Rua Miguel Couto, 115: Invadido. Rua Teófilo Otoni, 92. Invadido. Teófilo Otoni 98: Invadido. Teófilo Otoni 100: Invadido. Visconde de Inhaúma, 111: idem. A lista de prédios criminosamente esbulhados pelas gangues de invasores de imóveis do Centro da Cidade, só aumenta, em proporção geométrica, principalmente na região do Largo de Santa Rita, que leva o nome do centenário templo católico. Na rua Visconde de Inhaúma, o mesmo problema: os prédios arrombados pelos bandidos durante a pandemia se acumularam e segundo informações de comerciantes da região, já são dezenas. O assunto já foi tratado diversas vezes pelo DIÁRIO DO RIO, sempre com exclusividade.
Diferente do que ocorre em São Paulo, a maioria dos imóveis tomados de assalto pelas gangues que pretendem se apossar de imóveis públicos e privados são imóveis históricos e cuja arquitetura é alvo de proteção do Projeto do Corredor Cultural. Um sem número destes imóveis já se encontra ocupado por esses criminosos que muitas vezes se utilizam dos imóveis para um sem número de crimes e infrações à lei. São ferros velhos clandestinos, bocas de fumo, depósito de cargas roubadas e de mercadoria falsificada, sem contar as barracas dos ambulantes que clandestinamente atuam no centro. O descaso com que os criminosos tratam os prédios invadidos é emblema do que lhes move. Destroem suas fachadas, arrebentam seus afrescos, picham e pintam indiscriminadamente, sem qualquer tipo de intervenção das autoridades do patrimônio cultural, as mesmas autoridades que transformam em um inferno a vida do proprietário formal de imóveis históricos. Se o proprietário formal não pode, por exemplo, colocar um letreiro na fachada do imóvel histórico (tem que pôr no vão acima da porta), esses invasores podem pintar o prédio inteiro com letras garrafais e cores duvidosas, sem que nada ocorra. A lei não vale pra todos?
A “rua da invasão”, que na realidade é um trecho de diversas ruas na região, se tornou um núcleo de desordem urbana. Varais são colocados no que sobrou das calçadas; as ruas de paralelepípedos estão completamente destruídas e abandonadas pelo poder público. Trechos com muitos prédios invadidos se tornaram espaços para eventos clandestinos em que há muito consumo e venda de drogas, que por vezes vêm de endereços conhecidos há décadas pelas autoridades, que providência alguma tomam.
O entorno da Igreja de Santa Rita, totalmente pichada e danificada pela má educação dos pichadores porcalhões, não recebe conservação de nenhum tipo há mais de 5 anos. Um buraco na rua impossibilita o trânsito de automóveis; aliás não um buraco, mas mais de 5, e cada um deles enorme. O acúmulo de imóveis invadidos na região deixa órfãos excelentes restaurantes que ainda sobrevivem na região, como o João de Barro, o Málaga e o Fim de Tarde, grandes e deliciosos exemplos da gastronomia tradicional da região Central.
Para o administrador de imóveis Wilton Alves, “parece que não há nenhum tipo de autoridade visitando estes pontos. Temos diversos imóveis para alugar na região, e temos que pagar segurança particular para evitar o esbulho das propriedades de nossos clientes por estas gangues que visam conseguir a propriedade dos imóveis na marra“. Uma fonte do DIÁRIO na Polícia Civil disse que são centenas de ocorrências mensais cuja origem se dá em imóveis tomados pelos criminosos, que, por força de uma decisão sem pé nem cabeça do Supremo, sequer poderiam ser despejados durante a pandemia (mesmo que estivessem lá antes!).
Wilton explica que a contratação de uma empresa de segurança licenciada, com um posto de 24h chega a custar R$ 15.000,00 por mês, o que é em muito superior ao aluguel médio dos pequenos prédios e sobrados históricos da região, que valeriam em média R$ 7.000,00 por mês de aluguel. Por esta razão muitos proprietários acabam não contratando profissionais para fazer esta vigilância, e acabam ficando nas mãos de “seguranças de rua”, ou tendo que contratar aqueles alarmes remotos, que requerem instalações por vezes caras de sensores.
São aproveitadores e ainda tem partido que defendem para se perpetuar no poder. Tem que ser expulsos e além de tudo não tem educação nenhuma. Isso é realidade.
Ola vcs se equivocaram ao dizer que o casarão 98 estar invadido. Eu trabalho lá e tem uma rotina de segurança lá justamente pra não ser invadido.
