A mansão em ruínas, localizada em Santa Teresa, na região central do Rio, e que foi tema de matéria do DIÁRIO DO RIO na última sexta-feira (04/02), não pertence mais à Universidade Santa Úrsula, conforme noticiado inicialmente. A propriedade foi arrematada, em março de 2012, pelo empresário francês François Alfred Robert Delort, que, após uma briga judicial que demorou 4 anos, tomou posse do imóvel em 2016. Desde então, porém, o imóvel continua, como outros da universidade localizados na mesma rua – e que foram à leilão em agosto de 2021 – praticamente em ruínas.
François Delort é dono de diversos imóveis emblemáticos em Santa Teresa, e, na ocasião, ao adquirir a propriedade, desejava expandir seus negócios pelo bairro carioca. Ele já é proprietário da emblemática Villa Jacarandá, no largo do Curvelo, e de outras bonitas casas na região. A antiga academia de ginástica da Pascoal Carlos Magno também é sua propriedade. François comprou o Hotel Santa Teresa de seus proprietários originais em 2004, em operação conduzida pela Sergio Castro Imóveis, e recentemente vendeu-o à rede Accor, dona do Fairmont Copacabana e do Largo do Boticário, cujo restauro está quase pronto.
Diversos investidores estrangeiros têm adquirido propriedades emblemáticas na região, como é o caso do alemão Uwe Fabich, que já teria em seu portfólio mais de 6 casas, incluindo a casa modernista (art déco) do Curvelo. Apesar de terem adquirido belos imóveis na região, muitos deles seguem caindo aos pedaços como a mansão que foi da Santa Úrsula.
O imóvel da Ladeira de Santa Teresa, que tem parte de sua infraestrutura comprometida, fica no número 143 da famosa ladeira, e já esteve envolvido em diversas polêmicas, como invasões e até a tentativa de invasores em transformar o prédio em um Centro Cultural.
A mansão abandonada é símbolo de um contraste impressionante, já que ao mesmo tempo em que serve de esconderijo para animais e vetor de doenças, pode proporcionar ao visitante uma das vistas mais bonitas da Cidade Maravilhosa.
Imagens compartilhadas na internet mostram o estado precário da propriedade, que fica próxima ao Largo do Curvelo e já foi sede de uma embaixada (moradores antigos divergem se foi da Britânica ou da Canadense) e ocupa praticamente um quarteirão inteiro. O imóvel já foi invadido pela vegetação e hoje virou uma transtorno para quem vive nas redondezas. Antes de ser totalmente destruído por um incêndio, servia de residência para as freiras da Universidade Santa Úrsula. Ao passar na frente de seu portão, o fedor de fezes de animais é bem forte.
Ola, sou proprietaria de uma linda casda em Santa Tereza, na Rua Almirante Alexandrino.
tenho interesse em vender
gostaria dos contatos dos estrangeiros mencionados na reportagem.
A embaixada que ocupava o prédio até os anos 70 é a embaixada da Argélia, até sua mudança para Brasília.
Este prédio não é transtorno nada!! Reportagem sensacionalista!
Eu moro em frente à ele e acho ótimo que esteja vazio. Não tem vizinho barulhento na frente, a vegetação está linda e a rua calma. Os turisraa acham lindo e bem pessoas de outros cantos do bairro pra ficar aqui de tao bom que é. Prefiro assim do que transformarem em um Hotel barulhento que causa transtorno aos moradores como o Hotel Santa Teresa.
Gostaria de saber se há instrumentos legais que obriguem o proprietário a deixar e manter o imóvel em ordem. Ou será mais um descaso das autoridades competentes.