Quando a comissária da polícia civil, Lúcia, começa a investigar um esquema de tráfico e corrupção, ela vive um momento pessoal delicado em relação à própria saúde. Diagnosticado com um Alzheimer no estágio inicial, a personagem começa a sofrer retaliação por seus lapsos de memória que prejudicam o trabalho.
Quem interpreta Lúcia no filme de Pedro Peregrino é a magnífica Glória Pires. Ela, que venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado com sua atuação em “A Suspeita“, tem uma performance fantástica.
Glória transita entre delicadeza e firmeza de forma fácil e leve. Ela consegue capturar toda a essência da trama e ser a grande protagonista em todos os âmbitos. Glória é a força do filme.
Por outro lado, a montagem confusa deixa inúmeras dúvidas na mente do espectador. A linha do tempo é difícil de entender e deixa uma ansiedade pelo fim. O problema é que o fim não responde essas dúvidas. A parte boa é que o filme tem uma fotografia tão boa e atuação incrível que faz com que perdoemos esses problemas.
Glória Pires disse que o filme foi um projeto de muitos encontros. Ela se inspirou em uma policial civil chamada Lúcia. “Encontrar a Lúcia‘ foi um desses encontros que mudaram completamente o panorama da história. Ela trouxe todo o conhecimento dela, a vivência dela dentro da polícia, contou vários casos e tirou dúvidas que ela tinha”, contou.
Mesmo com os problemas citados, vale muito assistir ao filme. O filme tem cenas no Rio de Janeiro, e quando reconhecemos lugares como a UERJ e o centro da capital é muito legal. A partir desta quinta (16) nos cinemas.
