Por Bernardo Moura
De São Gonçalo, a Porto da Pedra vai trazer a história da moda, das vestimentas que acompanham o Homem desde a época em que vivíamos nas cavernas. Sendo assim, a escola pré selecionou 13 sambas. Sendo que, como as disputas já começaram, três já foram cortados.
Dos que sobraram, quatro não são muito bons. Seguem: Vadinho, Fernando Macaco, Tião Califórnia , De Mello e Nilber do Judô (samba 1); JC Couto, Beto Grande, Jorginho JB, Zizi e Buchecha (samba 6); Bira, Porkinho e Heitor Costa (samba 8 ) e Dadinho, Waldenir Melodia, Laudelino, Manolo e Cláudio Silva (samba 10).
No primeiro, cantado pelo Wantuir os refrões são horríveis. E olha que é um samba relativamente fácil de ser cantado. No oito, há uma máxima: "Há muito tempo o homem deu no couro". Por favor, vamos deixar as frases de duplo sentido para o funk, forró e outros ritmos?
Nos regulares, ficam: W. Canoa, Valdir Papel, Ricardo Rulck, Coelho e Robinho PV (samba 3) e Paulinho Ramos, Claudio Café, Luiz Antonio, Jacaré e Dudu. Sendo que neste último samba, não entendi o uso da 3º pessoa nas estrofes e o uso da 1º, no refrão. Ficou confuso.
Os bons, sambas que a escola tem chances de alçar o campeonato, ficam: Alessandro Falcão, Sidney Sá, Prof. Niltão, Mascote e Orlando Fernandes (samba 2); João Paulo, Duda SG, Miguelzinho, Jairo Passos e Fabrício Mineirinho (samba 7) e Cici Maravilha, Carlos de Souza, Roberto Nolasco e Jorge Remédio (samba 12).
O samba de Falcão, Sidney Sá e cia cantado pelo Leonardo Bessa é ótimo. E achei uma sacada boa começar com o título do enredo ("Com que roupa eu vou/Pro samba que você me convidou"). Só não achei que ficou boa a palavra "mademoiselle" no segundo refrão. O de número 7 foi o mais fiel à sinopse. E o de número 12 lembra um samba antigo. Bom ponto para lembrar os carnavais antigos. E ainda foi fiel à história do enredo.
Na minha humilde análise, coloco quatro sambas para fora de campo: Guilherme Benaion, Geraldo da Silva, Zé do Bié e Carlinhos do Peixe (samba 4); Haroldo Filho, Chico da Sueca e Sergio (samba 6); Pedrinho, Markinhos Poesia e Cláudio Emiliano (samba 7) e Xande Macaé, Ti Nem, Marcelo Guerra, Baixinho Dayana (samba 9).
O samba de Haroldo Filho e cia seria bom se não tivesse tiradas do tipo "A música encontrou um lugar feliz".
Dos regulares, classifico quatro também. O De Martinho da Vila (samba 2); Dedé Aguiar, Eduardo Katata, Miro Jr. e Ivanízia (samba 3);Rafael Zimmermann, Guilherme Salgueiro e Márcio Hilário (samba 5) e Kedek, Klaudynho D´Orvalho, Bira do Banjo e Willian Defensor (samba 8).
O samba de Martinho é melódico, é uma canção que flui e é inovador com refrões curtos. Será tendência? Classifiquei como regular, porque apesar de todas as qualidades, não sei se a escola está preparada para este tipo de samba. O maravilhoso compositor pode ser mal interpretado. Costumo dizer que numa escola de samba, há sempre uma pessoa a frente do seu tempo. Em Vila Isabel, é o Martinho.
O samba de número 3 não foi muito fiel à sinopse, parece que esqueceram do que se trata o assunto. Mas é um samba muito bom de ser cantado. O de número 5 contém seu primeiro refrão que não acompanha a cadência do samba e do resto da letra. No oito, capacita a bateria para brincar a vontade. O samba foi fiel à história do enredo. Entretanto, falta alguma coisa que ainda não descobri.
E por último, na seção dos bons, fica o samba de Alexandre Fernandes, Geraldo Castro, Fábio Castelli e Fabinho do Cavaco. A escola pode ir tranquila conquistar seu campeonato.