O que comentar? Não é que não se pode funcionar…não querem é fazem o Centro funcionar…chato repetir, mas trocar a mobilidade visando o século XXI para engessar o solo urbano com lajes de concreto e trilho num transporte inspirado no inicio do século XX com verniz tecnológico dá nisso. Ao esculhambar a Marechal Floriano foi a receita de sempre. Caramba, até 2018, com o impacto na Rio Branco, a via viveu seu pico como via alternativa a Presidente Vargas. Valorizou, gerou especulação, chamou empreendedores, pessoal indo a Pedra do sal, prainha, festa! Ai vieram os trilhos. Resultado: a partir do fim de 2019, as pessoas sumiram, empresas ficaram sem clientes e foram fechando, prédios com salas desocupadas, fato acentuado pela pandemia. Os imóveis foram deixados a disposição como um show room a céu aberto para quem quisesse arrombar a porta e entrar. E entraram! Depois que se instalam, tenta desocupar…numa época de eleição com uma corrente político-juridico-social que fomenta os “coletivos” para as ocupações e que, de acordo com o resultado, pode até piorar o ambiente de negócios. É terra arrasada onde a produção com criação de renda foi substituída pela miséria solidária para todos. O futuro ainda promete.
Se o freixo for eleito eles, provavelmente, ainda ganharão o título de proprietários !
Engano seu. Isso é atribuição da prefeitura.
Infelizmente nosso Estado está jogado as traças por esses políticos que não fazem nada em prol do Estado. O Rio era para ser uma potência mundial no setor de turismo, por suas belezas naturais, culturais, gastronomia e arquiteturas. Acredito que se o Estado investisse muito forte na preservação desses imóveis que são umas jóias esquecidas, no bondinho de Santa Teresa que estão sucateados que a qualquer momento irá ser extinto a Lapa por ser um bairro boêmio e com várias atrações no circo voador em bares funcionando por toda cidade, um itinerário turístico do Ônibus conversivel para transitar em todos os pontos turísticos (Maracanã, zoológico, museu do Índio, porto, Lapa, Cinelândia, Glória, catete, Cosme Velho, Copacabana, Urca, Leme, Leblon, Lagoa,são Conrado e por fim Barra), iria atrair muitos turistas. Para isso meus caros o Estado deveria atuar muito forte na segurança pública, saúde, transporte, educação, limpeza urbana, plano de habitação para remover favelas em situação de risco e principalmente moradores de ruas. Acredito que com tudo isso teriamos alguma evolução no setor turístico que está empobrecido e mal visto no geral.
Uma tristeza quando vejo um patrimônio histórico sendo invadido por cracudos e vagabundos que tomam posse desses imóveis para comercializarem drogas, objetos oriundos de roubous, espaço para prostituição e etc…
O Rio é muito lindo com a sua beleza natural e principalmente das arquitetura antigas que as poucos estão desaparecendo pelo descaso do Estado.
A Prefeitura poderia focar mais em seus projetos turístico incentivando a presença dos turistas em frequentar o centro do Rio, em visitar as suas belezas naturais as belíssimas arquiteturas e a gastronomia carioca, gerando assim mais empregos e profissionalizado esses desempregados. Como nos países Europeus sugeria um investimento nos ônibus conversivel para levar os turistas nos princípais pontos da cidade. Para isso precisaria de uma segurança pública 24 hs nas regiões do centro e um efetivo mais presente da comlurb. Acredito que com tudo isso teríamos mais receita para o Estado trazendo empregos para essas pessoas que vivem no relento e teriam rendas de forma que poderiam pagar um aluguel e viverem com o seu próprio sustento.
“Isso seria o Mundo ideal”
Engraçado…parece que a matéria esta defendendo proprietários que deixam os seus imóveis abandonados…sem nenhuma utilidade comercial ou social… enquanto milhares de pessoas vivem na rua bem ali perto na Pres. Vargas, Rio Branco, Mar. Floriano e Visc Inhauma…. É isso?
A solução destes problemas de moradia não passa pelo esbulho da propriedade alheia.
A disposição legal da função social já é um princípio idiota (função social da propriedade é satisfazer quem a comprou, não o uso que se dá a ela).
Ainda que levemos a sério a ideia idiota reinante do que seja esta função social que você levanta, não são os invasores nem é você quem decide se a função está exercida ou não: é a Justiça, uma vez provocada (ela não pode dizer de ofício) e esta deve garantir ampla defesa ao proprietário. Se desapropriarem, deve-se pagar em dinheiro antes disso.
