À frente da bateria “Não Existe Mais Quente”, da Mocidade Independente de Padre Miguel, Fabíola de Andrade garantiu que levará ao marido, Rogério de Andrade, todos os detalhes sobre o desfile da escola. Rogério, que é Presidente de Honra da agremiação e um dos nomes mais influentes do jogo do bicho no Rio, está preso desde o ano passado, após ser alvo de uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele também foi denunciado pelo Gaeco/MPRJ, acusado de ordenar o assassinato do rival Fernando Iggnácio.
Apesar da ausência do marido, Fabíola segue firme na preparação para o desfile e afirma que o mantém atualizado. “Eu vou falar pra ele como eu estava e isso vai deixá-lo muito contente. Eu sempre passo notícias boas pra ele, pra deixar ele muito tranquilo e feliz também”, disse a rainha da bateria durante a concentração da escola na Presidente Vargas.
A influenciadora, que assumiu o posto no ano passado, revelou ainda que se sente acolhida pelos ritmistas da escola. “Fui abraçada por eles. Sempre fui muito bem recebida por todos da bateria. Para mim, não tem coisa melhor.” Ela substituiu Giovanna Angélica no cargo, mas sua chegada não foi fácil: apesar do desejo da escola em tê-la à frente da bateria, o próprio Rogério, inicialmente, teria dificultado sua oficialização no posto.
Fabíola tem 37 anos e é casada com Rogério há mais de uma década, com quem tem dois filhos. Diferente de outras rainhas do Carnaval carioca, sua presença na mídia é mais discreta. Antes de se tornar rainha, foi musa da Mocidade em 2016.
No último Carnaval, Rogério de Andrade não pôde assistir pessoalmente à estreia da esposa no comando da bateria, já que estava em prisão domiciliar, proibido de sair de casa após as 20h. Nos bastidores da Sapucaí, chegou-se a especular que ele teria se disfarçado entre os componentes da escola para acompanhar o desfile. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) desmentiu os rumores, informando que Rogério permaneceu em casa, monitorado eletronicamente.
Enredo da Mocidade
Para o Carnaval de 2025, a Mocidade levará à Sapucaí o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”. A agremiação levará o público a uma jornada pelo universo, explorando as questões do passado, presente e futuro. A escola trará à tona a história da humanidade e sua relação com as estrelas, fazendo uma reflexão sobre o uso da tecnologia e a preservação do planeta.
