Rua Dias da Rocha, em Copacabana, foi limpa nesta segunda, mas problema persiste

Uma operação conjunta retirou todo o lixo e as pessoas em situação de rua que estavam lá, no entanto, uma parte da sujeira só mudou de lugar, na mesma via

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Após denúncia do DIÁRIO DO RIO, a Rua Dias da Rocha, em uma operação conjunta da Comlurb, Guarda Municipal, da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAMS) e da Subprefeitura da Zona Sul, comandada por Ana Ribeiro, foi limpa na manhã desta segunda-feira, 23/08. A via, que foi tomada por lixo, catadores e pessoas em situação de rua, estava em péssimo estado.

De acordo com Horácio Magalhães, presidente da Associação Amigos de Copacabana, a limpeza da área é fundamental para o bairro, mas é preciso ser um trabalho constante e uma fiscalização intensa, pois parte do que foi retirado acabou aparecendo em outra parte da mesma rua, como mostram essas imagens.

“A prefeitura precisa encontrar uma forma de organizar a atividade desses catadores de recicláveis. Ninguém quer acabar com a fonte de renda deles, mas não pode ocorrer dessa forma bagunçada como está”, disse Horácio.

De acordo com a última matéria publicada pelo DIÁRIO DO RIO, a Dias da Rocha se tornou uma espécie de “polo industrial” na Zona Sul. Lá, funciona um verdadeiro centro de reciclagem de lixo, a céu aberto, com um odor de chorume que contamina a vizinhança e chega a ser sentido dos andares mais altos dos prédios. Durante toda a noite, moradores de rua descarregam lixo de todo o tipo na rua de pedestres, e caminhões e caminhonetes recolhem todo este “lixo”. As aspas são por uma razão nada legal: como “lixo”, são receptados e levadas tampas de bueiros, fios arrancados de postes por viciados em drogas, grades roubadas de edifícios, hidrômetros arrancados de imóveis vazios, pedaços de portas de enrolar, e tudo o mais que os moradores de rua e criminosos arrancam. Esta semana, o “recolhimento” de “recicláveis” foi além do normal: levaram todas as grelhas dos ralos da ‘praça’. Em outras levas, já levaram bancos de praça inteiros, e às vezes ripa por ripa.

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Procurada, a Subprefeitura da Zona Sul da cidade do Rio não respondeu os contatos do DIÁRIO DO RIO.

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1 COMENTÁRIO

  1. O problema É SOCIAL, é a exclusão de pessoas humanas do sistema capitalista. Limpar a rua e retirar “pessoas indesejadas” é tipo enxugar gelo…resolve? Governo serve pra garantir que o sistema gere excludentes e que TODOS, sem exceção, tenham suas necessidades básicas atendidas, como consta em nossa Constituição. Cumpra se!

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