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Samba do Rio: O samba está na moda?

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Por Bernardo Moura

As grandes filas da noite carioca não se dão somente por raves, reggaes e afins. O samba é um dos principais motivos. Nos ensaios nas escolas de samba, nos shows e nas rodas, elas estão sempre presentes. Filas para comprar ingresso, filas para entrar e, ainda há, a tal fila "amiga".

 

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No bairro mais boêmio do Rio de Janeiro, a Lapa, todo dia é motivo para comemoração. Rolam eventos, que bombam, para cada dia da semana. Para todos os tipos de público.

 

A Fundição Progresso é um exemplo. Lá acontecem eventos de vários naipes. Inclusive, os de samba/pagode. De acordo com sua assessoria, a casa é palco de artistas de novas e antigas gerações. Sendo que o tipo de público do samba é mais variado:

Temos jovens, adultos e até idosos em nossos shows. Quando fazemos shows com grupos da nova geração, predominam os jovens. Quando temos bambas, todas as idades se misturam. Também recebemos muitos casais que gostam de exibir seus passos na pista – diz Paula de Paula.

A procura por eventos deste tipo, se reflete também nas academias e clubes que ensinam o gingado do samba. Daí, estes casais que gostam de se exibir, mencionado por Paula. Na Casa de Dança Carlinhos de Jesus não é diferente. O público destes cursos não é sazonal:

Temos turmas de Samba no Pé e de Salão, o samba dançado nas Gafieiras durante todo o ano, turmas consolidadas – conta o coreógrafo Carlinhos de Jesus, dono do espaço.

Segundo ele, há alunos desde rainhas de bateria até anônimos. Elas o procuram por diversos motivos:

Terapia, uma ocupação com atividade física, por gostar de samba, mas sem brincar o carnaval e de pessoas que querem aprender para desfilarem na Avenida – enumera.

 

E este boom não ocorre só aqui, não. Por volta de nove horas de vôo daqui ou a mais de oito mil quilômetros de distância, o ritmo é uma boa opção de diversão e lazer. O grupo brasileiro, Samba Bom, percorre cidades norte-americanas como Chicago, Saint Louis e várias do Midwest (centro do país). Para o vocalista do grupo, Moacyr Marchini, o samba sempre ficará na moda:

Na minha opinião, é uma musica de raiz, que mudará aqui e ali, mas sempre terá seu espaço. Pois, representa uma cultura inteira de 200 milhões, além de ligações étnicas com outros paises de língua portuguesa ou de origem africana.

De acordo com Moacyr, nos shows do grupo, estão presentes quase todas as nacionalidades: americanos, latinos, brasileiros, europeus, asiáticos e africanos. Apesar disso, não é o bastante para ele:

O que eu realmente gostaria é que o samba estivesse ocupando um espaço como o da salsa, aqui nos Estados Unidos, por exemplo. O único estilo de samba que se aproxima da salsa é o da gafieira. Porém é muito pouco conhecida, tocada ou dançada, até mesmo no Brasil – diz.

Bom, se depender do estudante Wesley Santana, o resto do mundo pode contar com o samba nas noites e nos dias também:

Frequento estes lugares pela diversão, pelo prazer pela boa vibe- diz ele.

Foto: Roda de Samba por Urbindimo

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Quintino Gomes Freire

Diretor-Executivo do Diário do Rio e defensor do Carioca Way of Life