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Saída da Starlink do Brasil pode afetar a defesa nacional, diz ministério

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O imbróglio envolvendo o megaempresário sul-africano Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pode render desdobramentos inesperados. Nesta quinta-feira (29) o ministro determinou o bloqueio das contas da empresa Starlink no Brasil, da qual Musk também é proprietário. A medida foi tomada para quitação das multas impostas ao X, por descumprimento judicial.

Como uma das consequenciais do confronto, segundo o Ministério da Defesa, estão possíveis prejuízos à defesa nacional. Segundo o Uol, membros do ministério teriam entrado em contato com o Congresso para posicionar que um possível rompimento de contrato pela Starlink, “poderá” gerar “prejuízo para o emprego estratégico de tropas especializadas”, reproduziu o site.

O bloqueio das contas da Starlink não afeta o contrato com a pasta, mas pode comprometer a operação da empresa no Brasil. Pois, assim como o sul-africano fechou o escritório do X , em contenda com Moraes, pode fechar a Starlink.

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O Ministério da Defesa emitiu o seu posicionamento com base no pedido de informação sobre o contrato feito, em junho, pelo deputado Coronel Meira (PL-PE) à Câmara. A partir das informações documentais, a pasta decidiu tornar sua avaliação pública. De acordo com o documento, o Starlink seria essencial para a operação de tropas especializadas, em plena capacidade, uma vez que a comunicação por satélite garante a segurança da navegação, além de permitir o acesso a dados meteorológicos e logísticos em tempo real. Os contratos em vigor, no total de 10, somam R$ 428.262,00.

“É grave! Moraes está colocando em risco a segurança nacional. Estamos conversando com demais lideranças para estudar as medidas cabíveis”, teria afirmado o deputado Coronel Meira.

A descontinuidade das operações da Starlink no Brasil, segundo o ministério, prejudicaria a comunicação das embarcações da Marinha, cujo gerenciamento de situações de crise e a salvaguarda de pessoas seriam afetados; o recebimento de informações críticas; a comunicação entre os Navios Polares e seus comandos logísticos; e comunicação entre pesquisadores com suas universidades.

O Ministério destacou ainda que a Starlink poderia beneficiar Pelotões Especiais de Fronteira, em áreas remotas sem acesso à internet.

A pasta destacou que a contratação de outra empresa geraria mais custos ao Brasil.

A Starlink informou aos seus clientes no Brasil, por meio de mensagens, que, se necessário, continuará prestando os serviços gratuitamente, adiantou a Folha de S. Paulo.

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Patricia Lima

Jornalista

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Ver comentários

  • Se todo o aparato de comunicações do sistema de defesa de um país é dependente de um magnata privado estrangeiro, então este país é mais do que vulnerável: é um inútil e maltrapilho boneco de ventríloquo de capitalistas inescrupulosos. Pobre deste país, pois está fadado ao fracasso e à miséria de seu povo.

    Quem defende interesse de magnata estrangeiro é um terrorista do próprio país.