Rogério Amorim: A “Ciência” e a Ciência

O vereador Rogério Amorim crítica o convite de formatura da Escola Politécnica de São Paulo que se intitulavam "Formandes 2021"

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Na semana passada, fomos surpreendidos com a viralização de um convite de formatura da Universidade de São Paulo (pública) na qual os futuros engenheiros da Escola Politécnica se intitulavam “Formandes 2021”. Mais: em meio à repercussão dessa foto, descobrimos que desde 2015, os estudantes da Poli-USP participam de uma “Semana de Diversidade”, organizada pelo Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero – que agrega negros, trans e outras minorias.

Ficamos sabendo também que esse mesmo coletivo propôs a criação de um “banheiro neutro” na escola, para ser frequentado por público LGBT.

O que me chama a atenção é tudo isso ser discutido, proposto e implantado em uma escola POLITÉCNICA, na qual o foco seguramente deveria ser em aprimoramento, debate, formação, atualização de métodos e pesquisas. Mas pelo que se pode entender, muitas horas da semana dos alunos são gastas em temas relacionados à sexualidade – que talvez fossem mais adequados à faculdade de psicologia ou mesmo sociologia. E olhe lá, porque para haver este tema nessas duas faculdades citadas seria importante que fossem abordados com a devida neutralidade e com fatos – jamais com narrativas.

Estariam as faculdades de sociologia e psicologia dispostas a debater os dados colhidos ao longo dos últimos dez anos, que dão conta de um aumento de suicídios de transsexuais que fizeram tratamentos cirúrgicos e hormonais para a mudança de sexo? Em 2015 foi publicado um estudo da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio sobre “pessoas que sofrem de ‘confusão de gênero’ serem estimulados pela cultura atual para ‘serem eles mesmos’ – que significa rejeitar o sexo com que nasceram e partirem para uma cirurgia reparativa”. Tal estudo foi feito em meio a um ambiente nos EUA que incentivava adolescentes a “buscarem o sexo em que se sentissem melhor”. Vejam bem: é comum adolescentes terem transtornos psicológicos e emocionais relativos à sua faixa etária. Mas correntes ideológicas começaram a sugerir que tais transtornos se deviam a uma suposta inadequação ao sexo biológico. A consequência aparece no estudo: mais de 41% das pessoas “transgêneros” ativas tentaram se matar.

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As faculdades estariam dispostas a encarar estes dados? Se sim, ótimo, então que iniciem os estudos e os debates. Se o objetivo é apenas espalhar ideologia, lacrar e amealhar militantes para partidos de esquerda, creio que o 1% do PIB que o Brasil investe nas universidades públicas precisa ser revisto. Precisamos de melhores engenheiros, melhores médicos, melhores advogados, melhores psicólogos e não de melhores militantes de esquerda.

A universidade deve ser o local de conhecimento, de pesquisa e de ciência – e a mesma ciência que nos últimos dois anos defendeu corretamente a vacinação e o uso de máscaras é a ciência que nos informa haver apenas dois sexos, o feminino e o masculino.

Quando a universidade brasileira assimilar estes conceitos e partir para uma jornada séria de investigação e pesquisa, creio que aí sim, teremos uma educação melhor para todos. E não para “todes”.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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