Então, isto posto, devagar com o andor: ocupação, invasão… é tudo a mesma coisa: ilícito.
A desordem urbana é o pior problema do RJ. Espanta muito investimento.
Sabe de uma coisa?!? Estou precisando de um teto, qual seu endereço para me alocar?!? Pq 1 família apenas morando em 1 imóvel é um desperdício onde podem morar mais… pensamento medíocre o seu hein!!! Típico socialista tupiniquim… mentalidade psolista kkkkkkk… mas não adota nenhum morador de rua, né?!?
Não meu caro. O direito de propriedade anda existe. Não estamos no comunismo ainda. O imposto predial continua sendo cobrado. Taxa de Incêndio, idem. “enquanto milhares de pessoas vivem na rua” é problema do Estado, não dos proprietários dos imóveis invadidos. Você adotaria alguns moradores da rua para compartilhar sua residência?
Amigo, quem invade imóvel no centro do Rio não é morador q dorme na rua não. É grupo organizado, geralmente tendo por trás a proteção de ONGs de esquerda, advogados, milícianos e até traficantes.
Não é desse jeito q se faz uma reintegração de moradia para pessoas carentes .
Abco
É uma pena mesmo. É uma pena uma cidade como o Rio de janeiro tenha tantas pessoas morando nas ruas, pq não tem condições de pagar um aluguel. Afinal, o valor de um aluguel no Rio de janeiro é quase o valor de salário mínimo. sem contar que estamos de pandemia a dois anos, e muitas pessoas perderam seus empregos. A cidade já não oferecia trabalho suficiente para todos que vivem nela, agora então piorou, tanto por motivos sanitário, econômico e político. É melhor invadir prédios que estão abandonados a anos e fazer de “lar”, do que viver ao relento, dormindo em baixo de marquises, em calçadas, correndo o risco de serem assassinatos na madrugada, como aconteceu e acontece com muitos. É fácil para quem não sente a dor, e a dificuldade de ser esquecido pela “sociedade”, apontar e juntar alguém por estar tentando SOBREVIVER numa cidade tão individualista e capitalista, onde pessoas egoistas só pensam no próprio umbigo, que além de não ajudar o próximo, julgam e atrapalham. E deixa eu esclarecer uma coisinha aqui. Nem todos que invadiram prédios abandonados no rio ou em qual outro lugar, são criminosos e/ou bandidos, como descreve a matéria. Tem muita gente honesta e de bem que vivem em EXTREMA pobreza que claramente não tiveram outra opção. Ao invés de fazer matérias julgando e condenando pessoas da qual vc não conhece, deveria usar seu precioso tempo e influência para ajudar os mais necessitados.
Mas a solução é invadir o bem do outro?!? Não tenho celular, vou pegar o seu?!? Não tenho carro, vou levar o seu?!? Pessoa de bem não pega o que não é seu! Não misture pobreza com mal malandragem, até pq se você for nesses locais, irá ver que não tem “famílias”, mas traficante e outros, blz?!?
Esses invasores e depredadores sao todos traficantes ou usuários de drogas pilantras e vagabundos. Essa história de pobres coitados que nao têm oportunidade é balela, porque o governo e a sociedade oferecem todo apoio pra quem se esforca pra trabalhar, estudar e melhorar de vida promovendo condicoes pelo menos pra uma vida modesta e decente.
Isso está acontecendo em todo o Rio. Na rua Silveira Martins, no Catete, invadiram um antigo hostel, casa histórica, retiraram suas belas portas originais de madeira e colocaram uma de ferro no lugar… Lamentável…
No Rio de Janeiro, o certo é o errado e o errado é o certo. E quando reclamamos do óbvio, sempre vem alguém justificar os que fazem desordem. Enquanto aceitarmos a desordem, não sairemos da lama.
A eleição está aí, em outubro. NUNCA foi tão fácil decidir quem é que presta e quem não presta.
Trabalhei nesse trecho por 35 anos e toda vez que passo por lá, dá uma tristeza danada. Lamentável a inércia das autoridades!
É uma pena,o local tem imoveis lindos,que teriam que ser restaurados e seria uma verdadeira volta ao passado..um charme que a Prefeitura ainda nao viu,ou nao quer ver.
Lamentável.
Isis Penido