Sara Rodrigues: Gramado e Vassouras, cidades que abraçam o cinema

Em todo seu esplendor, o Festival de Cinema de Gramado comemora, em 2022, 50 anos. Com cinco décadas de diferença, Vassouras deu o primeiro passo para dar sequência a um festival de cinema longevo

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Foto: Cleiton Thiele / Agência Pressphoto

Em todo seu esplendor, o Festival de Cinema de Gramado comemora, em 2022, 50 anos. Com cinco décadas de diferença, Vassouras deu o primeiro passo para dar sequência a um festival de cinema longevo. Entre semelhanças e diferenças, o desconhecido e a experiência, duas cidades abraçam o cinema.

Em Gramado, o festival de cinema se consolidou lado a lado com o cinema brasileiro, assiste e premia diretores, atores e atrizes que se destacam no cenário nacional e internacional. Enquanto isso, Vassouras nasce junto à nova fase do audiovisual em um mundo pós-pandemia e de crescente expansão do streaming. 

Não só a Serra Gaúcha, mas todo o estado do Rio Grande do Sul já ficou conhecido por exportar excelentes cineastas e obras produzidas ali. A dose pode ser repetida no centro-sul fluminense, que abriga as lindas paisagens, e que pela proximidade com a capital do Rio de Janeiro, que é protagonista na produção cinematográfica nacional, possui um potencial gigante de receber muitas histórias de cinema.

Com a quantidade de crianças participando diariamente das mostras de animação em Vassouras, não fica difícil de acreditar que o Vale do Café também aguarda boas notícias de futuros artistas na cidade. Assim como já acontece em Gramado com o programa Municipal Escola de Cinema – Educavídeo, a primeira edição do festival de Vassouras planejava ver curtas-metragens produzidos por crianças, mas a pandemia impediu que as crianças dessem esse primeiro passo. 

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Dizer que as cidades abraçam seus festivais não é brincadeira. Quem já caminhou pela Rua Coberta no centro de Gramado em época de festival, deve ter visto o enorme tapete vermelho que acompanha as lojinhas. As famosas fábricas de chocolate já se adaptaram até para vender Kikitos (nome que se dá ao prêmio) comestíveis. E, claro, todas as ruas, hotéis, restaurantes se preparam para oferecer aos turistas a experiência mais cinematográfica possível. 

Vassouras não está muito atrás. Com um povo acolhedor e receptivo, os hotéis, o comércio e os restaurantes se mostraram muito preparados para o público. Nas lojas de artesanato deu para encontrar almofadas com estampa de grandes cineastas e até bolsinha de moedas com a logo do festival. Algumas vitrines estamparam em suas lojas claquetes e símbolos do cinema. Tudo para que o clima cinematográfico fosse intenso. 

Os meus votos para essas cidades que abraçam o cinema é que, parafraseando Vinicius de Moraes, o abraço seja eterno enquanto dure e que dure para sempre.

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Jornalista, produtora e apresentadora do podcast cineaspectos. Como amante do cinema, ficou imersa em roteiros fantásticos, conheceu a beleza dos filmes de máfia e os incompreendidos dramas europeus. Sara adora desbravar a singularidade do cinema brasileiro, e acompanha de perto os principais festivais e mostras ao redor do mundo.
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