”. 

Baiana System– Um dos melhores shows do país só podia ter o DNA nordestino, que espetáculo de Russo Passapusso e companhia!

Francisco El Hombre– Gol de placa do Rock The Mountain. É sempre uma energia diferente ver a banda ao vivo. É fogo aceso o show todo, Ju , Sebastian e companhia têm o valor da rua nas veias e provaram isso encerrando a edição do festival com o palco Mangolab COMPLETANTE LOTADO!

Parabéns a produção do festival, vocês criaram atmosfera perfeita para que todos pudessem se divertir com confortou democracia, liberdade, segurança, comunicação e organização. Que venha logo novembro, nós veremos novamente um dos melhores festivais que já fomos e um dos maiores do Brasil, O ROCK THE MOUNTAIN!

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