Secretaria Municipal de Saúde investiga mais um caso de ‘vacina de vento’

Dessa vez, a denúncia é sobre um caso no Centro Municipal João Barros Barreto, em Copacabana. Já haviam registros no Rio, em Niterói e em Petrópolis

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Imagem meramente ilustrativa

Após as denúncias de falsa vacinação que ocorreram pelo estado do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio está apurando mais um caso de procedimento irregular durante a campanha de imunização. A “vacina de vento”, como a irregularidade está sendo popularmente chamada, dessa vez, aconteceu no Centro Municipal João Barros Barreto, em Copacabana, na Zona Sul.

Depois da divulgação dos registros de problemas durante a imunização, os familiares de uma idosa de 85 anos resolveram checar as imagens feitas do momento em que a dose foi aplicada, e perceberam que a seringa estava vazia ou com a quantidade abaixo do recomendado. O caso aconteceu no dia 27 do mês passado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o imunizante foi reaplicado corretamente e a técnica de enfermagem foi afastada.

O caso é semelhante ao ocorrido em Petrópolis, quando foi utilizada uma seringa vazia em uma idosa. Nas imagens, é possível ver a técnica em enfermagem tentando tirar a proteção da agulha da seringa. O familiar da idosa, que está no banco de motorista e filmando a ação, diz que é melhor trocar. A técnica então se dirige à tenda montada e pega outra seringa. Ao retornar, a seringa sem dose é aplicada na idosa.

Em nota, a prefeitura de Petrópolis confirmou que a seringa estava vazia e afirmou que entrou em contato com o familiar da idosa, e já realizou a aplicação do imunizante na paciente. De acordo com a Secretaria de Saúde de Petrópolis, a profissional disse que não percebeu que não havia a dose na seringa, e que não foi intencional.

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Em Niterói, o caso foi um pouco diferente, mas igualmente irregular. Um vídeo mostra o momento em que uma técnica insere a seringa, mas não aplica a dose em um idoso. Na hora que ele é vacinado, os parentes comemoraram, mas depois, ao rever as imagens, eles perceberam que havia algo errado. O idoso recebeu o imunizante em casa e, em depoimento na 76ª DP (Niterói), a técnica alegou cansaço para não ter aplicado a vacina corretamente no idoso. A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informou que a técnica de enfermagem “foi desligada do quadro de funcionários do órgão”.

Na capital fluminense, já havia sido registrado um caso, no Parque Olímpico: a família de uma idosa também registrou imagem do momento da vacinação e percebeu que a dose não foi aplicada. Após um familiar chamar atenção do profissional de saúde, a seringa foi novamente injetada e a vacina aplicada. O agente que aparece no vídeo não estava identificado.

No Rio, os profissionais que aplicam a vacina foram orientados a mostrar a seringa sendo cheia de imunizante antes da aplicação, para evitar fraudes e dar mais segurança no processo. Fotos e imagens estão totalmente liberadas no momento da aplicação da vacina.

Projetos para garantir transparência na vacinação

Nesta quarta-feira (17/02), deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) protocolaram dois projetos de lei para garantir aos cidadãos transparência da aplicação da vacina contra Covid-19 e o direito a registrar as etapas da aplicação. Os projetos têm autoria de Anderson Moraes (PSL) e Sérgio Fernandes (PDT).

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