Em meio às suspeitas de irregularidades na área da saúde no RJ, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) promoveu um levantamento e observou chance de dinheiro público ter sido usado indevidamente em 99,47% dos contratos e complementares realizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) durante o enfrentamento à pandemia do Coronavírus.
Vale ressaltar que o relatório já foi enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ao Ministério Público do RJ (MPRJ) e ao Tribunal de Justiça (TJRJ).
O levantamento aponta que a SES-RJ gastou R$ 1.497.626.148,68 em contratações para combater o Coronavírus. Desse total, R$ 1.489.696.980,04 (isto é, 99,47% da verba) mostram indícios de terem sido efetuados de maneira fraudulenta. Vale ressaltar que os 0,53% restantes (que correspondem a R$ 7.929.168,64) ainda estão sendo analisados pelos técnicos da CGE, ou seja, existe a possibilidade de que todo o montante tenha sido utilizado de maneira indevida.
Nas outras secretarias – não especificadas no documento -, mas que também realizaram aquisições durante a pandemia, o mesmo relatório diz que o percentual foi de 90,91%.
”Nosso trabalho mostra que existe uma grande desorganização. Há um histórico de falta de interesse em controle, e estamos combatendo isso. Verificamos a falta de planejamento e cumprimento de execução nesses contratos. Nesse cenário, o estado perde recursos de forma absurda. Fica claro que falta de dinheiro não é. É uma questão de gestão”, disse Hormindo Bicudo Neto, controlador-geral do estado.
Devido ao levantamento, a Secretaria Estadual de Saúde disse que irá revisar todos os contratos firmados de maneira emergencial durante a pandemia e garantiu que vai punir ”qualquer possível irregularidade”.
O problema é a forma de fazer politica, ninguém esta satisfeito com o salário, então se saqueia o erário.
Tudo é feito para tirar proveito do dinheiro público, é aquela velha história ” eu te ajudo aqui e quando vc chegar lá, me da uma ajudinha”.
Detalhes.
Em 100% desses contratos, quem colheu propostas das empresas foi um servidor comissionado em cargo de confiança
Em 100% desses contratos, quem autorizou a contratação foi também um servidor comissionado em cargo de confiança
Enquanto houver cargos comissionados na administração pública em abundância como vemos vai haver rachadinha, vai haver desvio de recursos, acertos de preços e seja qual outro nome que for, tudo é corrupção, muda só a forma.